30.9.12

Foto - "Céu de Copacabana" - 28-09-2012

"Céu de Copacabana" - 28-09-2012
JOANMIRA

Foto - "Mar picado em Copacabana"

"Mar picado em Copacabana"
JOANMIRA

Playing For Change - "Stand by me" - Video - Music

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"Stand by me"

Manif no "Terreiro do Povo"

Manifestação da CGTP leva milhares de portugueses à rua (Foto Reuters)
Manifestação da CGTP leva milhares de portugueses à rua (Foto Reuters)
Foi uma manifestação absolutamente pacífica, com uma impressionante organização da CGTP e dos sindicatos afiliados, em que os mais aplaudidos foram os polícias e militares da GNR, que apareceram em força no protesto que juntou mais de cem mil pessoas no Terreiro do Paço, em Lisboa.

Duas semanas depois da gigantesca manifestação promovida por um grupo de cidadãos, as ruas da capital voltaram a encher-se de pedidos de demissão do Governo e protestos contra a política imposta pela troika. O povo voltou a dizer que unido jamais será vencido e que é possível e urgente uma política diferente. A grande diferença em relação aos últimos protestos foi mesmo a organização da CGTP, que em pouco mais de três horas distribuiu cartazes e bandeiras, espalhou milhares de pessoas pelas várias artérias da Baixa, realizou um comício, anunciou a intenção de convocar uma greve geral e desmobilizou sem qualquer necessidade de intervenção das autoridades.

As imagens mais poderosas foram captadas pelos helicópteros das estações de televisão que sobrevoaram o local. O Terreiro do Paço ficou mesmo cheio que nem um ovo, tal como a Instersindical tinha previsto - transformou-se no «Terreiro do Povo». E Arménio Carlos surpreendeu pela limpidez na transmissão da mensagem. Também lançou avisos:
«O povo está a perder o medo».

Efectivamente é isso que se percebe na rua. São muitos aqueles que protestam pela primeira vez. Os cartazes são objetivos e direcionados a figuras como Passos Coelho, Vítor Gaspar e Cavaco Silva. Até há quem use mensagens em inglês, citando o Nobel Paul Krugman.
Dos Restauradores ao Terreiro do Paço lançaram-se os pregões habituais, mas também havia turistas a tirar fotos e muitos deles até participaram, como aconteceu com vários espanhóis, também eles com razões para protestar. A maioria, porém, aproveitava o dia de sol para beber uma cerveja nas esplanadas que se mantinham abertas.

Enquanto os polícias e os agentes da GNR eram aplaudidos (e estes respondiam que estavam do lado do povo), alguns políticos garantiam presença no protesto. Como é natural, o PCP esteve em força, com o núcleo duro composto por
Jerónimo de Sousa, Francisco Lopes e Bernardino Soares, mas também Francisco Louçã esteve ao lado do povo.

O protesto terminou pouco depois de Arménio Carlos proferir as últimas palavras, ao final da tarde. E a multidão recolheu pacífica, mesmo aqueles que percorreram pacientemente a Avenida Infante D. Henrique e ignoraram o Ministério das Finanças. Mesmo que todo o Corpo de Intervenção da PSP tenha sido colocado de prevenção naquele local. Ao Governo restou
agradecer o civismo, mas o povo quer mais e a força parece estar a crescer.
TVI24

29.9.12

Portugal: extraordinaria concentracão no "Terreiro do Povo"!

Data de greve geral discutida pela CGTP na quarta-feira

O secretário-geral da CGTP garantiu que a manifestação de hoje foi a "maior jornada de luta dos últimos anos", organizada pela Intersindical Nacional. E anunciou que o Conselho Extraordinário da central sindical vai reunir-se no dia 3 de outubro para analisar uma proposta de greve geral contra a austeridade.
Ainda não se viam os últimos manifestantes que desciam a Rua do Ouro, quando Arménio Carlos começou a discursar pouco depois das 16:00.
À manifestação convocada pela CGTP juntaram-se também os trabalhadores da RTP, que participam com uma bandeira e um cartaz enorme dizendo "RTP Privatização Não".
Cartazes contra a extinção das juntas de freguesia e o "negócio na Saúde" são também outros dos protestos de quem desce a rua do Ouro, incentivados por palavras de ordem.
Ao mesmo tempo, Arménio Carlos fala para milhares de manifestantes que estão concentrados no Terreiro do Paço, que se começou a encher de gente antes das 15:00, hora marcada para o início do protesto.
Num palanque montado no Terreiro do Paço, que hoje é apelidado de "Terreiro do Povo", Arménio Carlos garantiu que o "povo está a perder o medo".
DIARIO DE NOTICIAS

Foto - Portuguese do it better

Foto das manifestações é sucesso na Internet

Para a histórias das manifestações de setembro em Lisboa e Madrid ficaram algumas imagens, fotografias que têm corrido mundo e fazem sucesso na Internet.

De um lado o abraço da jovem portuguesa Adriana a um polícia em frente à sede do FMI na capital, do outro uma mulher ruiva, agarrada pelo pescoço e detida por um agente espanhol.

28.9.12

Paulo Portas vende o Consulado de Portugal no Rio de Janeiro

A notícia leva-nos a uma breve observação:
 
Há, de facto, jornalistas que não mais são que “jornaleiros” que melhor faziam ir vender bolinhas de Berlim em qualquer praia do Brasil, tamanha é a sua falta de preparação; então o consulado de Portugal no Rio de Janeiro "está desactivado"?
Bem, eu que lá trabalho, muito gostaria que fosse verdade para estar definitivamente desvinculado de um ministério que, cada vez, mais me enoja. 
 
Mas como o "jornalista" fala do consulado do Rio de Janeiro na avenida Vargas, trabalhando eu nesse mesmo consulado na avenida Marechal Câmara, a minha alegria poderá desvanecer-se, sabendo que eu falo de alhos e ele de bugalhos.
 
A experiência tem-me dado alguns ensinamentos; um deles é conhecido, na gíria popular, pela "lei da mó"; a mó de cima ou a de baixo consoante os acasos. Não desespero de um dia, ter a felicidade de encontrar, inesperadamente, o dito-cujo a vender as tais bolinhas de Berlim, longe da vocação jornalística que nunca teve...
JOANMIRA - 27-09-2012
 
A operação de venda de património do Governo portugues,“desactivado e não essencial ao exercício da diplomacia” conta com sete imóveis em várias cidades do mundo. Entre os imoveis está o Consulado Geral de Portugal no centro do Rio de Janeiro.
O Ministerio de Negocios Estrangeiros (MNE) espera arrecadar 22 milhões de euros com a venda de sete imóveis situados em diferentes cidades do mundo que estão desactivados e que são considerados “não essenciais para o exercício da diplomacia”, revelou fonte oficial do ministério de Paulo Portas ao Diário Económico. Os custos de manutenção destes imóveis, situados em cidades como Washington, Nova Iorque, Bruxelas, Haia ou Rio de Janeiro ascendiam a 333 mil euros anuais.
A operação de venda “vai permitir um encaixe de um valor de cerca de 22 milhões de euros mas também uma significativa poupança – 333 mil euros anuais – em despesas de funcionamento a que obrigava a manutenção destes imóveis”, sublinha a fonte do ministério de Paulo Portas. Os resultados da venda dos imóveis revertem em 25% para as Finanças e o restante para o MNE.
“A venda será o fim de um processo que começou há mais de seis meses com um levantamento de património do MNE, uma vez que, por entendimento do ministro Paulo Portas, a alienação deste património não é essencial à diplomacia e pode contribuir de forma relevante para o corte de despesa”, defende a mesma fonte.
Os dois primeiros imóveis, ambos nos Estados Unidos, já estão à venda. São as antigas instalações da secção consular e do adido militar em Washington, um edifício devoluto desde 2004, e de um apartamento em Nova Iorque, antiga residência do cônsul-geral. Os restantes edifícios deverão entrar no mercado “nas próximas semanas”. É o caso de uma antiga residência oficial em Bruxelas e de quatro antigas chancelarias, duas das quais em cidades francesas, uma em Haia e outra no Rio de Janeiro, na Av. Presidente Vargas.
PORTUGAL SEM PASSAPORTE

25.9.12

Foto - Marianne

Esta crianca é minha (Marianne, 15-12-1992)

Igreja portuguesa pode ser recanto mais bonito de Espanha

Igreja da Madalena, Olivenca

Santa Maria Madalena, uma igreja portuguesa localizada em Olivença, lidera a votação para o “recanto mais bonito de Espanha”.

É a “jóia” da coroa, é assim que Alexandre define a Igreja de Santa Maria Madalena, conhecida como Igreja da Madalena, em Olivença, uma cidade fronteiriça, anexada por Espanha em 1801 mas ainda hoje reclamada por Portugal.

Rivalidades à parte, a verdade é que o monumento que data da primeira metade do século XVI é um exemplar único em Espanha do património manuelino português. É uma das igrejas mais bonitas que já viu, diz este português a viver em Olivença há seis anos. “É a jóia da coroa da Espanha. O que tem de diferente é a beleza, pois se for ver os vários pilares no interior da igreja, são torneados em pedra, e isso não se vê muito nas igrejas. Depois, toda a estrutura da igreja é um espectáculo.”

Clarisa Pensado pertence ao “Logar de Nazaret”, um instituto secular que em Olivença dedica-se à paróquia da Madalena: “Esta instituição nasceu para ajudar as paróquias, os seus sacerdotes, para o culto, para as celebrações, mas também para ajudar os mais pobres.”

A Igreja da Madalena está na final do concurso “El mejor rincón de España”, o que enche de orgulho quer portugueses, quer espanhóis. O monumento manuelino é, efectivamente, de uma grande riqueza cultural e histórica, explica Clarisa. “A Madalena é uma igreja magnífica, é uma igreja portuguesa, tem o escudo de Portugal. É de uma grande beleza e quem a visita, fica verdadeiramente deslumbrado com a sua arquitectura. É uma igreja muito maternal e muito acolhedora. Para nós, é um dos recantos de Olivença, que tem muitos mais recantos valiosíssimos.”

Por enquanto a Igreja portuguesa lidera a votação para "Melhor recanto de Espanha".
Quem quiser pode fazer a sua escolha através do site da organização, sendo que a votação termina amanhã, dia 26 de Setembro.

Igreja da Madalena, uma igreja portuguesa que pode ser “coroada” como melhor recanto de Espanha.
ROSARIO SILVA - RENASCENÇA

24.9.12

Texto: Dialogos com o Cristo - 6

- Amigo do Corcovado, estas ai ? 
- Sim cara, para as curvas! diz lá em que te posso ser útil? 
- Olha, vou ser muito breve: hoje mandaste-me uma porra duma doença que nem imaginava que pudesse existir… 
Interrompe-me repentinamente o “Cara de lá de cima” com uma das suas expressões preferidas. 
- O quê, diz lá, o que é que foi, o que é que aconteceu? 
- Olha, foi assim: estava eu sentado, muito ocupado a fingir que trabalhava, lendo na “Bola” as declarações do outro Jesus, o “rasca” do meu glorioso Benfica, quando fui atingido por uma repentina e aguda dor na cabeça que me deixou tonto durante largos minutos. Terás sido tu? Porquê? Por ser ateu?
- Meu caro amigo, tonto já sabia que eras um tanto, mas imaginares uma coisa dessas… Achas que teria coragem de fazer uma coisa dessas a um amigo! Eu não quero o mal de ninguém; nem ateus como tu, nem integristas de qualquer religião ou seita que por trás dela se esconda; no meu coração só existe amor … Mas, diz-me uma coisa, isso aconteceu-te no teu posto de trabalho, não é verdade? Como estão as coisas por lá? 
- De facto, devo reconhecer que no trabalho as noticias não são as melhores; o clima esta muito tenso, com vários colegas implicados num processo disciplinar; alguns deles são meus amigos; e… 
Nova interrupção do Cristo do Corcovado: 
- Não procures mais além Amigo Ateu, a essa doença se da o nome de stress; eu sei que te tens implicado ao máximo para que entre todos os teus colegas reine a harmonia possível; tens dado o teu melhor contributo para tentar amenizar antagonismos que sei irreconciliáveis. Muitos agora ralham mas poucos têm razão; não tenhas ilusões sobre o comportamento humano; eu sei do que falo… Um ultimo conselho: protege-te; fazendo-o nem precisas de ir ao médico! E agora desculpa-me mas tenho outros casos a atender; manda sempre! 
- Como te agradecer Amigo? 
- Como te disse: protege-te e nunca hesites em falar comigo. Ciao cara!...e o safado desligou mesmo. 
Rio de Janeiro, 24 de Setembro de 2012. 
JOANMIRA

Foto - Carrinhas dos correios brasileiros: Absolutely Sex


Em posicão de descanso...


Em plena actividade!

Rio de Janeiro, 24-09-2012
JoanMira

Foto - Passeando pelo Rio - Praia Vermelha

"Praia Vermelha" - 02-03-2012
JOANMIRA

21.9.12

Quatro detidos em frente ao Palácio de Belém

Vigília à porta do Palácio de Belém [Reuters]

Quatro pessoas foram detidas esta sexta-feira, em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa.

Fonte da PSP confirmou, por volta das 21:40, que três pessoas tinham sido detidas por «arremesso de petardos». Pouco depois das 22:00, os ânimos exaltaram-se, a polícia formou um cordão policial enquanto eram lançados vários objetos e as imagens televisivas mostraram que pelo menos mais uma pessoa foi detida.

Milhares de pessoas aguardam o fim da reunião do Conselho de Estado.

Desde as 17:00 que a multidão, que terá atingido o pico pelas 20:00, manifesta o seu desagrado com a austeridade, com o silêncio do Presidente da República, Cavaco Silva, e com a atuação de um governo que é chamado de «vergonha» e «gatuno».
TVI24

Vigília: “Cavaco, escuta: o povo está em luta”

A vigília de hoje em frente ao Palácio de Belém
Milhares de pessoas estão concentradas em Belém numa vigília que pede a demissão do Governo. Gritam palavras de ordem contra a troika, o Executivo e o Presidente da República.
 
Concentrados no jardim em frente ao Palácio de Belém, separados por barreiras e forças policias, dizem: “Aqui Portugal, ali o capital”. “Cavaco, escuta: o povo está em luta” é outra das palavras de ordem que se ouve em Belém, onde a concentração vai continuar enquanto estiver a decorrer o Conselho de Estado, que teve início pelas 17h15.

Para o ministro das Finanças, que Cavaco Silva chamou para estar presente na reunião do Conselho de Estado, há uma mensagem dura: “Vítor Gaspar, és muito lento a falar e quando abres essa boca dás orgulho a Salazar”.

O início da acção de protesto estava marcado para as 18h, mas as pessoas começaram a concentrar-se logo ao início da tarde. Por volta das 16h30, várias dezenas de manifestantes já estavam presentes e o protesto foi engrossando. Assobios, apitos, gritos, bombos e alguns petardos lançados entre a massa ouviram-se dentro do palácio.

Myriam Zaluar, uma das organizadoras da vigília, apontava minutos antes das 19h para a presença de dez mil pessoas. A PSP não avança com números.

Para a deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago, que se juntou à multidão, esta é – depois da manifestação de sábado – mais uma “prova de que há aqui uma vontade democrática que não apoia nenhuma medida [anunciada pelo Governo], nem a continuação desta austeridade”.

Um dos objectivos dos organizadores é a demissão do Governo. Myriam Zaluar insiste que é preciso rasgar o Memorando de Entendimento assinado com a troika e volta a pedir que o Executivo se demita.

Da multidão, um grito que ganhou força no último sábado: “Está na hora, está na hora de o Governo se ir embora”. João Camargo, outro dos organizadores, considera que “tem de ser o povo a decidir”. “Não podemos esperar que sejam eles lá dentro”, diz.

Teresa Delgado, de 53 anos, esteve na rua no último sábado. Hoje, juntou-se ao protesto em Belém pelas mesmas razões. Está desempregada há dois anos, já não tem direito a receber subsídio de desemprego. Quer uma mudança. Mas avisa: “Se houver um governo de salvação nacional, mudam as moscas, mantém-se a trampa”.

Rute Cerqueira, estudante de Enfermagem, veio trajada com outros colegas para fazer ouvir a voz dos estudantes. Marca uma posição: dizer que não querem ser obrigados a emigrar. E acrescenta uma nota: “Se a minha mãe governasse a nossa casa como este Governo governa o país, eu tinha morrido à fome”.
Esta concentração pretende também “demonstrar que 15 de Setembro não foi uma mera catarse colectiva, mas um desejo extraordinário de mudança de rumo”, descrevem os promotores na página oficial da manifestação.

Na quinta-feira, a Plataforma 15 de Outubro apelou a que os cidadãos se manifestassem ruidosamente durante a reunião do Conselho de Estado.
 
Concentrados no jardim em frente ao Palácio de Belém, separados por barreiras e forças policias, dizem: “Aqui Portugal, ali o capital”. “Cavaco, escuta: o povo está em luta” é outra das palavras de ordem que se ouve em Belém, onde a concentração vai continuar enquanto estiver a decorrer o Conselho de Estado, que teve início pelas 17h15.

Para o ministro das Finanças, que Cavaco Silva chamou para estar presente na reunião do Conselho de Estado, há uma mensagem dura: “Vítor Gaspar, és muito lento a falar e quando abres essa boca dás orgulho a Salazar”.

O início da acção de protesto estava marcado para as 18h, mas as pessoas começaram a concentrar-se logo ao início da tarde. Por volta das 16h30, várias dezenas de manifestantes já estavam presentes e o protesto foi engrossando. Assobios, apitos, gritos, bombos e alguns petardos lançados entre a massa ouviram-se dentro do palácio.

Myriam Zaluar, uma das organizadoras da vigília, apontava minutos antes das 19h para a presença de dez mil pessoas. A PSP não avança com números.

Para a deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago, que se juntou à multidão, esta é – depois da manifestação de sábado – mais uma “prova de que há aqui uma vontade democrática que não apoia nenhuma medida [anunciada pelo Governo], nem a continuação desta austeridade”.

Um dos objectivos dos organizadores é a demissão do Governo. Myriam Zaluar insiste que é preciso rasgar o Memorando de Entendimento assinado com a troika e volta a pedir que o Executivo se demita.

Da multidão, um grito que ganhou força no último sábado: “Está na hora, está na hora de o Governo se ir embora”. João Camargo, outro dos organizadores, considera que “tem de ser o povo a decidir”. “Não podemos esperar que sejam eles lá dentro”, diz.

Teresa Delgado, de 53 anos, esteve na rua no último sábado. Hoje, juntou-se ao protesto em Belém pelas mesmas razões. Está desempregada há dois anos, já não tem direito a receber subsídio de desemprego. Quer uma mudança. Mas avisa: “Se houver um governo de salvação nacional, mudam as moscas, mantém-se a trampa”.

Rute Cerqueira, estudante de Enfermagem, veio trajada com outros colegas para fazer ouvir a voz dos estudantes. Marca uma posição: dizer que não querem ser obrigados a emigrar. E acrescenta uma nota: “Se a minha mãe governasse a nossa casa como este Governo governa o país, eu tinha morrido à fome”.
Esta concentração pretende também “demonstrar que 15 de Setembro não foi uma mera catarse colectiva, mas um desejo extraordinário de mudança de rumo”, descrevem os promotores na página oficial da manifestação.

Na quinta-feira, a Plataforma 15 de Outubro apelou a que os cidadãos se manifestassem ruidosamente durante a reunião do Conselho de Estado.
PUBLICO

Diz Miguel Sousa Tavares: Há alguns incompetentes, mas poucos inocentes

O que poderemos nós pensar quando, depois de tantos anos a exigir o fim das SCUT, descobrimos que, afinal, o fim das auto-estradas sem portagens ainda iria conseguir sair mais caro ao Estado?
Como caixa de ressonância daqueles que de quem é porta-voz (tendo há muito deixado de ter voz própria), o presidente da Comissão Europeia, o português Durão Barroso, veio alinhar-se com os conselhos da troika sobre Portugal: não há outro caminho que não o de seguir a “solução” da austeridade e acelerar as “reformas estruturais” — descer os custos salariais, liberalizar mais ainda os despedimentos e diminuir o alcance do subsídio de desemprego. Que o trio formado pelo careca, o etíope e o alemão ignorem que em Portugal se está a oferecer 650 euros de ordenado a um engenheiro electrotécnico falando três línguas estrangeiras ou 580 euros a um dentista em horário completo é mais ou menos compreensível para quem os portugueses são uma abstracção matemática. Mas que um português, colocado nos altos círculos europeus e instalado nos seus hábitos, também ache que um dos nossos problemas principais são os ordenados elevados, já não é admissível. Lembremo-nos disto quando ele por aí vier candidatar-se a Presidente da República.

Durão Barroso é uma espécie de cata-vento da impotência e incompetência dos dirigentes europeus. Todas as semanas ele cheira o vento e vira-se para o lado de onde ele sopra: se os srs. Monti, Draghi, Van Rompuy se mostram vagamente preocupados com o crescimento e o emprego, lá, no alto do edifício europeu, o cata-vento aponta a direcção; se, porém, na semana seguinte, os mesmos senhores mais a srª Merkel repetem que não há vida sem austeridade, recessão e desemprego, o cata-vento vira 180 graus e passa a indicar a direcção oposta. Quando um dia se fizer a triste história destes anos de suicídio europeu, haveremos de perguntar como é que a Europa foi governada e destruída por um clube fechado de irresponsáveis, sem uma direcção, uma ideia, um projecto lógico. Como é que se começou por brincar ao directório castigador para com a Grécia para acabar a fazer implodir tudo em volta. Como é que se conseguiu levar a Lei de Murphy até ao absoluto, fazendo com que tudo o que podia correr mal tivesse corrido mal: o contágio do subprime americano na banca europeia, que era afirmadamente inviável e que estoirou com a Islândia e a Irlanda e colocou a Inglaterra de joelhos; a falência final da Grécia, submetida a um castigo tão exemplar e tão inteligente que só lhe restou a alternativa de negociar com as máfias russas e as Three Gorges chinesas; como é que a tão longamente prevista explosão da bolha imobiliária espanhola acabou por rebentar na cara dos que juravam que a Espanha aguentaria isso e muito mais; como é que as agências de notação, os mercados e a Goldman Sachs puderam livremente atacar a dívida soberana de todos os Estados europeus, excepto a Alemanha, numa estratégia concertada de cerco ao euro, que finalmente tornou toda a Europa insolvente. Ou como é que um pequeno país, como Portugal, experimentou uma receita jamais vista — a de tentar salvar as finanças públicas através da ruína da economia — e que, oh, espanto, produziu o resultado mais provável: arruinou uma coisa e outra. E como é que, no final de tudo isto, as periferias implodiram e só o centro — isto é, a Alemanha e seus satélites — se viu coberto de mercadorias que os seus parceiros europeus não tinham como comprar e atulhado em triliões de euros depositados pelos pobres e desesperados e que lhes puderam servir para comprar tudo, desde as ilhas gregas à água que os portugueses bebiam.

Deixemos os grandes senhores da Europa entregues à sua irrecuperável estupidez e detenhamo-nos sobre o nosso pequeno e infeliz exemplo, que nos serve para perceber que nada aconteceu por acaso, mas sim porque umas vezes a incompetência foi demasiada e outras a inocência foi de menos.

O que podemos nós pensar quando o ex-ministro Teixeira dos Santos ainda consegue jurar que havia um risco sistémico de contágio se não se nacionalizasse aquele covil de bandidos do BPN? Será que todo o restante sistema bancário também assentava na fraude, na evasão fiscal, nos negócios inconfessáveis para amigos, nos bancos-fantasmas em Cabo Verde para esconder dinheiro e toda a restante série de traficâncias que de há muito — de há muito! — se sabia existirem no BPN? E como, com que fundamento, com que ciência, pode continuar a sustentar que a alternativa de encerrar, pura e simplesmente, aquele vão de escada “faria recuar a economia 4%”? Ou que era previsível que a conta da nacionalização para os contribuintes não fosse além dos 700 milhões de euros?

O que poderemos nós pensar quando descobrimos que à despesa declarada e à dívida ocultada pelo dr. Jardim ainda há a somar as facturas escondidas debaixo do tapete, emitidas pelos empreiteiros amigos da “autonomia” e a quem ele prometia conseguir pagar, assim que os ventos de Lisboa lhe soprassem mais favoravelmente?

O que poderemos nós pensar quando, depois de tantos anos a exigir o fim das SCUT, descobrimos que, afinal, o fim das auto-estradas sem portagens ainda iria conseguir sair mais caro ao Estado? Como poderíamos adivinhar que havia uns contratos secretos, escondidos do Tribunal de Contas, em que o Estado garantia aos concessionários das PPP que ganhariam sempre X sem portagens e X+Y com portagens? Mas como poderíamos adivinhá-lo se nos dizem sempre que o Estado tem de recorrer aos serviços de escritórios privados de advocacia (sempre os mesmos), porque, entre os milhares de juristas dos quadros públicos, não há uma meia dúzia que consiga redigir um contrato em que o Estado não seja sempre comido por parvo?

A troika quer reformas estruturais? Ora, imponha ao Governo que faça uma lei retroactiva — sim, retroactiva — que declare a nulidade e renegociação de todos os contratos celebrados pelo Estado com privados em que seja manifesto e reconhecido pelo Tribunal de Contas que só o Estado assumiu riscos, encaixou prejuízos sem correspondência com o negócio e fez figura de anjinho. A Constituição não deixa? Ok, estabeleça-se um imposto extraordinário de 99,9% sobre os lucros excessivos dos contratos de PPP ou outros celebrados com o Estado. Eu conheço vários.

Quer outra reforma, não sei se estrutural ou conjuntural, mas, pelo menos, moral? Obrigue os bancos a aplicarem todo o dinheiro que vão buscar ao BCE a 1% de juros no financiamento da economia e das empresas viáveis e não em autocapitalização, para taparem os buracos dos negócios de favor e de influência que andaram a financiar aos grupos amigos.

Mais uma? Escrevam uma lei que estabeleça que todas as empresas de construção civil, que estão paradas por falta de obras e a despedir às dezenas de milhares, se possam dedicar à recuperação e remodelação do património urbano, público ou privado, pagando 0% de IRC nessas obras. Bruxelas não deixa? Deixa a Holanda ter um IRC que atrai para lá a sede das nossas empresas do PSI-20, mas não nos deixa baixar parte dos impostos às nossas empresas, numa situação de emergência? OK, Bruxelas que mande então fechar as empresas e despedir os trabalhadores. Cumpra-se a lei!

Outra? Proíbam as privatizações feitas segundo o modelo em moda, que consiste em privatizar a parte das empresas que dá lucro e deixar as “imparidades” a cargo do Estado: quem quiser comprar leva tudo ou não leva nada. E, já agora, que a operação financeira seja obrigatoriamente conduzida pela Caixa Geral de Depósitos (não é para isso que temos um banco público, por enquanto?). O quê, a Caixa não tem vocação ou aptidão para isso? Não me digam! Então, os administradores são pagos como privados, fazem negócios com os grandes grupos privados, até compram acções dos bancos privados e não são capazes de fazer o que os privados fazem? E, quanto à engenharia jurídica, atenta a reiterada falta de vocação e de aptidão dos serviços contratados em outsourcing para defenderem os interesses do cliente Estado, a troika que nos mande uma equipa de juristas para ensinar como se faz.

Tenho muitas mais ideias, algumas tão ingénuas como estas, mas nenhumas tão prejudiciais como aquelas com que nos têm governado. A próxima vez que o careca, o etíope e o alemão cá vierem, estou disponível para tomar um cafezinho com eles no Ritz. Pago eu, porque não tenho dinheiro para os juros que eles cobram se lhes ficar a dever.
MIGUEL SOUSA TAVARES

Foto - "Céu do Rio em domingo à tarde"

"Céu do Rio em domingo à tarde"
 
JOANMIRA

20.9.12

Pink Floyd - "Shine on you crazy diamond" - Video - Music - Live

"Shine on you crazy diamond" - live 1988

Dialogos com o Cristo - 5


DIALOGOS COM O CRISTO - 5

19-09-2012



 

- “Driiiinggg, driiiinggg, driii…”

 

Responde um trovão feito voz, em tons de irritação extrema:

 

- “Alô, aqui o Cristo do Corcovado; quem tem a ousadia de me incomodar a estas horas?”

 

Meio intimidado, arrisquei, de voz ténue, dizer-lhe que precisava de lhe falar.

 

- Amigo do Corcovado, sou eu, o Zé Mira, posso dar-te uma palavrinha?

 

- Ah, és tu rapaiz? Claro que podes; bem sabes que me podes falar a qualquer hora!

 

O Tom de voz era agora sereno e jovial; de facto compreendi que o “Redemptor” me tinha numa boa.

 

- Amigo do Corcovado, queria falar contigo de um assunto deveras delicado e que, talvez possa fazer mossa em ti…Não sei se devo… Tens sido um cara porreiro para mim e não queria, de modo algum, aborrecer-te…

 

Interrompe-me, desta feita de novo irritado:

 

- Desembucha meu, o que é, o que é que foi!?

 

- Posso então questionar-te sobre as noticias que vêm nos jornais e que dizem que tiveste uma esposa, que foste casado?

 

Irrompe então, o Cara do Corcovado, numa gargalhada irreprimível e imensamente sonora:

 

- Mas claro que sim Amigo Zé Mira! O papiro que encontraram é autêntico; e digo-te mais: fui casado, tive amantes, tive filhos, vivi como o comum dos mortais; nunca menti fazendo crer que a minha vida foi diferente da vossa; alguns dos meus filhos povoaram a terra; são  pessoas de bem que se preocupam com o bem-estar dos seus semelhantes, que preconizam a paz, a caridade e que estão sempre ao lado do Povo que luta contra o privilégio e a corrupção.

 

Portanto, caro Amigo ateu, não fiques admirado; nada nego de tudo quanto lês-te; foi assim…

 

- Mas então, Amigo do Corcovado, o que rezam os teólogos, o que apregoam as igrejas em teu nome…?

 

- Mentira, muita mentira embrulhada com algumas verdades que são o álibi da seriedade das trapalhices apregoadas.

 

- Obrigado Amigo; desculpa o incomodo; vou aprendendo sempre contigo.

 

- Volta sempre cara; eu sei que tens insónias e, por isso, atendo sempre as tuas chamadas. Dorme o melhor possível.

 

- Tiveste mulheres, tiveste filhos… agora sei que és um “Creadorrr”. Boa noite Amigo.
 

Rio de Janeiro, 19 de setembro de 2012.

 
JOANMIRA
 

19.9.12

Insatisfação com o Governo dá maioria absoluta à esquerda

A onda de descontamento com o Governo que varreu o país nas últimas semanas tem agora uma expressão numérica clara. Se as eleições fossem hoje, o PSD não iria além dos 24%, segundo uma Sondagem da Universidade Católica elaborada para o JN.
No anterior barómetro realizado pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião daquela universidade, em junho de 2012, o PSD contava com 36% dos votos do eleitorado.
Os inquéritos de setembro foram realizados dias 15, 16 e 17, já depois do anúncio das novas medidas de austeridade que tanta polémica têm levantado, concretizando a fissura entre o eleitorado e o partido do Governo, que caiu 12 pontos percentuais, para os 24%.
Recorde-se que o PSD ganhou as últimas eleições legislativas com 38,7%, votação que, somada aos 11,7% obtidos pelo CDS, lhes permitiu formar uma coligação com maioria absoluta. Nessas eleições, o PS só conseguiu 28,1% dos votos. Este barómetro de setembro indica que os socialistas conquistariam 31% dos eleitores.
Mas não foi o PS o que melhor capitalizou a descida do partido laranja. Apesar de passar para a frente nas sondagens, o partido liderado por António José Seguro caiu em relação a junho de 2012, na percentagem de votos, de 33% para 31%.
Os partidos mais à esquerda são os que mais aproveitaram a insatisfação do eleitorado com a condução governativa do país. A CDU subiu de 9% para 13% nos resultados eleitorais, e o Bloco de Esquerda cresce de 9% para 11%.

The 35 most amazing libraries in the world - 4. Yale University Beinecke Rare Book and Manuscript Library, New Haven, CT

4. Yale University Beinecke Rare Book and Manuscript Library, New Haven, CT



The Yale University Beinecke Rare Book and Manuscript Library is the largest building in the world that has the express purpose of preserving rare books and manuscripts. The library’s holdings are incredible and include special collections of numerous important writers including Rudyard Kipling, D.H. Lawrence, Sinclair Lewis, and Joseph Conrad. The central shelving area of Beinecke is a beautiful structure with glass walls and soft lighting that protect the works from direct light. The library is accessible to the public and it’s exhibition hall displays many of the library’s rare works, including an original Gutenberg Bible, one of only 48 copies.

Diálogos com o Cristo – 4


- Amigo do Corcovado, agora que somos amigos, permite-me que te coloque algumas questões que me suscitam muitas duvidas.
- Diz-là, responde-me o Cristo, com voz clara de quem não bebeu um “chopito” e jovial de quem tem a certeza do propósito.
- Tenho muitas duvidas acerca da existência de Deus e do seu desempenho de “Criador”.
Como sabes, eu não acredito na sua “obra” porque penso que um ser imaterial não pode criar matéria, a não ser que ele próprio faca parte da matéria e, nesse caso deixava de ser imaterial.
Qualquer ser dotado de razão não pode conceber que do nada se possa tirar e fazer qualquer coisa!
Suponhamos um matemático. O nada para ele é o zero; multiplicando, da forma que entender, o zero pelo zero ou por algum outro valor, o resultado será sempre o zero ou seja, NADA!
Com nada, nada se pode fazer; de nada, nada se obtém. O gesto criador é, pois, um gesto impossível de admitir, um absurdo.
O Amigo do Corcovado, devo confessar, ouviu-me com toda a paciência, sem me interromper; mas aproveitando uma breve pausa minha, retorquiu:
- Amigo ateu, os teus argumentos são conhecidos; citar-te-ei apenas um exemplo: dois amigos como nos, um crente e filosofo, outro filosofo e cientista, discutiam: dizia o primeiro que Deus estava no cimo da montanha; o outro discordava, obviamente; até que decidem subir la acima para tirarem as coisas a limpo; resultado: o cientista encontrou o Criador no cimo… E, confuso, disse ao Amigo: você até tinha razão, so que não demonstrou!  
- Amigo do Corcovado, eu acredito na tua boa fé, mas é impossivel exigir de mim que aceite sem demonstração; penso ser a  “criação” uma expressão místico-religiosa, que pode ter algum valor aos olhos das pessoas a que agrada crer naquilo que não compreendem e a quem a fé que se impõe tanto mais quanto menos a percebem. Mas devemos convir que a palavra criar é uma expressão vazia de sentido para todos os homens cultos e sensatos, para quem uma palavra só tem valor quando representa uma realidade ou uma possibilidade
- Amigo Mira, você até um cara bacano; não me convenceu, mas aceito a sinceridade dos seus argumentos; vamos continuar o nosso dialogo noutro dia porque já é tarde e até eu preciso de descansar; Ta?
- Cristo meu Amigo, vai la dormir descansado; se me permitires voltarei ao dialogo.
- Dorme bem Amigo.
- Um abraço.
Rio de Janeiro, 18 de Setembro de 2012
JOANMIRA

18.9.12

A imagem do dia 18-09-2012

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Orbiting Astronaut Self-Portrait
Image Credit: Expedition 32 Crew, International Space Station, NASA
Explanation: Is it art? Earlier this month, space station astronaut Aki Hoshide (Japan) recorded this striking image while helping to augment the capabilities of the Earth-orbiting International Space Station (ISS). Visible in this outworldly assemblage is the Sun, the Earth, two portions of a robotic arm, an astronaut's spacesuit, the deep darkness of space, and the unusual camera taking the picture. This image joins other historic -- and possibly artistic -- self-portraits taken previously in space. The Expedition 32 mission ended yesterday when an attached capsule undocked with the ISS and returned some of the crew to Earth.

Dialogos com o Cristo


DIALOGOS COM O CRISTO

17-09-2012

 “-Pai Nosso que estas no Céu, santificado…”
 
Interrompeu-me, abruptamente,  uma voz de trovão…
 

”- Que é isso oh meu. Que tens, que se passa Amigo de entre todos os ateus?

“- Desculpa, Amigo do Corcovado, era só para chamar a tua atenção... Bem sei que me admitiste como Amigo, não obstante a minha falta de fé. Mas, acredita, precisava reatar o nosso dialogo.

“- Mas com quinquagésimo trovão do filho mais velho! Precisavas desse estratagema para falar comigo?! Ou não te tenho dado todo o apoio desde que chegaste ao Rio de Janeiro?  Mas... até sei a razão da tua chamada: a situação em Portugal, né? “

- Amigo do Corcovado, devo Reconhecer que nos, portugueses, estamos no limite de não saber se, resignados, devemos continuar a protestar com convicta indignação ou se devemos enveredar por partir tudo; temos suportado estoicamente, como ratos de laboratório, todas as experimentações da corja detentora do governo em Portugal; faz muitos anos que temos vindo a aceitar, sem reagir o assalto permanente e continuo do grande capital aos nossos míseros salários e reformas; quanto mais nos tiram, sem reacção nossa, mais nos continuam a tirar e chegou o tempo em que, nada mais nos podendo roubar, nos resta a dignidade da revolta e enveredar pela violência, para podermos viver ou morrer com dignidade.
 

- Calma, amigo ateu; eu até acho que o Povo Português pode “dar a volta” a essa situação extrema, através da cidadania politica. A violência, só em ultimo recurso. Mas se não houver outra solução não a excluas, Amigo. E não excluas, exercendo-a, ou não, é importante para o adversário saber que estas disposto a exercê-la. Mas quero que saibas que, mesmo compreendendo-te,  não te posso seguir nesse caminho;


Para ti a minha solidariedade,  paz e reflexão; e para o Neo-liberalismo selvagem, um gesto, este:
 
 
 
Cura Senhor onde doi...
 
JOANMIRA

Portas e Passos não se falam: zangam-se as comadres, descobre-sem as verdades!




















Passos e Portas não falaram durante todo o fim de semana (apesar das mega-manifestações que mobilizaram milhares de pessoas em todo o país) e até ao fim da manhã de hoje, quando começou a reunião da Comissão Permanente do PSD, não tinham conversado.

líder do CDS não avisou pessoalmente o primeiro-ministro que ia descolar em público da medida (alterações na Taxa Social Única) que o ministro das Finanças levou na semana passada ao Eurogrupo. Domingo de manhã, antes de falar no Conselho Nacional do CDS, Portas pediu ao seu adjunto político que lesse ao chefe de gabinete do PM o discurso que daí a pouco ía fazer e Passos ainda não decidiu como vai reagir à declaração "inacreditável" (segundo Pedro Pinto, vice do PSD) do parceiro de coligação.
"Portas destruiu a coligação e agora temos que ver como podemos reconstruí-la", afirmou ao Expresso fonte próxima de Pedro Passos Coelho. O primeiro-ministro ainda não terá dado um sinal claro do que tenciona fazer.
"Se não fosse a situação absolutamente excecional que o país vive, ele já tinha rompido com a coligação", afirma fonte próxima. Para já, o silêncio é o discurso em S. Bento.
Teresa Leal Coelho, vice-presidente do PSD, afirmou à saída da reunião da Comissão Permanente do partido convocada de emergência para analisar "em pormenor" as consequências das declarações de Portas, que os sociais-democratas irão "manter o sentido de responsabilidade e conseguir ultrapassar esta questão conjuntamente". Mas, nas últimas horas, as reações das distritais e concelhias do PSD foram, ao que o Expresso apurou, de total fúria contra o líder do CDS.

16.9.12

Foto - Concentracão Harley-Davidson em Copacabana

Concentracão de Harley-Davidson em Copacabana - 16-09-2012 - 12 horas
JOANMIRA

A imagem do dia 16-09-2012

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Saturn: Bright Tethys and Ancient Rings
Image Credit: Cassini Imaging Team, SSI, JPL, ESA, NASA

Explanation: How old are Saturn's rings? No one is quite sure. One possibility is that the rings formed relatively recently in our Solar System's history, perhaps only about 100 million years ago when a moon-sized object broke up near Saturn. Evidence for a young ring age includes a basic stability analysis for rings, and the fact that the rings are so bright and relatively unaffected by numerous small dark meteor impacts. More recent evidence, however, raises the possibility that some of Saturn's rings may be billions of years old and so almost as old as Saturn itself. Inspection of images by the Saturn-orbiting Cassini spacecraft indicates that some of Saturn's ring particles temporarily bunch and collide, effectively recycling ring particles by bringing fresh bright ices to the surface. Seen here, Saturn's rings were imaged in their true colors by the robotic Cassini in late October. Icy bright Tethys, a moon of Saturn likely brightened by a sandblasting rain of ice from sister moon Enceladus, is visible in front of the darker rings.

15.9.12

Manifestantes sentados no chão cortam Avenida dos Aliados

Manifestação «15 de setembro» (Foto Reuters)

Ouve o Povo, seu Pelintra!

A Avenida dos Aliados, no Porto, esteve esta noite cortada em ambos os sentidos por centenas de manifestantes sentados no chão, num protesto pacífico que contou com a compreensão policial, constatou a Lusa no local.

Pouco tempo depois do corte, a polícia aproximou-se dos manifestantes com um carro, mas as pessoas gritaram «esta luta também é vossa» e o carro afastou-se sem que se tivesse registado qualquer incidente.

Apesar da forma pacífica do protesto, a Lusa presenciou no local um reforço policial, embora distante dos manifestantes.

O corte da avenida aconteceu momentos depois de alguma desmobilização popular no fim da manifestação contra a troika e o Governo.
Alguns populares mantiveram-se no local e, inicialmente, cortaram apenas o acesso a um dos sentidos da circulação automóvel na Avenida dos Aliados.

Seguiu-se, depois, o corte no outro sentido da avenida por centenas de manifestantes sentados no chão
.

As pessoas sentaram-se a meio da avenida, dos dois lados, tornando impossível a circulação automóvel.

Cerca de 50 mil pessoas, segundo a organização, terão participado na manifestação.