2.5.15

Texto - Adormecer please!

Adormecer, please!

A falta de sono conduz-nos, por vezes, a docemente a pairar sobre um mar de nuvens; há-as cinzentas, ondas pacificas “pastando” até ao horizonte revelado. São elementos do rebanho seguindo, uniformemente, até à exaustação.

Se já viu as ilustrações dos livros de Júlio Vernes, terá reparado naquelas genuínas nuvens entre o cinzento e escuro, que por essência ou necessidade, tentam confundir-se com as primeiras.

Ambas em muito contribuem para aquela sui-generis atmosfera dos recitos…

Mas eis que, finalmente, nos deparamo-nos, com aquelas que nos parecem ser de maior interesse, nuvens ameaçadoras: carregadas de escuras ameaças e prestes a participarem em qualquer drama meteorológico.

De cor muito escura, avançam rapidamente alimentando-se do imaginario; são as minhas preferidas; selvagens, não se rendem nunca e não raramente rebentam  quando se não espera.

Da para, ao mesmo tempo que sonhamos com arcos-iris nos olhos, talvez encontrar o maldito sonho que foge para outros continentes…

Com tudo isto, continuo acordado. Quem me acode…

02-05-2015
JoanMira

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