25.4.20

Texto : "Mais Zé Bigodes, ou a parolice rendida"

Lembrar-se-à daquela cena bizarra passada poucos anos atràs em que o pai da namorada entrou no "barracão" do baile e gritou :

"alto e para o baile ! Quem apalpou o cu da minha filha ?..."

Levanta-se um parolo, pensando estar a ser designado e, com voz trémula conseguiu dizer : "Eu não fui, sôr Zé Bigodes, eu até sou paneleiro..."

Como o Zé Bigodes aparentava uma certa satisfação com o agacho do Meireles, aproveitando a conversa difusa que no meio dos copos se tinha instaurado, aproveitei para dizer bem alto :

« Eu vivo sempre a pensar », proferi ; e logo dis o outro: se esse gajo não pensasse é porque estaria morto ou panasca... Ah Ah Ah... gargalhadas intensas...

Mas fês-se enfim o silêncio... e aproveitando a trégua expeli :

"Gosto muito das achegas populares ; aliàs sou do Povo... O Meireles foi muito mais que vocês : foi ingenuamente sincero ; disse aquilo que alguns são, sem no entanto o exprimirem.

Não, não sou homosexual mas sempre defendi amigos que o eram contra a bestialidade normalizada.


Boa noite meus senhores !"

25-04-2020
JoanMira

Fotografia - "25 de abril de 1974 : perfume de liberdade"

"25 de abril de 1974 : perfume de liberdade"

25-04-2020
Piedade de Araujo Sol

19.4.20

Information : Salué pour sa réactivité, le Portugal reste prudent sur l’évolution du Covid-19



Dans le quartier de Graça, à Lisbonne, au Portugal, le 4 avril 2020.
  Photo Jorge Mantilla / NurPhoto via AFP

Le Portugal déplore un nombre de morts bien plus bas que ses voisins européens. Certains s’interrogent sur ce mystère, d’autres présentent la stratégie des autorités portugaises comme un modèle de lutte contre la pandémie. Si elles ont réagi vite, elles n’en restent pas moins inquiètes.

Comment le Portugal ne peut-il déplorer ce lundi 6 avril “que” 295 morts liées au coronavirus quand l’Espagne voisine, par exemple, a déjà dépassé le seuil des 12 000 morts ? Ce contraste, saisissant, amène à s’interroger. Tandis que certains tentent de percer le “mystère” du Portugal, d’autres vantent son “modèle” de lutte contre la pandémie.

Ce qui est certain, c’est que “les mesures adoptées par le Portugal ont été parmi les plus rapides d’Europe”, annonce l’agence de presse portugaise Lusa dans une dépêche qui analyse des données recueillies par l’université d’Oxford au Royaume-Uni. Données selon lesquelles la République tchèque et l’Autriche, aux côtés du Portugal, ont été parmi les pays de l’Union européenne à réagir le plus vite, contrairement à l’Italie, l’Espagne et la France.

Vincent Barros
Courrier International

6.4.20

Music - Video - It's real

Love or like

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Pintura - Joan Miró: El surrealismo español - 1/16

Joan Miró i Ferrà, nació en Barcelona, 20 de abril de 1893.
Pintor, escultor, grabador y ceramista, está considerado uno de los máximos representantes del surrealismo en España.



Fue hijo del también pintor Miquel Miró i Adzeries.
Estudió la carrera de Comercio, que simultaneó con clases nocturnas de dibujo en la Escuela Llotja.

Paisagens - Rio Li - China


Rio Li - China

5.4.20

Expressões populares portuguesas : "Coisas do Arco-da-Velha"



Significado: Coisas inacreditáveis, absurdas, espantosas, inverosímeis.

Origem: A expressão tem origem no Antigo Testamento; arco-da-velha é o arco-íris, ou arco-celeste, e foi o sinal do pacto que Deus fez com Noé: “Estando o arco nas nuvens, Eu ao vê-lo recordar-Me-ei da aliança eterna concluída entre Deus e todos os seres vivos de toda a espécie que há na terra.” (Génesis 9:16)

Arco-da-velha é uma simplificação de Arco da Lei Velha, uma referência à Lei Divina.

Há também diversas histórias populares que defendem outra origem da expressão, como a da existência de uma velha no arco-íris, sendo a curvatura do arco a curvatura das costas provocada pela velhice, ou devido a uma das propriedades mágicas do arco-íris – beber a água num lugar e enviá-la para outro, pelo que velha poderá ter vindo do italiano bere (beber).

4.4.20

Pintura - Aguarela - Inês Dourado ; "Alfama"

Alfama. Lisboa. Vitor Bonifacio | Lisboa portugal, Portugal ...
"Alfama"

Informação - Covid 19 - Positivo ?





Com as medidas de confinamento e redução da atividade económica, as cidades estão na atualidade mais vazias, o que pode ter deixado espaço para os animais selvagens beneficiarem da nova situação. “Em Portugal, devido à grande fragmentação de habitat, não veremos grandes mamíferos como raposas ou corços perto das cidades, mas o cantar dos pássaros é bem mais evidente das nossas janelas”, diz à Lusa Ana Marta Paz, da direção da Liga para a Proteção da Natureza (LPN), uma organização não-governamental de defesa do ambiente.

O motivo é a “diminuição drástica do ruído”, uma das grandes mudanças para todas as espécies, com a diminuição da poluição a beneficiar também as populações de todas as espécies, diz a ambientalista, notando que não é o confinamento social que faz estas mudanças, mas sim o abrandamento de uma série de atividades, nefastas para a natureza e para as pessoas. E porque as pessoas estão confinadas notam agora melhor a natureza, por ausência de ruído, mas também por mais tempo para a apreciar.

Domingos Leitão, diretor executivo da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), diz que não há hoje mais aves do que havia antes do confinamento. “O que mudou foi a nossa perceção sobre o que está à nossa volta, ajudada pelo facto de haver menos ruído na rua”.



“Com o entorno mais sossegado é mais fácil detetar o que lá existe. A perceção pode ser a de que as aves apareceram agora, mas elas sempre lá estiveram. Um peneireiro numa varanda não é coisa rara. Há muita biodiversidade que usa os meios urbanos como o seu território e isso nota-se mais agora porque as pessoas estão com mais atenção”, disse à Lusa.

Observador