21.10.15

Universidade de Coimbra é pioneira na detecção do cancro da próstata

2015-09-27

Uma nova molécula para a detecção do cancro da próstata, produzida por uma equipa de cientistas do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), acaba de ser introduzida na prática clínica em Portugal.

O primeiro exame de Tomografia por Emissão de Positrões (PET/CT) com PSMA-Ga68, designação da nova molécula, já foi realizado em Coimbra.

A introdução deste radiofármaco no campo assistencial resulta do trabalho que vem sendo desenvolvido no ICNAS por uma equipa multidisciplinar desde há cerca de quatro anos, e «constitui um avanço significativo na avaliação desta doença ao possibilitar uma detecção mais precoce do cancro da próstata, sobretudo em situações de recidiva», afirma Miguel Castelo Branco, director do ICNAS.

Além de permitir uma avaliação do cancro da próstata muito mais eficaz, a utilização da nova molécula não terá um custo superior ao do actual radiofármaco disponível no mercado – a Fluorcolina - 18F.

Miguel Castelo Branco salienta o avanço significativo na avaliação da doença
Miguel Castelo Branco salienta o avanço significativo na avaliação da doença
O coordenador para a área clínica do ICNAS, João Pedroso de Lima, acredita que este novo exame reúne todas as condições para substituir o uso da Fluorcolina - 18F em Portugal. "A molécula produzida no ICNAS, já utilizada em alguns países europeus, é muito mais sensível, permitindo avaliar parâmetros impossíveis de identificar por outros métodos de diagnóstico e fornece informações essenciais para detectar precocemente, e localizar, o reaparecimento do tumor e a sua metastização».

Organismo Autónomo da Universidade de Coimbra (UC), O ICNAS dedica-se à investigação biomédica e à aplicação clínica de moléculas marcadas com substâncias radioactivas.

Ao longo dos últimos anos, o Instituto lidera, no país, a produção e utilização de múltiplas moléculas (radiofármacos) para a realização de estudos de Tomografia por Emissão de Positrões (PET/CT) em diversas situações clínicas, principalmente em Oncologia, Neurologia e Cardiologia.

Ciência Hoje - Portugal

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