António Costa considera que está em “melhores condições do que a direita para assegurar a formação de um governo que seja estável para os próximos quatro anos”. E também garante que “uma mudança política” “criará certamente melhores condições para a estabilidade política, para a estabilidade social, paria a criação de condições de investimento, crescimento e recuperação do emprego”.
As declarações foram feitas à Reuters pelo líder do PS que garantiu que as conversas com o PCP e o BE “tomam por base o programa do PS, com as propostas que, uns e outros, têm proposto acrescentar e com a correcção de algumas das medidas". E conclui: "Aquilo que é claro, e que pode ser surpresa para muitos porque de facto é novo, é de, pela primeira vez, haver um governo que corresponda à maioria de esquerda que existe hoje no parlamento, sem pôr em causa o funcionamento das regras europeias".
Costa diz mesmo que o compromisso com a participação na Europa e na zona euro é uma “linha vermelha”, assegurando: “O PS é o partido mais pró-europeu que existe em Portugal desde sempre e creio que para sempre".
As declarações surgem numa altura em que se associa às reuniões à esquerda dos últimos dias alguma instabilidade nos mercados. Em sua defesa, o líder socialista refere que “o programa do PS é conhecido há muitos meses e toda a gente o considerou um programa muito inovador porque propunha de forma responsável virar a página da austeridade, mantendo o cumprimento das regras em vigor na zona euro e designadamente a trajectória acordada para as reduções do défice e da dívida".
“Há todos os motivos para se encarar, não só com tranquilidade, mas com esperança, uma mudança política que se venha a concretizar em Portugal”, afirma o secretário-geral do PS ao mesmo tempo que argumenta que isso “criará certamente melhores condições para a estabilidade política”.
Ionline - Portugal
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