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13.5.12

Marcelo considera declaração de Passos «desequilibrada»


Marcelo Rebelo de Sousa

O comentador político Marcelo Rebelo de Sousa disse este sábado que a intervenção do primeiro-ministro sobre o desemprego foi «desequilibrada» e explicou que lhe faltou uma palavra de compreensão para o «lado negativo» do que é estar desempregado.

À margem da conferência subordinada ao tema «Solidariedade em Portugal 2012», em Guimarães, Marcelo disse à Lusa que Pedro Passos Coelho tem uma «deformação» por ser «muito explicativo».

O primeiro-ministro apelou na sexta-feira aos portugueses para que adotem uma «cultura de risco» e considerou que o desemprego não tem de ser encarado como negativo e pode ser «uma oportunidade para mudar de vida».
 
Sobre o assunto, Rodrigo Salgueiro comenta: "A declaração do Primeiro-Minstro, que na prática  só deveria falar quando fôsse estritamente necessário, aconselha os desesperados a atirarem-se à agua sem saber nadar, na esperança de virem a ser salvos pela divina providência!"

Subscrevemos. 

Artigo TVI24
Edicão JMIRA

27.1.12

Carta aberta ao 1.° ministro (anonimo)




Exmo. Sr. 1º Ministro,

Vou alterar a minha condição de funcionário público, passando à qualidade de empresa em nome individual (como os taxistas) ou de uma firma do tipo
"Jumentos & Consultores Associados Lda." e em vez de vencimento passo a receber contra factura, emitida no fim de cada mês.
Ganha o ministro, ganho eu e o país que se lixe!

Ora vejamos:

Ganha o ministro das Finanças porque:
- Fica com um funcionário público a menos.
- Poupa no que teria que pagar a uma empresa externa para avaliar o meu desempenho profissional.
- Ganha um trabalhador mais produtivo porque a iniciativa privada é, por definição, mais produtiva que o funcionalismo público.
- Fica com menos um trabalhador, potencial grevista e reivindicador que por muito que trabalhe será sempre considerado um mandrião.

E ganho eu porque:
- Deixo de pagar na totalidade todos os impostos a que um funcionário público está obrigado, e bem diga-se, pois passo a considerar o salário mínimo para efeitos fiscais e de segurança social.
- Vou comprar fraldas, champôs, papel higiénico, fairy, skip e uma infinidade de outros produtos à Makro que me emite uma factura com a designação genérica de 'artigos de limpeza', pelo que contam como custos para a empresa.
- Deixo de ter subsídio de almoço, mas todas as refeições passam a ser consideradas despesa da firma.
- Já posso arranjar uma residência em Espanha para comprar carro a metade do preço ou compro um BMW em leasing em nome da firma e lanço as facturas do combustível e de manutenção na contabilidade da empresa.
- Promovo a senhora das limpezas lá de casa a auxiliar de limpeza da firma.
- E, se no fim ainda tiver que pagar impostos, não pago, porque três anos depois o Senhor Ministro adopta um perdão fiscal; nessa ocasião vou ao banco onde tinha depositada a quantia destinada a impostos, fico com os juros e dou o resto à DGCI.

Mas ainda ganho mais:
- Em vez de pagar contribuições para a CNP, faço aplicações financeiras e obtenho benefícios fiscais se é que ainda tenho IRS para pagar.

- Se tiver filhos na universidade eles terão isenção de propinas e direito à bolsa máxima (equivalente ao salário mínimo) e se morar longe da universidade ainda podem beneficiar de um subsídio adicional para alojamento; com essas quantias compro-lhes um carro que, tal como o outro, será adquirido em nome da firma assim como manutenções e combustíveis.
- Se tiver um divórcio litigioso as prestações familiares que o tribunal me condenar já não serão deduzidas directamente na fonte e recebo o ordenado
inteiro e só pago se me apetecer...!
Como se pode ver, só teria a ganhar e já podia dizer em público o nome da minha profissão sem parecer uma palavra obscena, afinal, em Portugal ter
prejuízo é uma bênção de Deus!

Está visto que ser ultra liberal é o que realmente vale a pena, e porque é que os partidos que alternam no poder têm tantos votos
...?