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2.12.11

«Europa está moribunda, está a morrer»

caricatura Durão Barroso Presidente Comissão Europeia
 
O bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins, disse, esta sexta-feira, que a actual crise que se vive na Europa é a prova de que o Velho Continente está «a morrer».

Segundo o clérigo, «a Europa está em agonia, está moribunda. É preciso chamar alguém que lhe dê os últimos sacramentos».

Veja o desenvolvimento da notícia na Agência Financeira

Comunidades: Conselho consultivo escreve carta ao MNE com alternativas ao fecho do vice-consulado de Frankfurt

Lisboa, 02 dez (Lusa) – O conselho consultivo do vice-consulado de Frankfurt defende, em carta aberta enviada hoje ao ministro da tutela, ser preferível despromover consulados, reduzir subsídios e atualizar a tabela de emolumentos do que manter a decisão de encerrar o posto.
De acordo com a carta, assinada pelo porta-voz do conselho consultivo, António da Cunha Duarte Justo, “há alternativas ao encerramento de vice-consulados” que passam por “despromover consulados e consulados-gerais para vice-consulados”, “controlar a produtividade dos postos consulares” ou “poupar nas instalações”.
Além disso, acrescenta, podem reduzir-se os subsídios mensais de representação e de residência a metade e atualizar os preços dos emolumentos.
"Reduzam-se imediatamente os subsídios mensais de representação e de residência em 50 por cento", refere o porta-voz, considerando que "7.000 euros de subsídio de representação mensal para um senhor cônsul é um escândalo".
Por outro lado, considera, é preciso atualizar os preços dos emolumentos, já que "certidões de nascimento e casamento em Portugal custam 20 euros e na tabela consular continuam a custar 16,50 euros".
Para este conselho consultivo, Frankfurt é um “lugar estratégico e único” que não deve encerrar, até porque “a desconsideração será tomada como símbolo de negligência da economia portuguesa e base de desmotivação para jovens portugueses de espírito inovador”.
Face à necessidade de cortar despesas e se é preciso alterar a situação na Alemanha, a solução é “despromover consulados e consulados-gerais, racionalizar custos de instalações e pessoal”, refere ainda.
“Frankfurt é a capital não só financeira como também económica da Europa" e o local "onde estão o maior número de consulados estrangeiros. O vice-consulado de Frankfurt serve também 30.000 portugueses em três Estados federados na Alemanha: Hessen, Renânia-Palatinado e Sarre”, escreve o porta-voz.
“Também relativamente à evolução do comércio externo de Portugal, Frankfurt será crucial para o investimento estrangeiro e para a sede das empresas portuguesas”, acrescenta na carta enviada a Paulo Portas, lembrando que é nessa cidade que está sedeada a Federação dos Empresários Portugueses na Alemanha, as feiras e o Banco Central Europeu.
O Governo anunciou em novembro que vai encerrar sete embaixadas, quatro vice-consulados e um escritório consular para poupar 12 milhões de euros em 2012 e possibilitar a abertura de novas embaixadas na Ásia e América Latina.
Na altura, o ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que a jurisdição do vice-consulado de Frankfurt passava para Estugarda, decisão que já levou à realização, a 5 de novembro, de uma manifestação com cerca de mil pessoas e na qual foi sugerida uma ocupação simbólica do vice-consulado, manifestações em cadeia e abaixo-assinados para entregar à Presidência da República.
PMC.
Lusa/Fim

Porque é que Portugal fecha consulados?

STCDE
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Opinião do Dr. Miguel Reis

Quando é generalizada a convicção de que estamos a assistir à maior vaga de emigração de portugueses após o 25 de Abril de 1974, Portugal continua a encerrar consulados que integram a sua débil estrutura de representação no estrangeiro.
...
...
Os consulados são um negócio altamente lucrativo para o Estado.
Mas não há nenhum negócio que possa ter lucros se lhe abarbatarem as receitas.
...
Ora, o que acontece é que todos os recursos gerados pelos consulados são, literalmente, «desviados» para uma outra entidade, que satisfaz outros interesses, que não são os dos utentes.
 ...
Os sucessivos governantes, que têm passado pelo MNE, têm-se portado, unanimemente, como uns «castrati», incapazes de pôr termo a esta pouca vergonha.
Se o fizessem e pusessem termo ao desvio das verbas dos consulados, talvez não tivessem que os fechar.

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