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1.11.12

Foto - Elisa

Elisa (ou Garriguette, ou Charlotte Aux Fraises)
- uma neta -
JoanMira 

Vasco Lourenco: "Por este andar, havera violência"


Vasco Lourenço acusa o Governo de estar a empobrecer o país de forma «intencional» e ao serviço do capital financeiro internacional, o que classifica de «criminoso».
«É criminoso. Na minha opinião, não é falta de competência, porque eu não quero acreditar que eles [o governo] sejam tão estúpidos que não percebem que assim não atingimos a recuperação mantendo o bem-estar da população», afirma.
Em entrevista à agência Lusa, o «capitão de Abril» mostra-se convicto de que o empobrecimento do país é intencional, fruto de uma ideologia neoliberal que quer «empobrecer o povo, provocar desemprego, criar a situação de terra queimada para a seguir tentar plantar de novo começando quase do zero».
Para Vasco Lourenço, a prossecução desta política vai gerar situações «absolutamente degradantes», como o aumento dos suicídios, da emigração e a destruição do país.
«Por isso, não os considero absolutamente nada patrióticos. Estarão ao serviço do capital financeiro internacional. Ao serviço do nosso país eu penso que não estão».
Na lógica do destruir para plantar de novo, o responsável não tem dúvidas de que os novos «agricultores» seriam empresas estrangeiras, uma vez que já se está «a vender ao desbarato e a retalho o país».
Vasco Lourenço lamenta que o Governo diga «ufanamente que as exportações estão a aumentar e encubra que a grande fatia das exportações é o ouro que está a ser comprado às pessoas» e que depois é fundido e exportado.
O «capitão de Abril» não tem dúvidas de que Portugal está mais perto da ditadura do que da democracia.
«Quando pegamos na Constituição e dizemos, como disse Miguel Relvas aqui há uns tempos, que em momentos de crise a constituição é um ‘fait divers’, um pormenor, quando o Tribunal Constitucional toma determinadas atitudes e o executivo não liga, quando se defende abertamente que se devia acabar com o Tribunal Constitucional, porque o Governo deve estar acima de tudo isso, são situações de ditadura e não democracia».
O «ditador» é, na opinião de Vasco Lourenço, o «capital financeiro que está cego pelo lucro intensivo e imediato e não vê que está a matar a sua própria galinha dos ovos de ouro».
Mas alerta que «vem aí a revolta dos escravos» e que por este andar haverá violência.
«Eu só espero que quer as forças de segurança quer as forças armadas não aceitem ser instrumentos de repressão perante a população quando ela se revoltar, porque provavelmente os ditadorezinhos vão tentar impor a sua vontade».
Lusa/SOL

Nem um só Governo de coligação resistiu à crise

A primeira AD resistiu 2 anos e 8 meses após a morte de Sá Carneiro. Freitas do Amaral precipitou queda. CDS ficaria duas décadas na oposição ©Lusa
Falta de entendimento e situação económica forçaram queda das alianças governativas antes do tempo. Lições da história assombram futuro de Passos Coelho e Paulo Portas.
Antes do actual Executivo, as quatro alianças partidárias criadas desde 1976 em Portugal deram origem a sete governos de coligação. Nenhum deles cumpriu o mandato de quatro anos na íntegra. A maioria PSD-CDS, liderada por Passos Coelho, tem pela frente o desafio de ser a primeira excepção a confirmar a média do fim das coligações aos três anos de ‘casamento’.
Dos partidos do arco do poder, o PSD é o mais experiente em governar em conjunto. Em 36 anos de democracia, por nove vezes formou Governo, com o PS ou com o CDS. Apenas nos três mandatos (10 anos) de Cavaco Silva governou sozinho. O PS, pelo contrário, tende a governar sozinho. O partido que venceu as primeiras legislativas da nova era constitucional foi sete vezes convidado a formar governo: só em dois momentos fez coligação com outro partido.
Primeiro, em 1978, Mário Soares convoca o CDS de Freitas do Amaral para um acordo que não durou mais de oito meses; da segunda vez, em 1983, convida o PSD de Mota Pinto a criar um Bloco Central para enfrentar o FMI_e o povo na rua a protestar contra a austeridade. As tentativas de entendimento de Soares e Mota Pinto não chegaram para evitar a queda do Governo em 85. Foi «a coligação mais necessária» da história das coligações, admite Ângelo Correia, ex-ministro e ex-dirigente do PSD.
António Costa Pinto, politólogo, recorda que «a coligação à esquerda foi grande impossibilidade da democracia portuguesa», para explicar o diferencial entre o PS e o PSD. «À direita as coligações foram-se sucedendo porque o sistema eleitoral não favorece maiorias absolutas».
O PSD chamou o CDS para o poder três vezes. Em 1980, Francisco Sá Carneiro toma posse num Governo de maioria de direita com Freitas do Amaral no segundo lugar da hierarquia. A coligação corria bem até à morte de Sá Carneiro. O então ministro adjunto, Francisco Pinto Balsemão, foi o nome encontrado para chefiar os dois Governos que tentaram segurar a AD: acabou por pedir a demissão em todos eles com base nos desentendimentos entre os dois partidos e nos pedidos de remodelações que não se concretizaram.
Ângelo Correia, que foi ministro da Administração Interna no segundo Governo de Balsemão e tem criticado o actual Governo, reconhece que a primeira AD foi «a mais coerente mesmo considerando aquelas que são as potencialidades e vulnerabilidades das coligações».
O_CDS ficaria 20 anos fora do poder. Até que, com Paulo Portas na liderança, os centristas aproveitaram a falta de maioria absoluta de Durão Barroso. A aliança de direita sobreviveu três anos, um dos quais com Pedro Santana Lopes à frente do Governo depois da saída de Barroso para a presidência da Comissão Europeia.
Ainda à direita, Portas e Marcelo Rebelo de Sousa ensaiaram uma coligação em 1998 com vista às eleições do ano seguinte: as europeias, em Abril, e as legislativas, em Outubro. O acordo não chegou a avançar e António Guterres foi reeleito.
ricardo.rego@externo.sol.pt

Guerra na Europa é "inevitável"

Vasco Lourenço

O "capitão de Abril" Vasco Lourenço considera que uma guerra na Europa é inevitável, se esta se continuar a "esfrangalhar", e defende a rápida saída de Portugal do Euro, preferencialmente em conjunto com outros países na mesma situação.
"A Europa vai esfrangalhar-se, vem aí a guerra inevitavelmente", disse, referindo--se à "destruição do estado social" e à "falta de solidariedade que está a haver na Europa".
O presidente da Associação 25 de abril, em entrevista à agência Lusa, recordou que a Europa tem atravessado o maior período de paz da sua história, desde a Segunda Guerra Mundial, o que só foi possível graças à conquista pelos cidadãos do direito ao Estado social, à proteção, à saúde, à educação e à segurança social.
Recorrendo à fábula da rã que é cozida sem dar por isso, porque está dentro de uma água que vai aquecendo aos poucos, Vasco Lourenço não tem dúvidas de que é preferível a rutura do que "deixarmo-nos cair no abismo para onde este Governo e a Europa nos estão a atirar".
Como alternativa aponta a saída atempada e programada da União Europeia e do euro, manifestando esperança de que haja condições para Portugal ser capaz de se ligar a outros países nas mesmas circunstâncias e tentarem encontrar soluções coletivas.
"Se possível seria ideal sairmos com outros países, porque as dificuldades serão muito maiores se sairmos isolados. Agora se houver um conjunto de países que estão em dificuldades que se unam e concertem a sua saída do euro, é capaz de ser muito melhor e dá-nos a possibilidade de darmos a volta por cima".
DN

Índia: tempestade obriga à retirada de cem mil pessoas

Inundações na Índia (Reuters)

Uma tempestade tropical está a afetar o sul da Índia, com fortes chuvas e ventos, que obrigaram à retirada de mais de 100 mil pessoas.

A tempestade, que atingiu o território indiano na quarta-feira, provocou o encalhe de um petroleiro com 37 tripulantes, em Chennai, no Estado de Tamil Nadu, dos quais um morreu afogado depois de o bote salva-vidas onde se encontrava ter virado, estando outros seis desaparecidos, segundo a agência noticiosa Press Trust of India.

A mesma agência deu também conta da morte por afogamento de um homem de 46 anos ao escorregar num cais para o mar e de outras duas mortes no Sri Lanka.