Libellés

24.11.11

Como se alimentam as células cancerígenas sem oxigénio



Uma equipa de investigadores internacionais, que integra o português Paulo Gameiro, descobriu como se alimentam as células cancerígenas quando escasseia o oxigénio, abrindo assim novas perspectivas ao tratamento do cancro.
"Esta descoberta revela-se importante para desenvolver terapias contra células cancerígenas que experienciem falta de oxigénio (tal como no interior do tumor) e que ainda assim crescem descontroladamente", explicou o investigador à agência Lusa.
A divulgação da descoberta foi feita na quarta-feira num artigo publicado na revista científica Nature, em resultado de dois anos e meio de investigação com culturas de células, que terá como próximo passo o aprofundamento das pesquisas in vivo, nos próprios tumores.
As células em ambiente de baixo teor de oxigénio (hipóxia) utilizam um aminoácido, a glutamina, como nutriente para poder produzir gordura, fenómeno indispensável para o crescimento celular.
Na investigação, segundo Paulo Gameiro, foi observado que aquele aminoácido, em condições de baixo teor de oxigénio, era consumido através de uma via metabólica, passando a ser o nutriente principal para as células cancerígenas, substituindo a comum glucose (açúcar).
"Um dilema na biologia do cancro, e que motivou este estudo, era o de saber que mecanismos são escolhidos pelas células cancerígenas que lhes permitem responder à falta de nutrientes e continuar a proliferar, mesmo em condições de falta de oxigénio", observou.

Video - insolito - Jornalista russa faz gesto obsceno ao falar de Obama


Imagem do vídeo

Tal como Ronaldo fez aos adeptos da Bósnia antes do play-off de qualificação para o Euro 2012, uma jornalista russa levantou o dedo em directo na televisão... ao referir-se ao presidente dos Estados Unidos.
No mundo do futebol, o gesto de Cristiano Ronaldo não foi inédito, mas na comunicação social não é propriamente normal ver-se uma atitude como esta.
Tatiana Limanova fez o gesto obsceno quando se referiu a Barack Obama e prosseguiu o noticiário da Ren TV como se nada tivesse acontecido.
A estação de televisão não quis comentar o incidente - que já é um dos mais vistos do YouTube - mas fontes da Ren TV asseguram que a jornalista julgava que a sua imagem não estava no ar quando decidiu fazer o gesto e que este se dirigia aos técnicos presentes no estúdio e não ao presidente norte-americano.
A pivô estava a noticiar que o presidente russo, Dmitry Medvedev, sucedia a Barack Obama na presidência da Cooperação Económica Ásia-Pacífico.

PORTUGAL é LIXO: Fitch atira rating para 'lixo' e ameaça cortar mais

Fitch atira rating para 'lixo' e ameaça cortar mais
Num comunicado onde anuncia o corte do 'rating' da dívida portuguesa em um nível, de BBB- para BB+ na dívida de longo prazo e de F3 para B na dívida de curto prazo (ambas para níveis já considerados 'lixo' ou fora da escala de investimento) a agência alerta para o perigo de novos cortes e de dificuldades de liquidez de Portugal no final do programa, caso os mercados continuem fechados.
"Um desempenho económico e/ou orçamental pior que o previsto pode levar a mais um 'downgrade'. Apesar de Portugal estar financiado até ao final de 2012, o risco para a liquidez do Estado pode aumentar materialmente mais para o final do programa caso as condições adversas de mercado persistam", diz a agência de notação financeira.
Na decisão de cortar o 'rating' a Portugal, a agência retira os 'ratings' da República de revisão para possível novo corte, mas deixa a ameaça pendente caso os desenvolvimentos económicos e orçamentais piorem.
Nas justificações ao corte de hoje a Fitch sublinha que a deterioração das perspectivas de crescimento económico na Europa influenciaram muito a decisão, que levou a agência também a piorar a sua projeção para a economia portuguesa em 2012, esperando agora uma recessão na ordem dos 3 por cento.
"Nos próximos dois anos, a recessão irá tornar o plano do Governo para reduzir o défice muito mais complicado e irá ter um impacto negativo na qualidade dos ativos dos bancos", justifica ainda.).

Até quando vamos aceitar o insulto! Não sou perito em economia mas tenho outra capacidade: a Revolta, que é comum a todos os Portugueses! Quem me quer ajudar a mandar o neo-liberalismo pr'o cara..o?!!!

(A Fitch alerta para a possibilidade de cortar ainda mais o 'rating' de Portugal, após o corte de hoje para um nível já considerado 'lixo', caso a economia portuguesa ou o desempenho orçamental seja pior que o esperado.

GREVE GERAL: O Povo português diz "BASTA!"

Manifestantes em Setúbal, uma das 30 manifestações da CGTP no país
Os papéis eram lançados do corredor que liga o elevador de Santa Justa ao Convento do Carmo, onde se lê: "Orçamento de agressão tem a nossa rejeição".
A manifestação, que começou no Rossio, é marcada pela habitual presença de bandeiras vermelhas da CGTP e palavras de ordem como "A luta continua nas empresas e na rua" e "Desemprego em Portugal, a vergonha nacional".
A marcha em dia de greve geral tem como destino a Assembleia da República, onde está prevista a intervenção do secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva.
Esta é apenas uma das mais de 30 manifestações que esta central sindical promove pelo país.
A estes manifestantes deverá juntar-se o movimentos dos "Indignados" que esta tarde desceu a Avenida da Liberdade em direcção ao Rossio.

A manifestação promovida pela CGTP estava esta tarde a subir a rua do Carmo, em Lisboa, que se encontrava já cheia de manifestantes, enquanto 'choviam' papéis coloridos a apelar a uma concentração no dia 30 de Novembro na Assembleia da República.

Diz (e bem) "O Pais do Burro" - SIM, FAREI GREVE!!!

Sim, farei greve


Durão Barroso, o tal português que os patrioteiros se orgulham de ver na presidência da Comissão Europeia, diz que quer vigilância apertada sobre o conjunto de países, entre os quais o seu, para além do período de reconfiguração social que os respectivos Governos acordaram implementar a troco de um empréstimo que alimenta os anteriormente contraídos a juros que crescem ao ritmo das suas recessões assim induzidas.

Azar. Durão Barroso escolheu mal o dia para repetir a fábula dos bons e dos maus alunos nas vestes do disciplinador que nem nos dias que correm serviriam ao fantoche tecnologicamente mais sofisticado. É que a Alemanha foi hoje ao mercado financiar-se e apenas conseguiu vender 3,664 dos 6 mil milhões de euros de obrigações a dez anos que pretendia no leilão desta manhã. Os mercados, tantas vezes usados como álibi para a implementação de uma agenda política de regressão social e concentração de riqueza, desta vez quiseram dizer à senhora Merkel que, com dívidas ao preço a que pôs a pagar países como o nosso (12 por cento), a Grécia (27 por cento) e com o promissor negócio proporcionado pelo galope dos juros italianos e espanhóis (7 por cento), os especuladores têm opções muito mais rentáveis do que os 1,98 por cento que a Alemanha pagou pela emissão de hoje. A França e a Bélgica também já vão a caminho do fosso. O euro já não escapa. É uma questão de tempo.

E isto a propósito da greve de amanhã. É óbvio que vou fazer greve. Estou farto de discursos moralistas que nos apontam o caminho da pobreza como meio de purificação dos pecados que não cometemos, ao mesmo tempo que abrem o caminho da fortuna a delinquentes que, sim, tem responsabilidade na origem e nos desenvolvimentos da crise que vivemos. Sem o correspondente aos juros que Portugal paga pela sua dívida, o saldo orçamental seria positivo, cerca de +0,7 por cento do PIB. Com os juros é negativo em 7, 8, 9 ou o que eles quiserem por cento. E a dupla Passos Coelho e Paulo Portas não sabe fazer mais do que sacrificar o seu povo aos interesses que têm como porta-vozes Angela Merkel e Nicolas Sarkozy.

Vivemos acima das nossas possibilidades? Certamente que sim. Os impostos que pagamos dariam para termos serviços públicos e protecção social de luxo. Na sua vez, porque a Europa manda e eles obedecem sem um ai, temos juros da dívida de luxo. Com os lucros dos monopólios naturais teríamos serviços públicos e protecção social de luxo. Da mesma forma, na sua vez, porque eles querem, temos uma burguesia de luxo com direitos naturais de enriquecimento alargados quer por uma legislação laboral que nivela os rendimentos do trabalho pelo mínimo, quer pela completa isenção dos impostos que nos fazem pagar na sua vez, uma burguesia que, para cúmulo, ainda goza de inteira liberdade para fazer toda a espécie de falcatruas com ou sem paraísos fiscais.

Sim, faço greve. Este caminho que levamos vai ter que ser percorrido em sentido contrário e, quanto mais depressa for parado, menor e menos penoso será o regresso. Teria vergonha se ficasse de braços cruzados a ver o meu país a afundar-se. Sentir-me-ia um palerma se ficasse quietinho, a convencer-me que o caminho da Grécia não será também o nosso, à espera de ser ainda mais e mais apertado. Teria vergonha de não retribuir apoiando uma iniciativa organizada por quem, bem ou mal, não é hora de discuti-lo, tem como trabalho diário dar a cara por mim. Teria vergonha de fazer greve com o dinheiro dos outros. Teria vergonha de valorizar mais o salário de um dia de trabalho do que o direito perdido a um futuro. Sim, reclamo ter de novo o direito a um futuro. Tenho que fazer greve. Sim, farei greve. Que seja um enorme sucesso, para o bem de todos nós.

A segunda morte de Aristides de Sousa Mendes

casa do passal
"Conheci" indirectamente Aristides Sousa Mendes porque fui funcionario no consulado de Portugal em Bayonne (que dependia na altura do consulado-geral em Bordéus); era então vice-cônsul o Sr. Manoel Vieira Braga que viria a ser o meu superior.
Quando do encerramento desse consulado, em 2004,  "descobri" tesouros: livros de inscrições consulares, arquivos historicos, vistos concedidos... e um, em especial, atraiu a minha atenção; era um visto concedido - à revelia de Salazar - pelo Cônsul Aristides Sousa Mendes a "M. De Hautecloque",  que viria a ser conhecido pelo "Marechal Leclerc", heroi da libertação de Paris na segunda guerra mundial.
05-01-2012 - JMIRA  

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A foto: residência do diplomata Aristides de Sousa Mendes e serviu de abrigo a milhares de pessoas perseguidas pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial. O palacete romântico, construído na segunda metade do século xix, está em risco de ruir devido a uma guerra pela presidência na fundação com o nome do diplomata.
Actualmente, a Casa do Passal pertence à Fundação Aristides Sousa Mendes, está classificada como monumento nacional, desde 3 de Março de 2011, mas está ao abandono e ameaça ruir por completo caso não sofra obras a curto prazo. São necessárias uma cobertura provisória e várias medidas de estabilização estrutural para que o monumento em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, permaneça de pé. Os dois projectos já existem, desde 2010, por iniciativa do engenheiro Vítor Cóias, presidente do Grémio das Empresas de Conservação e Restauro do Património Arquitectónico (GECoRPA), e foram entregues à Câmara de Carregal do Sal, estando mesmo aprovados pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR). Falta avançarem no terreno: “Em 2000, por iniciativa de Jaime Gama, então ministro dos Negócios Estrangeiros, constituiu-se a Fundação Aristides de Sousa Mendes. A Casa do Passal passou a pertencer à freguesia, mas, “durante dez anos, o primeiro conselho de administração da fundação, de que fazia parte a Câmara Municipal, não fez nada pelo edifício, o que o conduziu ao actual estado de degradação, perfeitamente deplorável”, conta ao i Sousa Mendes, neto do cônsul de Bordéus.
Em 2005, com a morte do tio de Sousa Mendes, primeiro presidente do conselho geral, deveria ter sido iniciado um processo de eleição pela família. Só em 2008 a “família desencadeou o processo, de que resultou a minha eleição por unanimidade”, esclarece o engenheiro. O problema surgiu quando os membros do anterior conselho não reconheceram este processo e, cerca de dois anos mais tarde, em Outubro de 2010, Sousa Mendes viu-se forçado a iniciar as suas funções e a destituir o presidente da fundação: “Este ano, a teimosia dos anteriores membros subsistiu. Não permitiram o nosso acesso às instalações, à contabilidade e restantes elementos de gestão, o que tem dificultado a nossa acção. Os pedidos de colaboração que enviámos à câmara não têm tido resposta”, lamenta.
Ao i, Atílio Santos Nunes, presidente da Câmara de Carregal do Sal, sublinha que não reconhece Sousa Mendes como presidente da fundação: “Ele apenas quer o dinheiro da câmara”, acusa. Quando questionado sobre o porquê de não dar uma resposta ao neto do cônsul, Atílio Santos Nunes responde peremptoriamente: “Porque não merece resposta.”
No dia 3 de Março deste ano, o Conselho de Ministros aprovou um decreto onde criava oito monumentos nacionais, incluindo a Casa do Passal, numa altura em que o edifício já necessitava de obras. Sousa Mendes e Maria do Carmo Vieira, também da fundação, criaram uma petição em defesa da restruturação do edifício, que conta já com a assinatura de nomes como D. Januário Torgal Ferreira, Pedro Mexia, Rui Zink, Carlos Fragateiro, Santana Castilho, Teolinda Gersão, Pedro Tamen ou António Barreto. “Aristides de Sousa Mendes é um exemplo que me ilumina”, afirma Inês Pedrosa, escritora e uma das subscritoras do documento para defesa da Casa do Passal.

Diz (e muito bem) o Daniel Oliveira: greve geral: aprender com coragem

Notícias recentes dão-nos conta que 700 trabalhadores chineses de uma fábrica de calçado desportivo, em Yucheng, que fornece a Nike e a Adidas, entraram em greve. Resistem a despedimentos e à redução dos seus já miseráveis salários. Foram, como é evidente, ferozmente reprimidos. Como se sabe, o impressionante crescimento económico da China não tem sido acompanhado por aumentos salariais proporcionais. A sua miséria serve para acumular riqueza em meia dúzia de mãos.
Estes trabalhadores suspeitam que se prepara uma deslocalização. Mesmo sendo trabalhadores muito baratos há ainda mais barato que eles num outro lugar do planeta. E esta "contenção salarial", como agora se chama à escravatura, é garantida por um regime totalitário que os mantém ordeiros e obedientes. Não faltará quem lhes diga que o risco que correm com esta greve, para além da prisão, é a da empresa ir mesmo embora. Que o melhor que teriam a fazer era comer e calar. Porque a vida é mesmo assim.
Esta greve, e tantas outras que, apesar da repressão, se vão multiplicando na China, é uma esperança para todos nós. A luta social do chineses é o que mais facilmente pode travar a competição entre países para degradar a vida dos trabalhadores. E esta competição vem sempre com uma chantagem: ou aceitam, ou vão para o desemprego. E não falta quem tente mascarar isto de justiça global. Empobrecemos para os chineses viverem melhor. Chega então o memento em que os chineses ouvem o mesmo argumento: empobrecerão para outros quaisquer viverem melhor. Até, globalmente, vivermos todos pior. Menos os que lucram com esta concorrência pela miséria.
Os chineses que fazem greve são também uma lição. O risco que correm, ao fazer uma greve, é incomensuravelmente maior do que aquele que corremos. Por enquanto, ainda temos o direito à greve. Podemos perder o emprego? Sim, muitos dos que estão na situação laboral que este governo sonha para todos nós - sem segurança nem contratos -, podem. Podemos perder uma promoção? Sim, podemos. É o preço que se paga pela coerência e coragem.
Cada um decidirá se vale a pena. Se a defesa da escola pública para os seus filhos, dos hospitais para si e para os seus pais vale o risco. Se a resistência ao assalto aos seus salários, às indeminizações por despedimento, aos subsídios de natal e de férias, às reformas para as quais descontaram e aos seus impostos vale o risco. Se o nosso futuro como comunidade e se a defesa do Estado Social que nos garantiu, apesar da nossa pobreza, uma vida um pouco mais digna (é comparar os números de há quarenta anos e de hoje) merece esta luta. Sendo certa uma coisa: se a greve de amanhã não se justifica, nenhuma outra se justificará.
O argumento contra a greve é sempre o mesmo. É sempre a mesma chantagem. Que ela só piorará a nossa economia. Que precisamos "é de trabalho". Aqueles que vivem à custa do nosso esforço, do nosso trabalho e dos nossos impostos contam com isso. Contam os que esperam reduções salariais - que, como se vê pela China, nunca nos permitirão competir com ninguém, porque lá no fundo do poço há sempre quem receba menos para produzir mais - para aumentar ainda mais a desigualdade no mais desigual dos países europeus. Contam os banqueiros, que fazem exigências ao governo para determinar as condições para receberem o dinheiro que os contribuintes pagarão com juros. Conta o governo, que entre a troika e os banqueiros, tem de escolher a quem cede, sem nunca passar pela cabeça ceder a quem trabalha. Porque se quem trabalha não mostra o poder que tem não tem poder nenhum. Não conta na equação de governos avençados a interesses. Governos que só se lembram de onde vem a sua legitimidade em campanhas eleitorais. Campanhas onde nos prometem o que não tencionam cumprir.
Na vida, nada se consegue sem luta. Tudo o que temos - do Serviço Nacional de Saúde à Escola Pública, do salário mínimo às férias e fins-de-semana - custou demasiado a muitos para desistirmos sem resistir. Foram criados porque os que vivem apenas do seu trabalho foram suficientemente corajosos para mostrar que sem eles não há paz social, não há produção, não há riqueza, não há lucro. Que eram e continuam a ser eles que criam a riqueza. De tempos em tempos isso tem de ser recordado.
Vivemos um momento histórico. Tudo está em causa. Os nossos direitos são tratados, por uma elite que vive numa redoma social, como privilégios. A nossa dignidade é tratada como um luxo. Não falta quem nos explique que é de cabeça baixa e em silêncio que sairemos desta crise. Cada um por si. Cada país por si, cada trabalhador por si, cada cidadão por si. Paralisados pelo medo que nos vendem em horário nobre. Nunca foi assim que nenhuma sociedade evolui.
A greve de amanhã não nos tirará da crise. Nem arruinará o País. Mas, se ela correr mal, é um sinal que damos. Um sinal de desistência e resignação. Na sexta-feira, se isso acontecesse, estaríamos todos mais desesperados, sozinhos e derrotados. Prontos para perder tudo o que conquistámos com muito mais esforço do que aquele que nos é pedido para esta greve. Às vezes, não trabalhar é a única forma de mostrar a quem tem poder que é do nosso trabalho que o seu poder depende. Espero, por isso, que corramos um décimo dos riscos que os trabalhadores de Yucheng correram. Pela mesma dignidade a que eles julgam ter direito. Quem falta nos momentos históricos não se pode queixar da história. Porque ela é feita por nós.