Libellés

23.11.12

Diz Henrique Monteiro: Cavaco, o silêncio, o ouro e o chumbo

Cavaco não tem jeito para dizer piadas. Não tem mal, nasceu assim. Esta é uma asserção semelhante a dizer que Herman José não tem jeito para ser Presidente da República. Cada um é para o que nasce. Mas, se não tem jeito, para que as diz?
Cavaco falou numa cerimónia de prémios de jornalismo para explicar que está em silêncio e lembrou que o silêncio é de ouro e que o ouro está a 1730 dólares por onça. Uma pessoa que saiba o valor das palavras e tenha apurado sentido de humor, não utiliza o vocábulo onça, porque o trocadilho com amigo da onça torna-se muito simples. E também não usa a expressão "estar calado" porque existe aquele provérbio que diz "o calado é o pior".
Tudo isto para se chegar à conclusão óbvia: ninguém quebra o silêncio apenas para explicar por que se mantém em silêncio. Se todos entendessem o silêncio presidencial como resultado de uma profunda reflexão (como pretendeu o Chefe do Estado no seu discurso), nenhuma explicação lhe seria exigida. O problema é que o silêncio de Cavaco, justa ou injustamente, tem sido tomado por dois motivos, ambos maus para ele: há quem pense que é desnorte e há quem pense que é cumplicidade.
Seja qual for o motivo, só lhe vale a pena usar da palavra para desmentir um, ou ambos, os motivos.
Twitter: @HenriquMonteiro https://twitter.com/HenriquMonteiro
Facebook:Henrique Monteiro http://www.facebook.com/hmonteir

Dossier - Radioatividade - O bem ou o mal?

Atualmente, essas palavras radiação e radioatividade já deixam todo mundo de cabelo em pé, causam temor, parecem entidades do mal. O que acontece, na verdade, é que existe uma grande ignorância das pessoas sobre o assunto e um sensacionalismo da mídia, agravado pelos filmes de ficção em que estes fenômenos são responsáveis pelos mais estranhos monstros mutantes. Mas tanto a radiação quanto a radioatividade são fenômenos naturais e convivemos com eles desde o surgimento do homem na Terra.

Radiação

Em um sentido amplo, radiação é tudo que é irradiado (enviado em forma de raios) por algum lugar. Assim, a luz que vem do Sol é uma forma de radiação, da mesma forma que a luz de uma lâmpada e as ondas de rádio.
A radiação pode ser de dois tipos: particulada (por partículas) ou ondulatória (por ondas). A luz do Sol, voltando ao nosso exemplo, é uma radiação por ondas já que a luz é uma onda eletromagnética. Quando você vai à praia, está sendo irradiado pelo Sol, está se submetendo à radiação solar.

Radioatividade

Radioatividade é a emissão espontânea de radiação pelos núcleos dos átomos de determinados elementos. Perceba que falamos em radiação espontânea, ou seja, independe de estar ligado ou desligado. Um aparelho de raios-X emite radiação quando ligado, mas se o desligarmos a emissão cessa. O aparelho de raio-X não é, portanto, radioativo, embora emita radiação.

Por que um núcleo é radioativo?

Quando um núcleo de um átomo tem excesso de partículas ou carga ou muita energia, ele pode se tornar instável. Se isso acontece ele procurará atingir a estabilidade emitindo algum tipo de radiação.
A radiação pode ser em forma de partículas ( ou )ou por ondas eletromagnéticas ().

O decaimento alfa ()

A emissão de uma partícula alfa pelo núcleo do átomo é chamada de decaimento alfa. Uma partícula alfa contém dois prótons e dois nêutrons e, dessa forma, após um decaimento alfa, o núcleo tem seu número de prótons diminuído em duas unidades e sua massa atômica diminuída em quatro unidades. Como o que caracteriza um elemento é o número de prótons de seu núcleo (número atômico), ao emitir uma partícula alfa o elemento se transforma em outro, já que esse número foi alterado.

O decaimento beta

Assim como o decaimento alfa, o decaimento beta também emite uma partícula. A partícula beta é resultado da transmutação de um nêutron em próton. Como conseqüência, o número de prótons aumenta em uma unidade e a massa atômica permanece a mesma. Como houve alteração no número de prótons (número atômico), o elemento também se transforma em outro após um decaimento beta.

O decaimento gama ()

Ao contrário de alfa e beta, o decaimento gama não emite partículas, e sim ondas eletromagnéticas, chamadas de raios-gama. Como não há emissão de partículas, nem o número atômico nem a massa atômica sofre mudança, e não há transformação de um elemento em outro.

Radiação faz mal?

Somos "projetados" para suportar determinados níveis de radiação. Obviamente se ficarmos expostos a quantidades maiores podemos ter uma série de problemas, que vão desde simples queimaduras até câncer.
Radição traz algum benefício? Sim. A radiação tem propriedades que nos podem ser muito úteis:
  • Radiação pode ser absorvida ou atravessar a matéria;
  • Pela absorção da energia (em forma de calor), células e pequenos organismos podem ser destruídos;
  • A propriedade de penetração das radiações permite identificar a presença de um radioisótopo em determinado local;
Podemos utilizar a radiação em processos industriais, procedimentos médicos, fármacos e na geração de energia. Basta fazê-lo com responsabilidade, fato que não se restringe apenas à radiação.
Com um pouco de informação você percebe que a radiação não é a vilã que se diz por aí. Ela pode ser bastante útil e nos trazer grandes vantagens. Leia mais, pesquise um pouco antes de condenar seu uso indistintamente.

Das espinhas do "Fiel Amigo", cientistas portugueses querem fazer próteses



É preciso juntar mais uma maneira de cozinhar o bacalhau às 1001 que dizem existir. Neste caso, falamos especificamente das espinhas do peixe muito apreciado e popular em Portugal. E falamos de um tipo de “cozinha” especial. Um grupo de investigadores da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto submeteu as espinhas do bacalhau a temperaturas que vão desde os 600 aos 1250 graus Celsius e conseguiu um “pó branco” — um precioso pó, que é um composto por hidroxiapatite (um fosfato de cálcio que é o principal componente dos ossos humanos e de animais) e que pode servir para produzir próteses ósseas e dentárias, entre outras possíveis aplicações.
Este é o resultado de uma parceria entre as empresas Pascoal & Filhos e WeDoTech e a investigação. “Conseguimos obter a hidroxiapatite com espinhas de bacalhau. Temos agora uma fonte natural para obter este composto, quando a habitualmente usada é de síntese química, feita essencialmente com fósforo e cálcio”, começa por explicar Paula Castro, uma das responsáveis pelo projecto de investigação. A engenheira alimentar nota ainda que outra componente inovadora do processo de produção desenvolvido “é a possibilidade de fazer um pré-tratamento das espinhas em solução, antes da calcinação a alta temperatura e assim produzir materiais à base de hidroxiapatite que são ligeiramente modificados e têm aplicações diferentes”.
Se levarmos esta descrição para a imagem da cozinha, estaremos a falar em adicionar um ingrediente diferente antes de colocar as espinhas “no forno” e assim conseguir “servir” outro produto. Ou seja, há várias receitas possíveis com resultados diferentes.
Exemplos? “Podemos introduzir o fluoreto na composição da hidroxiapatite e então teremos um material que é mais apropriado para aplicação na prótese dentária, porque tem o flúor e uma solubilidade menor.” Outro exemplo: se o ingrediente adicionado na receita foi o cloreto, conseguimos um composto adequado para uso na área electrónica. E se juntarmos titânio teremos uma aplicação mais voltada para o ambiente. Se juntarmos magnésio ou sódio, conseguimos algo capaz de favorecer o crescimento ósseo.
Podemos estar (outra vez) perante 1001 variações possíveis. A hidroxiapatite é o principal elemento dos ossos humanos e, combinada com outros materiais, resulta em diferentes aplicações. Nos materiais usados em próteses dentárias ou ósseas, a exigência em termos de pureza é mais elevada.
Paula Castro sublinha ainda que estes materiais têm uma biocompatibilidade comparável à dos produtos existentes no mercado e que são, na maioria, de síntese química. Por outro lado, nota que era já possível encontrar produtos comerciais de hidroxiapatite a partir de fontes naturais, nomeadamente bovina e algas. Porém, não é conhecido nenhum resultado ou projecto relacionado com a aplicação de peixe como biomaterial, sublinha Paula Castro.
“Na indústria do bacalhau, geram-se quantidades muito elevadas de subprodutos e, no processamento deste peixe, os subprodutos podem atingir valores na ordem dos 40%. Estamos a falar de milhares de toneladas de espinhas anualmente e que agora podem ser utilizadas para a extracção e produção de compostos de elevado valor”.
O valor ambiental
Desta forma, destaca a investigadora, aproveitamos uma matéria-prima abundante em Portugal (que é habitualmente usada para fazer rações e farinha de peixe) e a reaproveitar o fósforo que existe nessas espinhas. A investigadora valoriza ainda a vertente e o valor ambiental do projecto. “Da maneira como a sociedade tem usado de forma crescente o fósforo, está também a colocar em causa a sua disponibilidade no futuro. Portanto, há também a vantagem de reutilizar fósforo a partir de uma fonte natural”, refere Paula Castro.
Mas o valor ambiental não existe só pelo facto de se conseguir uma nova forma de ir buscar um recurso como o fósforo que é muito explorado, mas também porque, além da aplicação na saúde, a hidroxiapatite pode ser utilizada no tratamento de águas residuais, especificamente na remoção de metais pesados como chumbo ou na degradação de poluentes orgânicos, como corantes.
O processo de produção conseguido no laboratório já está patenteado. Falta agora demonstrar que é possível levar esta “receita” e esta “oportunidade de inovação” para a grande escala de produção industrial. As espinhas do bacalhau são apenas uma parte concluída de um projecto mais vasto, que quer explorar este outro lado do peixe, desde a pele à água da salga, e que é hoje apresentado no seminário ICOD, no Porto.
PUBLICO

Imagens do Mundo - France

Um policía francês lança uma lata de gás lacrimogéneo durante uma manifestação no local onde vai surgir o novo aeroporto em Notre-Dame-des-Landes

U2 - "Sunday, bloody sunday" - Video - Music - Live

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"Sunday, bloody sunday"

Imagens do Mundo - Egito


Uma série de manifestações eclodiram no Egito após o presidente Mohamed Mursi divulgar um decreto ampliando seus poderes. A oposição pediu que seus partidários fossem às ruas e sedes da Irmandade Muçulmana foram atacadas. Na Alexandria, um escritório do partido foi atacado
Foto: Amira Mortada / AP
Uma série de manifestações eclodiram no Egito após o presidente Mohamed Mursi divulgar um decreto ampliando seus poderes. A oposição pediu que seus partidários fossem às ruas e sedes da Irmandade Muçulmana foram atacadas. Na Alexandria, um escritório do partido foi atacadoAmira Mortada / AP

Imagens do Mundo - os "Olhos d'Agua" da Hungria

A imagem do dia 23-11-2012

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A Nebulosa do Cachimbo
Créditos e direitos autorais : Yuri Beletsky (Las Campanas Observatory, Carnegie Institution for Science)
Explicação: A leste de Antares, marcas escuras se esparramam por campos abarrotados de estrelas na direção do centro da nossa Galáxia Via Láctea. Catalogadas no início do século XX pelo astrônomo E. E. Barnard, as nuvens obscurescentes de poeira interestelar incluem B59, B72, B77 e B78, vistas em silhueta contra o fundo estrelado. Aqui, suas formas combinadas sugerem a haste e a fornilha de um cachimbo, pelo que o nome popular da nebulosa escura é Nebulosa do Cachimbo. A vista profunda e vasta representa um registro de quase 24 horas de tempo de exposição feito nos céus muito escuros do deserto chileno do Atacama. A imagem cobre um campo inteiro de 10 x 10 graus na pronunciável constelação Ofiúco. A Nebulosa do Cachimbo faz parte do complexo de nuvens escuras do Ofiúco, localizado a uma distância de cerca de 450 anos-luz. Densos núcleos de gás e poeira na Nebulosa do Cachimbo estão colapsando para formar estrelas.