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15.9.12

Manifestantes sentados no chão cortam Avenida dos Aliados

Manifestação «15 de setembro» (Foto Reuters)

Ouve o Povo, seu Pelintra!

A Avenida dos Aliados, no Porto, esteve esta noite cortada em ambos os sentidos por centenas de manifestantes sentados no chão, num protesto pacífico que contou com a compreensão policial, constatou a Lusa no local.

Pouco tempo depois do corte, a polícia aproximou-se dos manifestantes com um carro, mas as pessoas gritaram «esta luta também é vossa» e o carro afastou-se sem que se tivesse registado qualquer incidente.

Apesar da forma pacífica do protesto, a Lusa presenciou no local um reforço policial, embora distante dos manifestantes.

O corte da avenida aconteceu momentos depois de alguma desmobilização popular no fim da manifestação contra a troika e o Governo.
Alguns populares mantiveram-se no local e, inicialmente, cortaram apenas o acesso a um dos sentidos da circulação automóvel na Avenida dos Aliados.

Seguiu-se, depois, o corte no outro sentido da avenida por centenas de manifestantes sentados no chão
.

As pessoas sentaram-se a meio da avenida, dos dois lados, tornando impossível a circulação automóvel.

Cerca de 50 mil pessoas, segundo a organização, terão participado na manifestação.

Sitios lindos de Portugal - Mondim de Basto


Mondim de Basto é um município português pertencente ao Distrito de Vila Real, região Norte e sub-região do Ave, com cerca de 9000 habitantes.

É um município com 171,87 km² de área, subdividido em 8 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Ribeira de Pena, a sueste por Vila Real, a sudoeste por Amarante, a oeste por Celorico de Basto e a noroeste por Cabeceiras de Basto.

Vila e sede de concelho, Mondim de Basto repousa numa chã fértil na margem esquerda do rio Tâmega e no sopé da grandiosa pirâmide verde do Monte Farinha, coroado pela ermida da Senhora da Graça.

Mais de 100 mil pessoas confirmaram presença nas manifestações


Mais de 100 mil pessoas confirmaram presença nas manifestaçõesUm grito de revolta da sociedade civil. É desta forma que Nuno Ramos de Almeida, um dos 29 subscritores originais do apelo "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!", vê as manifestações marcadas para este sábado em dezenas de cidades portuguesas e estrangeiras. Mais de 103 mil pessoas já tinham confirmado presença. Veja o mapa dos protestos.
Rejeitando protagonismos, o jornalista considera que "o texto original publicado no Facebook sintetiza as preocupações de um conjunto de pessoas de vários quadrantes que entendem ser chegada a altura de rejeitar o memorando da troika. Já basta de austeridade".
O que fazer a seguir com tamanha indignação coletiva é a questão que se colocará nos próximos tempos. Apesar de vários dos outros subscritores do movimento defenderem que as manifestações podem ser o início de uma revolta popular pacífica, Nuno Ramos de Almeida rejeita qualquer "tentativa de instrumentalização". "Os protestos não são um ensaio para um movimento mais amplo. Nem sequer representamos essas 100 mil pessoas. Quando muito, somos apenas os facilitadores, transmitindo a sua revolta", aponta.
E se, entre os manifestantes, figurarem políticos? A possibilidade é encarada sem problemas por Nuno Ramos de Almeida, para quem "a manifestação é de toda a gente e, ao mesmo tempo, não é de ninguém", excetuando aqueles que possam participar apenas com o objetivo de provocar desacatos.
Apesar de o apelo remontar aos últimos dias de Agosto, foi só na última semana que o movimento atingiu proporções gigantescas.
Ramos de Almeida encontra com facilidade o motivo da viragem: a declaração em que Pedro Passos Coelho anunciou aos portugueses, na sexta-feira da semana passada, novas medidas de austeridade. "Há um claro antes e depois em termos de mobilização. Esse anúncio terá sido a gota que fez transbordar o copo, gerando uma onda de indignação. Até esse momento, muita gente tinha a perceção de não existir alternativa à troika", relembra.
JORNAL DE NOTICIAS

Diz João Quadros: "Pedro e o Roubo"


Este é um dos textos menos ingratos que um cidadão português pode fazer - informar os Portugueses, que têm enfrentado com tanta coragem e responsabilidade este período tão difícil da nossa história, que os tempos deste governo estão quase a terminar.
Vão ser necessários muitos anos para os pin com a bandeira de Portugal (e o Paulo de Carvalho) recuperarem a imagem que tinham. Para este governo já é tarde. Venha o XX. A mensagem que Passos Coelho publicou no
Facebook foi o ponto final.

Vamos lá ver, eu aguento toda a austeridade. Agora, o primeiro-ministro dirigir-se a mim com um "amigos", isso é que não! Aquela mensagem é conversa de bêbedo na ressaca. É a típica conversa do indivíduo que no dia anterior chegou alcoolizado a casa e bateu na mulher, nos filhos e na mobília, e no dia a seguir acorda, vê as asneiras que fez e fica arrependido e, mesmo sabendo que vai voltar a fazer o mesmo, vem pedir desculpa. Se não fosse o défice, o Pedro teria enviado uma caixa de Mon Chéri a todos os portugueses e uma sombrinha de chocolate aos que têm o ordenado mínimo.
 
No fundo, é a habitual aldrabice do facebook: as pessoas nunca dizem ser o que realmente são. O primeiro-ministro em vez de dizer "tenho 25 anos, sou moreno e atlético", diz que é um pai preocupado, um lamechas e um democrata. A verdade é que foi graças a esta mensagem no facebook (e ao domínio que os portugueses têm do vernáculo) que Passos Coelho conseguiu, finalmente, aparecer no "Financial Times".

Estes são tempos complicados, e para quem não tem facebook, ainda mais duros se tornam. Sem facebook, os portugueses nunca conheceriam o sensível Pedro. Quem não anda nas redes sociais pensa que o PM é um "serial killer", frio, sem sentimentos. Um doente, capaz de ir bater palmas e rir para um espectáculo minutos depois de ter massacrado famílias. Foi publicada uma foto que mostra Passos Coelho no concerto de Paulo de Carvalho a rir. Ele acaba de dizer à mulher: "Já viste que o ordenado mínimo está como quando a Nini tinha quinze anos… Ah, ah, ah! Que giro."

Um português que não possua página no facebook sente-se só e abandonado. O Presidente da República (como é que ele se chama? Agora não me ocorre o nome) não fala.
Paulo Portas foi silenciado por um Arpão e um Tridente. A mulher do Passos não diz nada desde o "Feliz Páscoa" de 2011. Seguro está no Herman 2012 a preparar 2011. Miguel Relvas está no Rio de Janeiro, ou como ele diz: "estou na capital do Brasil".

Um cidadão com facebook, ao menos, pode encontrar alguma solidariedade e compreensão na página do vice-presidente da
CGD. Nogueira Leite escreveu que dava a "palavra de honra" que sairia do país se os seus impostos aumentassem. Mais tarde, a página foi apagada. Está visto que cumpriu a palavra e pirou-se mesmo.

Diz Baptista Bastos: "Vivemos em pleno terrorismo de Estado"


Escrevi, em outro local, e repito-o neste, que o ciclo Passos Coelho terminou com a declaração da última sexta-feira. A cabisbaixa confissão de derrota possui a dimensão de uma indignidade. O homem conduziu-nos à miséria e diz-nos, indirectamente, que não consegue resolver a embrulhada. Por outro lado, o dr. Vítor Gaspar, substituiu-o como emissário de desgraças: em lugares diferentes, Parlamento, SIC e "Diário de Notícias" avisa que a "austeridade" vai continuar e, até ao fim do ano, vamos levar com mais sarrafo.

Com aquela voz de caixeiro-viajante de uma casa de caixões, e no estilo barroco que nos deixa sonolentos, adianta: "Os portugueses estão dispostos a fazer sacrifícios." Ignora-se quem o autorizou a falar em nosso nome; mas creio que a afirmação, além de tola, é abusiva. O declínio deste Governo acentua-se; e, como em todos os casos semelhantes, o estrebuchar é extremamente violento.

A onda de protestos indignados que percorre, transversalmente, a sociedade portuguesa é de molde a deixar-nos preocupados. Se as manifestações se tornam imprevisíveis porque afastadas de estruturas orgânicas, então, não haverá controlo possível e as frase do dr. Gaspar transferir-se-á para o universo da anedota. Pensando a frio e depois de analisados os factos e os ditos, estamos perante terrorismo governamental. Como afirmou o prof. Freitas do Amaral, as decisões deste Executivo colocam-no na área da ilegitimidade. Perante isso, toda a reacção é admissível. O ressentimento, o rancor e o ódio cada vez mais alargados podem impelir para atitudes mais inquietantes. A ministra Assunção Cristas quase levou com um ovo numa sessão pública. E as cenas a que temos assistido comportam, em si mesmas, uma ira e uma cólera indomináveis.

A incompetência e a soberba do Governo quase não encontram defensores. E as repulsas não têm limites políticos ou partidários: procedem de todos os lados. Até aquele grave senhorito, Nogueira Leite, parece, tão lesto em apoiar Passos Coelho na campanha para a presidência do PSD e tão agressivo nos discursos e nas entrevistas, acaba de escrever, no Facebook, que, se lhe forem mais aos bolsos, "pira-se", é o termo por ele usado. Além de desprovida de pudor, a declaração fornece o retrato ético desta gente.

A sociedade está em turbilhão e as inquietações assumem aspectos que não devem ser ignorados. A dr.ª Manuela Ferreira Leite, na TVI, desmantelou todo o sentido deste Governo, fornecendo, também, a ideia do que pensa um importante sector do PSD. Por outro lado, já se torna impossível tapar as fissuras na coligação. E os prolongados silêncios de Paulo Portas são particularmente significativos. Em outros Governos, estes mutismos do dirigente máximo do CDS-PP, queriam dizer que as coisas estavam tremidas. Portas, dos políticos mais astutos e qualificados de que a Direita dispõe, percebeu que as inépcias e leviandades do parceiro de coligação terão, necessariamente, de se reflectir não só no CDS como nele próprio, pormenor que o horroriza, por poder molestar a sua reputação.

Todos os ministérios estão a ser assolados por vendavais de protestos. O da Educação, esse, dirigido por um antigo militante maoísta, convertido ao pífaro do neoliberalismo mais agressivo, tem demonstrado não apenas aterradora inaptidão como alucinante tendência para a mentira e para a omissão deliberada. Apesar de esta alteração pertencer aos domínios mais do carácter do que ao político, faz pena assistirmos à abdicação moral de um homem que construíra, através de livros e de intervenções públicas, uma relativa nomeada.

Não me parece que Pedro Passos Coelho consiga, com remendos e cerzidelas, mesmo com recuos e habilidades momentâneos, tapar os buracos imensos do Executivo. O homem falhou redondamente e, além do mais, é teimoso. Atribuem ao adjectivo "determinado" o que é, objectivamente, uma fraqueza de espírito. Passos e os seus não sabem o que fazem. E o dr. Vítor Gaspar, apontado como um crânio nas arquitecturas das Finanças e um economista fora-de-série tem-se revelado, através de um autoritarismo sem remissão, um burocrata com tineta para a graçola e muito menos o político e o técnico necessários.

Quando a nata da inteligência portuguesa caustica, de um modo e de uma forma tão violentos os percursos, as derivas e as insuficiências dos governantes, nada resta aos governados senão...

Glen Miller - "I've got a gal in Kalamazoo"

"I've got a gal in Kalamazoo"