Libellés

17.6.11

MANGUALDE LIVE BEACH

A praia é vigiada por um nadador-salvador nos dias úteis e por dois durante o fim-de-semana
 
 
A Live It Well, empresa de eventos portuguesa, é a precursora da ideia. Polónia já se interessou e Madrid vai a caminho...
 
Não se vêem vendedores de bolas de Berlim nem motas de água, gaivotas ou zonas delimitadas por bóias laranja a impedir os banhistas de passarem para o lado de lá do mar. De resto, a maior praia de água artificial da Europa, inaugurada terça-feira em Mangualde, tem tudo a que uma praia deve ter direito: água salgada, metros e metros de areia amarela, bares, palmeiras e até um painel azul forte a aludir a uma espécie de linha do horizonte no final do espelho de água.

Minutos antes, depois de horas de viagem e de muitas rotundas, fomos dar a um caminho de terra batida. O Live Beach, como se chama, ergueu-se aos nossos pés quando saímos do autocarro: "Que bem que se está na praia aqui no campo", lê-se no grande cartaz da entrada.

Depois de passarmos os torniquetes, que para serem rodados exigem um pagamento de cinco euros, há um corredor vermelho que se estende a perder de vista, ladeado por tendas de lona que albergam vinhos do Douro, artesanato e todo o tipo de bugigangas coloridas para venda. Quando as pequenas lojas deixam de nos prender o olhar, damos pelo palco montado ao fundo, onde se prevê a realização de vários concertos, não só durante o Verão, mas nos restantes nove meses em que o espaço estiver fechado a banhos. A meio do corredor avistamos, do lado direito, a derradeira curiosidade: a praia tem dez mil m2 de areia, veraneantes de calções e biquínis estendidos ao sol, e um espelho de água em forma de lua com 300 m2, quase comparável com o tamanho de uma piscina olímpica.

Como é dia de inauguração, a entrada é livre para todos. Irene Santos Vaz, uma das banhistas que falam ao i, nem sabia, mas quis conhecer a novidade. Arrumou a trouxa de praia e seguiu para Mangualde. Irene, 52 anos, nasceu em Viseu, mas vive em França com o marido, francês, e ficou satisfeita por estar de férias em Portugal no dia da abertura: "Acho bem que façam isto, a água está boa", começa por falar, um pouco tímida, e com metade do corpo ainda em imersão. Depois de uns minutos de conversa, a descontracção faz-se sentir e Irene começa a furar o próprio discurso: "Não acredito que isto valha o investimento. A entrada é cara [cinco euros]. Podiam ter apostado em boas estradas em vez disto. Fora deste recinto está tudo mal feito", desabafa. Apesar da sua opinião acerca do dinheiro "mal gasto", Irene quer voltar ao Live Beach, na noite do dia 19, para o concerto do Tony Carreira: "Sou capaz de vir com as minhas filhas. O meu marido não gosta nada, mas sempre é uma coisa diferente", diz, mesmo que a comoção seja quase nenhuma.

O projecto da nova praia artificial foi pensado para ser diferente de qualquer outro. Escolher um bom sítio, pouco usual, era indispensável. Antes, estavam ali 20 000 m2 de terreno abandonado que pertencia à autarquia. Depois de muitas explosões de dinamite, toneladas de areia, milhões de litros de água e outros tantos quilos de sal, o Live Beach encaixa-se aos pés da serra da Nossa Senhora do Castelo. Esta é das principais razões para Armando S. estar muito agradado com o empreendimento: "Gosto disto, já podemos vir para aqui em vez de ir para Aveiro. Mas o que é mesmo bom é olhar para trás e ter a serra e a ermida. Não há nenhuma praia com esta vista." Meio escondida atrás do ombro de Armando, a sua mulher não contém a emoção: "Já não era sem tempo que se fazia uma coisa destas. Aqui não há nada", atira. Armando e a mulher nasceram no distrito de Viseu mas sempre trabalharam em Lisboa. Passados 45 anos, regressaram agora a casa: "Estamos reformados, é bom voltar e ter este espaço. A entrada nem é cara [pagam bilhete sénior no valor de três euros] e não há infra-estruturas em Mangualde", diz a mulher, ainda envergonhada e sem nunca revelar o nome...
ADIARIO 

NOVO GOVERNO DE PORTUGAL ESTA CONSTITUIDO

O Novo Governo de Portugal

Passos Coelho já apresentou o elenco governativo a Cavaco Silva. O nome inesperado é Paulo Macedo na Saúde, mas há mais surpresas. A Assembleia da República entra já em funções segunda-feira.

Este Executivo toma posse até quarta-feira, antes do Conselho Europeu, que começa dia 23. A partir do dia da posse, o Governo tem dez dias para levar o seu programa à discussão no Parlamento. Só aí é que o novo executivo entra plenamente em funções.

Novo Governo

Primeiro Ministro - Pedro Passos Coelho

Ministro Negócios Estrangeiros - Paulo Portas
Ministro das Finanças - Vítor Gaspar
Ministro da Economia - Álvaro Santos Pereira
Ministro da Educação - Nuno Crato
Ministro da Saúde - Paulo Macedo
Ministro da Segurança Social - Pedro Mota Soares
Ministro da Agricultura, Ambiente e Território - Assunção Cristas
Ministro da Defesa - Aguiar Branco
Ministro da Justiça - Paula Teixeira da Cruz
Ministro da Administração Interna - Miguel Macedo
Ministro dos Assuntos Parlamentares - Miguel Relvas
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros - Marques Guedes
Secretário de Estado adjunto do PM - Carlos Moedas

Duas mulheres e quatro independentes no novo Governo

Além dos quatro ministros independentes que integrarão o novo Governo, Paula Teixeira da Cruz e Assunção Cristas serão as caras femininas do executivo.
A vice-presidente do PSD e ex-presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Paula Teixeira da Cruz, assumirá a pasta da Justiça e Assunção Cristas assumirá a pasta da Agricultura, Ambiente e Território, tendo também a responsabilidade de ficar com a gestão dos fundos do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). Estas são as duas mulheres que integrarão o novo executivo.
O Governo de Pedro Passos Coelho contará ainda com 4 independentes. Assim, a pasta da Saúde ficará a cargo de Paulo Macedo, Santos Pereira ficará com a Economia, as Finanças com Vítor Gaspar e o Ministério da Educação com Nuno Crato.
Vítor Gaspar é o novo ministro das Finanças
Vítor Gaspar, director do Gabinete de Conselheiros da União Europeia, é o homem escolhido por Passos Coelho para o ministério das Finanças, apurou o DN junto de fontes próximas do primeiro-ministro indigitado.
Gaspar ocupa o cargo desde 2007. Antes foi director do Centro de Estudos do Banco Central Europeu e conselheiro e director do Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal.

ERCI BESSON: "JE ME CASSE, FAIT CHIER"! (VIDEO)


Sur sa messagerie Twitter, le ministre écrit qu'il ne serait "aucunement gêné que M6 diffuse toute la séquence. De mon arrivée sur le plateau à mon départ. Rien à craindre". (c) Afp

Le ministre de l'Industrie Eric Besson (connu chez ses ex-amis socialistes par le "vendu ou le traître", (1) a quitté mercredi 15 juin le plateau de l'émission Capital de M6 en plein enregistrement, en déclarant "Je me casse. Fait chier", a indiqué à l'AFP une personne présente dans le studio.

Le ministre était invité pour parler du nucléaire avec le journaliste Guy Lagache pour l'émission de dimanche qui a pour thème: "Vivre et consommer écolo: ruée sur les nouvelles solutions vertes".

Mais Eric Besson a quitté le plateau au bout d'une dizaine de minutes, au moment où était diffusé le témoignage d'un ancien sous-traitant chargé de la sûreté dans les centrales nucléaires.

"Le ministre s'est levé. Il a retiré son micro et l'a jeté sur la table et il a dit: "Allez, je vous laisse. Je me casse. Fait chier"", a raconté la personne qui a assisté à la scène. "Quand le journaliste lui a demandé ce qu'il faisait, le ministre a répondu: "Je me barre"".

"Rien à craindre"

La direction de M6 n'a pas souhaité faire de commentaire. Le cabinet d'Eric Besson n'a pas répondu aux appels de l'AFP. Mais
sur son compte Twitter, le ministre écrit qu'il ne serait "aucunement gêné que M6 diffuse toute la séquence. De mon arrivée sur le plateau à mon départ. Rien à craindre".

Aucune décision n'avait encore été prise jeudi soir concernant la diffusion ou non de cette séquence, a précisé une source interne à M6.

Juste avant le départ du ministre, Eric Besson et Guy Lagache avaient eu un échange un peu vif.

"Je suis pas d'accord"

"En France, la sûreté nucléaire pose problème. On voit qu'il y a des failles sur la façon de sécuriser les installations", a dit le journaliste.

"Mais, non, excusez-moi. D'entrée, je suis pas d'accord. Vous avez affirmé d'entrée "la sûreté nucléaire pose parfois problème"", lui a répondu Eric Besson.

"Oui, parfois. Je vous propose d'écouter cet ancien sous-traitant qui était chargé de déceler des défaillances dans des installations", a rétorqué Guy Lagache, en lançant le témoignage qui a provoqué le départ du ministre.

Selon la personne qui a assisté à l'enregistrement, Eric Besson était arrivé vers 14h30, "plutôt de bonne humeur" pour l'émission, suivie en régie par le président de M6 Nicolas de Tavernost et la directrice générale des programmes Bibiane Godfroid.

Le Nouvel Observateur - AFP

(1) texte ne figurant pas dans l'article

LES RETRAITES EN OR DE L'UNION EUROPEENNE

D'accord, rien de comparable avec les retraites en or des pdg, mais les 129 - très - hauts fonctionnaires de l'Union européenne (commissaires, juges, greffiers...) n'ont vraiment pas à se plaindre. Aucun régime de retraite de la fonction publique dans les 27 États membres n'est aussi favorable. Et pour cause, un commissaire européen, un juge, un avocat général de la Cour de justice... n'acquittent aucune cotisation, contrairement au fonctionnaire européen lambda qui, lui, verse 10,90 % de son traitement de base.

Mais pour ce tarif zéro, les hauts fonctionnaires de l'Union bénéficient de prestations luxueuses détaillées dans un rapport que s'apprête à publier Sauvegarde Retraites, association connue pour son obstination à traquer les abus. Ainsi, quand ils abandonnent leurs fonctions, les maîtres de l'Union peuvent toucher jusqu'à 70 % d'un dernier traitement très confortable. Les émoluments de ces "superfonctionnaires" s'élèvent, en moyenne, à 21.260 euros mensuels. Au bas de l'échelle, le greffier du Tribunal de la fonction publique touche 16.327 euros. En haut, le président de la Cour des comptes perçoit 23.405 euros et celui de la Cour de justice 26.651 euros, et cela, sans indemnités et autres suppléments familiaux (par exemple, plus de 2.000 euros par mois pour 3 enfants à charge !).

Pour obtenir les 70 % de leur dernier salaire pour leurs retraites, les hauts fonctionnaires de l'Union n'ont pas besoin de trimer 40,5 ans, comme dans le privé, en France. Il suffit de "tenir" 16 ans. La vérité oblige à dire qu'il est assez rare de parvenir à ce seuil fatidique compte tenu de la durée des mandats, mais même un court passage reste avantageux. Ainsi, Jacques Barrot, vice-président de la commission chargée des transports, au terme de seulement 5 ans de mandat, aura droit, en octobre, à une pension de 4.728,20 euros.
Les partants peuvent espérer toucher entre 300.000 et 500.000 euros
La vérité oblige à dire là aussi que ces retraites sont cumulables avec celles obtenues dans les pays d'origine. Et qu'en cas de départ avant l'âge - 65 ans -, les 129 privilégiés de l'Union touchent de confortables parachutes. Sous forme d'une "indemnité de déménagement", sachant que tous les coûts (transports, assurances...) sont, en plus, pris en charge par l'Union. S'ajoute une "indemnité de transition" servie mensuellement pendant 3 ans en proportion du salaire de base et de la durée du mandat effectué (40 % pour moins de 2 ans, jusqu'à 65 % au-delà de 15 ans). Une restriction toutefois : une fois le mandat achevé, si le haut fonctionnaire européen exerce une nouvelle activité, sa rémunération ne doit pas dépasser, y compris l'indemnité de transition, ce qu'il percevait à Bruxelles ou à Luxembourg.

Au total, en cumulant les deux indemnités, les partants peuvent espérer toucher entre 300.000 et 500.000 euros, ce qui n'altère en rien les prestations de retraite à venir. Pas mal pour des responsables mieux que bien payés (le président de la Commission européenne José Manuel Barroso, avec 29.504 euros, touche plus que le président des États-Unis) et qui, le plus souvent, réintègrent leur administration d'origine, reviennent à la politique ou pantouflent dans le privé. Conclusion de Sauvegarde Retraites : "C'est un comble, l'administration européenne, garante de l'orthodoxie budgétaire et si prompte à jouer les gendarmes vis-à-vis des États membres qui ne respectent pas les principes de bonne gestion et de rigueur économique, mène, pour elle-même, aux frais des contribuables, une politique laxiste totalement coupée des réalités."
Par Patrick Bonazza - Le Point 

A DANÇA DOS NOMES PARA O GOVERNO


A dança dos nomes para o novo Governo

Carlos Costa nas Finanças e Catroga na Economia? Saiba que referências se ouvem nos bastidores

Passos Coelho e Paulo Portas já chegaram a acordo e um novo Governo está assim a caminho, tendo já cometido uma primeira gaffe. Entretanto, a pergunta que mais se faz agora é a quem caberá liderar os ministérios que serão criados.

Em público, nenhum dos dirigentes envolvidos faz qualquer referência a nomes e a pastas. Mas nos bastidores da política há referências muito insistentes.

Serão oficialmente anunciadas entre esta semana e o início da próxima, mas Passos Coelho já iniciou os contactos formais para os 11 ministérios que vai criar. E a agenda de contactos tem sido intensa, sobretudo para a pasta das Finanças.

Se Vítor Bento mantiver a recusa, Passos poderá apostar em Carlos Costa, o Governador do Banco de Portugal para a pasta das Finanças.

Eduardo Catroga, um dos nomes mais apontados para o cargo, poderá afinal vir a ficar com a Economia.

Os ministérios do CDS-PP

Na dança dos nomes, há algumas cadeiras que poderão já estar ocupadas. Nos três ministérios reservados ao CDS-PP, o dos Negócios Estrangeiros terá como escolha natural o parceiro de coligação, Paulo Portas.

Bagão Félix poderá assumir um ministério que junta assuntos sociais, saúde e Segurança Social. Os populares deverão ficar também com a Agricultura.

Paulo Rangel na Justiça?

Nos ministérios que sobram, Aguiar Branco é dado como provável na Defesa. Paulo Rangel é possível na Justiça, Jorge Moreira da Silva no Ambiente.

E Miguel Relvas poderá assumir a presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares. Também Miguel Macedo é um nome a ter em conta num futuro executivo.

E é a todos que Passos Coelho quer ouvir antes de anunciar o programa do Governo. São ainda só nomes, mas alguns poderão já ter cadeira reservada.