Libellés

24.12.13

Foto - Meyya Mira

Meyya Mira

Texto - Paz

Foto de Mary Mira.
Amaia e Marianne
Como sintetizar e reunir numa imagem singela a representação da felicidade? 
 
Tudo que mais gosto neste mundo é a simplicidade sincera!
 
A solidariedade, a amizade a honestidade… 
 
Longe, muito longe, do mercantilismo que de tudo se apoderou, das frases de circunstância, - passagem quase obrigatória, se bem que nem sempre -  da hipocrisia social, queria transmitir a todos os meus Amigos (e aos outros) uma mensagem de paz. 
 
E tempo de trégua; por isso a todos, do fundo do coração transmito, com a cumplicidade do Cristo do Corcovado, os meus votos de felicidade.
  
Bordeaux, 24 de Dezembro de 2013
JoanMira

Tem a palavra Daniel Oliveira - O desamparo aprendido dos portugueses (masoquismo)

 


Nas aulas de psicologia aprende-se o conceito de "desamparo aprendido", que, trocado por miúdos por alguém que é menos do que leigo na matéria, corresponde ao processo que leva um humano ou qualquer outro animal aprender a não responder às oportunidades que surgem para sair duma determinada situação ou vita-la, ganhando a convicção da sua própria impotência.
 
O psicólogo Martin Seligman desenvolveu, no final dos anos 60, uma experiência um pouco sádica mas muitíssimo interessante. Para ela usou dois grupos de cães. Explicado de forma tosca, o primeiro grupo de cães recebeu choques elétricos, tendo a possibilidade de se livrar do sofrimento, coisa que rapidamente aprendeu a fazer. Um segundo grupo foi sujeito ao mesmo tratamento doloroso. Com uma diferença: aos cães era retirada a possibilidade prática e evitar essa dor. Naturalmente, porque têm capacidade de aprender com a repetição, a dada altura os animais deixavam de tentar fugir. Limitam-se a aguentar, estoicamente, o sofrimento que lhes era infligido.   Numa segunda fase, os mesmíssimos cães, depois de sujeitos a esta aprendizagem - a de se libertarem cos choques elétricos e a de aguentarem sem reação esse inevitável sofrimento -, são postos nas mesmas condições: ambos se podem livrar do sofrimento. O primeiro grupo faz o que fazia antes: reage de forma a deixar de ser torturado. O segundo grupo, apesar das novas condições, também faz o que fazia antes: aguenta, apesar de poder fugir, a dor que poderia, afinal, evitar. E fica a apanhar os choques eléctricos como se não tivesse alternativa. Porque foi isso que aprendeu.   Não me quero dedicar às minudências científicas da matéria, assunto sobre o qual nada sei, nem desenvolver em pormenor o poder metafórico que esta experiência tem para a atual situação do país. Penso que há coisa que se perdem se forem demasiado explicadas.
 
Sendo este o último texto que escrevo em 2013, fica um desejo para o próximo ano: que, ao contrário do que aconteceu durante meio século, passe a ser claro que não é inevitável sermos, como nos chamou um senhor da troika, um "povo bom". A submissão é, neste momento, uma escolha. O problema é que aprendemos a senti-la como uma inevitabilidade.

Seguindo o "conselho" de Peter Steps Rabbit, este ano emigraram 120 mil portugueses

José Cesário, Secretário de Estado das Comunidades, diz que 120 mil portugueses emigraram em 2013
O Governo calcula que em 2013 tenham saído do país entre 100 a 120 mil portugueses. Uma taxa de emigração "bastante alta"disse o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.
"Não tenho nota que tenha havido um aumento [em relação ao ano anterior]. Temos números mais ou menos constantes, mas que são bastante altos", adiantou José Cesário. O número de pessoas que deixam o país "não pode aumentar muito porque não há empregos [noutros países]", disse José Cesário.
Os países da Europa, em particular a França, continuam a ser os principais destinos dos portugueses, com Angola a atrair também números semelhantes aos do ano passado, na ordem dos 25 mil.

Ausência de reconhecimento de diplomas dificulta emigração para o Brasil

No que toca à emigração para o Brasil, o secretário de Estado admitiu que "não se está a verificar", sobretudo devido à falta de equivalências para certas profissões, como engenheiros e arquitetos, que não podem exercer naquele país.
No que diz respeito a Moçambique, os "valores se mantêm idênticos" aos de 2012. Calcula-se que cerca de três a quatro mil portugueses tenham escolhido Moçambique para procurarem trabalho, sobretudo na área da construção porque "o volume de obras públicas não aumentou muito".

Refugiadas do Congo violadas em Angola

Os militares angolanos cometem atos coletivos de violência sexual, acusa a ONGNovecentas e cinquenta refugiadas da República Democrática do Congo em Angola foram violadas entre janeiro e novembro deste ano durante o processo de deportação, denunciou hoje em comunicado a secção belga da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).
A Organização Não-governamental dá apoio às vítimas das violações nas zonas de Luamno e Kamoni, na província do Kasai-Ocidental, na zona oeste da RDCongo, onde a MSF auxilia refugiados congoleses deportados dos países vizinhos.
"Os militares angolanos cometem atos coletivos de violência sexual, segundo os testemunhos das vítimas", lê-se num comunicado da organização, que desde agosto de 2012 apoia as congolesas expulsas de Angola que são vítimas de violações.

Cenários de horror no Sudão do Sul: "Há pessoas que estão simplesmente fora de controlo”

A violência no Sudão do Sul continua a alastrar, com combates em seis dos dez estados. O Governo anunciou que está pronto para um contra-ataque para retomar a cidade de Bor, onde estão campos de petróleo do jovem país.
Trabalhadores humanitários descreviam cenas sangrentas em Bor. “Vi algumas das coisas mais horríveis que se pode imaginar”, disse Toby Lanzer, coordenador humanitário da ONU. “Pessoas que eram alinhadas e executadas sumariamente. Isto está a ser feito por pessoas que estão simplesmente fora de controlo”, disse Lanzer ao programa Newshour, da emissora britânica BBC. Um responsável do país citado sob anonimato pelo diário britânico The Guardian notava que havia cadáveres “espalhados por toda a cidade”.
A violência que começou na semana passada no Sudão do Sul deverá ter já deixado mais de mil mortos e dezenas de milhares de refugiados e deslocados (60 mil), a maioria deles (40 mil) em bases da ONU. Cerca de 15 mil estão no complexo da ONU em Bor.
“É muito comovente ver pessoas que pedem apenas: 'Podem manter-me vivo?'”, contou Lanzer, que esteve em Bor. “Estou muito preocupado que daqui a poucos dias não estejamos a falar de dezenas de milhares, mas sim centenas de milhares”, disse.
 

A imagem do dia 24-12-2013

See Explanation.  Clicking on the picture will download
 the highest resolution version available.
Sharpless 308: Star Bubble
Image Credit & Copyright: Jeff Husted

Explanation: Blown by fast winds from a hot, massive star, this cosmic bubble is huge. Cataloged as Sharpless 2-308 it lies some 5,200 light-years away toward the constellation of the Big Dog (Canis Major) and covers slightly more of the sky than a Full Moon. That corresponds to a diameter of 60 light-years at its estimated distance. The massive star that created the bubble, a Wolf-Rayet star, is the bright one near the center of the nebula. Wolf-Rayet stars have over 20 times the mass of the Sun and are thought to be in a brief, pre-supernova phase of massive star evolution. Fast winds from this Wolf-Rayet star create the bubble-shaped nebula as they sweep up slower moving material from an earlier phase of evolution. The windblown nebula has an age of about 70,000 years. Relatively faint emission captured in the expansive image is dominated by the glow of ionized oxygen atoms mapped to violet hues.

Foto - Oliana

Oli Mira