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25.12.12

Vitor Gaspar "figurão" do ano!

 
Não, não é piada... Para os estrangeiros é mesmo ele a personalidade portuguesa de destaque....Não é para admirar, pois não... Os novos valores em Portugal rimam co traicão!
 
Preparem-se: o ministro das Finanças vai falar ao país. Calma, desta vez não é verdade. Mas muitos textos podiam ter começado assim em 2012. Sempre que Vítor Gaspar se preparava para anunciar novas medidas, os portugueses colavam-se à televisão à espera das más notícias. E elas chegavam. E voltavam a chegar. Va-ga-ro-sa-men-te.

Vítor Gaspar foi a figura nacional do ano porque foi o rosto da austeridade. Os aumentos de impostos, os cortes nos salários e pensões, as experiências falhadas que introduziram no vocabulário de café siglas como TSU e IMI. Tudo isto teve sempre em Gaspar o rei mago portador das intenções do Governo. Passos Coelho diz que é ele o seu «número 2», mas às vezes parece mais.

Foi também ele quem deu o peito às balas dos credores. Foi a Berlim, a Londres, aos Estados Unidos, a cimeiras e reuniões decisivas do Eurogrupo. Prometeu sempre que «o bom aluno» ia cumprir. A derrapagem na execução orçamental, a queda da receita fiscal e a necessidade de pedir mais tempo para atingir o défice exigido foram sendo contornadas com novas promessas de recuperação e uma ameaça: ou isto, ou a bancarrota, a saída do euro e da União Europeia e o caos.

E recebeu elogios por isso. O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, com quem protagonizou
a conversa mais polémica do ano, garante que Portugal é «um exemplo brilhante» e que «não é a Grécia», precisamente por causa das reformas de Gaspar. No entanto, nem mesmo os parceiros da troika deixaram de o avisar: um relatório do FMI alertou que a situação se pode tornar «socialmente insustentável», um estudo da Comissão Europeia apontou que, dos países em crise, Portugal é o único onde a austeridade exigiu mais aos pobres do que aos ricos e o economista do BCE Paul De Grauwe foi ainda mais direto: pediu-lhe para «não exagerar» na austeridade.

A 15 de setembro, também «o melhor povo do mundo» lhe fez o mesmo pedido, ainda que não com palavras tão simpáticas. O ministro perdeu na rua, mas ganhou na secretaria: passou com nota positiva em todas as avaliações da troika.

Dentro do Governo, Gaspar (não o gato de Honório Novo, mas o ministro) teve no CDS um forte opositor. À porta fechada, foi arrasado nas alterações na Taxa Social Única e no aumento do IRS. Chamou-lhe um «disparate», mas foi cedendo. E reconheceu erros, pelo menos à sua maneira e com algum sentido de humor: «surpreendeu-se» com a subida do desemprego e admitiu um «lapso» com a data do regresso dos subsídios de férias e de Natal.

Com mais ou menos lamentos, sobreviveu a um chumbo do Tribunal Constitucional, a dois orçamentos retificativos e a um Orçamento de Estado que protagoniza um «brutal aumento de impostos». Não desiste, nem se cansa - apesar de as olheiras aumentarem à medida da carga fiscal -, de
retribuir a sua educação «extraordinariamente cara».

Do que terá aprendido então, fazem parte os já famosos quadros em Excel que se viu obrigado a levar a um Conselho de Estado bastante apupado. Também o Parlamento as viu e aprovou, e, apesar do mal-estar na coligação, fê-lo à custa da maioria PSD-CDS, porque o PS já cortou o cordão umbilical com o memorando e está à parte de qualquer negociação decisiva. O ministro das Finanças foi aprendendo com o discurso mais político, prometendo que estamos na «fase final da maratona» e que «o início da recuperação» está marcado para 2013. E lançou um novo desafio: cortar «pelo menos» quatro mil milhões de euros na despesa.

Enquanto já se discute uma reforma do Estado Social, sem meta do crescimento à vista, Vítor Gaspar terminou o ano com uma submissão às vontades do amigo Schäuble: em poucos dias, esqueceu-se do princípio de igualdade nas medidas facilitadas à Grécia, para dizer que afinal não, que foi tudo «uma confusão» e não quer ir à boleia de Atenas. Porque, já sabemos, Por-tu-gal-não-é-a-Gré-ci-a.

A planta que cresce a pilhas


Se não tem tempo para cuidar de plantas pode esquecer as soluções de plástico. Já estão à venda em Portugal as plantas que não precisam da atenção habitual, já que crescem a... pilhas.
As plantas de plástico já não são a única opção para quem não tem tempo para embelezar a casa com flora natural. Neste momento, já está disponível no mercado português a planta interior que cresce sem cuidados humanos.
Chama-se Click & Grow, que em português foi adaptado para Crescer Verde, e é a tecnologia que permite ter uma autêntica floreira eletrónica, funcionando autonomamente com quatro pilhas e um litro de água.
A água dá para mais de um mês e tudo o que o utilizador precisa de fazer é ver o crescimento da sua planta.
Os quatro kits de iniciação atualmente disponíveis, à venda no site crescerverde.com, já incluem uma cassete, sendo que ainda tem outras nove que pode adquirir. As opções variam entre plantas decorativas, como a crista de galo, as de crescimento rápido, e as úteis, onde se incluem especiarias, ervas aromáticas e outras plantas comestíveis, como os tomates-cereja.
O gadget click and grow é mais uma prova de que é possível aliar e adaptar a evolução tecnológica à vida moderna, sem nos privarmos, no caso, do que é natural. Inclusive economizando, uma vez que, além das plantas comestíveis já existentes, a empresa prepara-se para lançar versões com morangos e laranjas. Cá estaremos para ver... crescer.

A imagem do dia 25-12-2012

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Yosemite Winter Night
Image Credit & Copyright: Wally Pacholka (AstroPics.com, TWAN)

Explanation: In this evocative night skyscape a starry band of the Milky Way climbs over Yosemite Valley, Sierra Nevada Range, planet Earth. Jupiter is the brightest celestial beacon on the wintry scene, though. Standing nearly opposite the Sun in the constellation Taurus, the wandering planet joins yellowish Aldebaran and the Hyades star cluster. Below, Orion always comes up sideways over a fence of mountains. And from there the twin stars of Gemini rise just across the Milky Way. As this peaceful winter night began, they followed Auriga the charioteer, its alpha star Capella near the top of the frame.