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13.10.12

Fidel Castro morreu


Uma das últimas fotos de Fidel Castro, em março deste ano, com o papa Bento XVI
Foto: AP/Cubadebate

MIAMI e CARACAS — Conhecido por ter revelado que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, sofria de câncer, o jornalista Nelson Bocaranda deu como certo em seu blog um boato que toma conta das redes sociais desde a quarta-feira: segundo ele, o ex-presidente cubano Fidel Castro estaria com morte cerebral. De acordo com seu post, a morte de Fidel seria anunciada em até 72 horas - Havana só esperaria que Juanita Castro, irmã de Fidel, voltasse de Miami para um “anúncio familiar importante”. O próprio jornalista, no entanto, disse ao GLOBO por e-mail, nesta sexta-feira, que a morte de Fidel Castro ainda não era confirmada, mas que o líder cubano respirava por aparelhos.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/jornalistas-dizem-que-fidel-castro-teve-morte-cerebral-6384133#ixzz298aKa42h

17.1.12

Diz o "duas ou três coisas...": ...o coração deixou o João..."

Com a devida vénia, reproduzo aqui um excelente texto do Embaixador de Portugal en Paris, Dr. Francisco Seixas da Costa:


- "Ó homem! Você descanse! Esses lugares são infernais!"

- "Vou ver se aproveito o fim de semana..."

Este final de conversa telefónica, comigo a dar o conselho, teve lugar ao início da noite da passada 5ª feira. O João Teotónio Pereira, chefe de gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, tinha sempre a atenção de me responder no próprio dia às chamadas que eu lhe fazia para o gabinete (raramente ligo para telemóveis de quem tem muito que fazer), talvez porque soubesse que nunca o incomodava por razões fúteis. Dessa vez, a conversa foi sobre dois temas de política externa que eu lhe havia anunciado como delicados, que nada tinham a ver com a França, mas que eram suficientemente importantes para, através do João, serem transmitidos ao nosso ministro. Interessou-se por eles e prometeu fazê-lo, logo que possível.

Já o tinha dito a amigos comuns: desde há meses, sentia o João cada vez mais cansado na voz, talvez stressado pelo ritmo intenso de um trabalho a que se dedicava com afinco e empenhamento. O João era um homem intenso, preocupado com tudo, diligente ao pormenor, de uma lealdade à prova de bala em relação ao seu e nosso ministro.

O João Teotónio Pereira era senhor de um sorriso saudável, num fácies "boyish", de uma alegria natural que promovia a relação pessoal e abria, com facilidade, a porta à amizade. Éramos de gerações diferente, nunca trabalhámos juntos - saiu de Paris, onde foi cônsul-geral, uma semana depois da minha chegada, o que só me deu tempo para lhe oferecer um breve almoço de despedida - mas tivemos sempre um excelente relacionamento, marcado pelo respeito e pela amizade. Nunca esqueci gestos de solidariedade que teve para comigo, em tempos menos fáceis.

Ontem, o coração deixou o João, aos 51 anos, no fim da linha da vida."

Morreu o chefe de gabinete de Paulo Portas

O chefe de gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Teotónio Pereira, morreu esta terça-feira, aos 51 anos, disse à agência Lusa fonte do ministério.

João Teotónio Pereira ingressou na carreira diplomática em 1988, tendo passado pelas missões de Portugal em Roma (Itália) e Belgrado.

Foi adjunto diplomático do Ministério da Defesa, durante o consulado de Paulo Portas neste ministério, nos governos de Durão Barroso e Santana Lopes (2002-2005) tendo posteriormente sido nomeado cônsul em Paris, onde permaneceu durante cinco anos.

Regressou a Lisboa para ocupar o cargo de subdirector da Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas. Cerca de um ano depois, com o novo Governo PSD/CDS-PP, assumiu funções como chefe de gabinete de Paulo Portas, agora como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.