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18.11.12

Brasil vence a Espanha e conquista o Mundial de Futsal

Capitão Vinícius ergue a taça e os jogadores brasileiros fazem a festa na comemoração Foto: AFP Photo

RIO - O relógio apontava 25 segundos para terminar a prorrogação. O fixo Neto dominou a bola no campo de defesa, arrancou pela esquerda, passou pelo marcador e fuzilou rasteiro. A bola passou pelo goleiro Juanjo e morreu no fundo das redes. Era o gol do título. De virada, o Brasil venceu uma final emocionante contra a Espanha, por 3 a 2, na manhã deste domingo, em Bangcoc, e levantou a taça do Mundial de Futsal pela segunda vez consecutiva. É o sétimo título mundial da seleção brasileira, mas apenas cinco são reconhecidos pela Fifa.
Após a partida, Neto, que foi decisivo ao marcar dois dos gols brasileiros - o outro foi de Falcão, foi nomeado pela Fifa o melhor jogador do torneio. Descontaram para a Espanha Torras e Aicardo.
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Dilma Rousseff: A confiança não se constrói com austeridade e sem esperança


A presidente brasileira teceu hoje duras críticas às políticas de excessiva austeridade que estão a ser aplicadas na Europa e que estão a causar "sofrimento" às populações, considerando que a confiança não se constrói apenas com austeridade.
 
“O erro é achar que a consolidação fiscal colectiva, simultânea e acelerada, seja benéfica e resulte numa solução eficaz”, disse Dilma Rousseff que falava na primeira sessão plenária da XXII Cimeira Ibero-americana, que decorre em Cádis (sul de Espanha). “Temos visto medidas que apesar de afastarem o risco da quebra financeira, não afastam a desconfiança dos mercados nem a desconfiança das populações. A confiança não se constrói apenas com sacrifícios”, afirmou.

Para Rousseff é necessário que a estratégia e as medidas adoptadas “mostrem resultados eficazes para as pessoas, horizontes de esperança e não apenas a perspectiva de mais anos de sofrimento”.

Na sua intervenção a chefe de Estado brasileira referiu-se amplamente à
crise financeira que “golpeia de forma particular” a Península Ibérica.

“Portugal e Espanha estão diante de tarefas de complexa solução. Mas sabemos da força destes países, da energia criativa das suas sociedades, da capacidade de superação, tantas vezes comprovada ao longo dos séculos”.

“Temos assistido nos últimos anos aos enormes sacrifícios das populações dos países mergulhados na crise: redução de salário, desemprego, perda de benefícios”, insistiu, considerando que “políticas que só enfatizam a austeridade demonstram os seus limites. Devido ao baixo crescimento e apesar do austero corte de gastos, assistimos ao crescimento dos défices fiscais e não à sua redução”, afirmou.

Recordando que as previsões para o biénio 2012-2013 apontam a um aumento dos défices e à redução do PIB, Rousseff afirmou que o Brasil continua a defender “que a consolidação fiscal exagerada e simultânea em todos os países não é a melhor resposta para a crise mundial e a pode até agravar, levando a uma maior recessão”.

Rousseff considerou ainda que os países em excedente orçamental “devem também fazer a sua parte”, investindo, consumindo mais e importando mais.

“Sem crescimento será muito difícil o caminho da consolidação fiscal, que será cada vez mais oneroso socialmente e cada vez mais crítico politicamente”, afirmou.

Em contraste à austeridade, Rousseff apresentou as políticas adoptadas pelo Brasil, incluindo a ampliação do investimento público e privado em infraestruturas, a redução da carga tributária sob o salário e programas sociais que ajudaram a manter o consumo interno.
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