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11.6.15

Astronomy picture of the day - 11-06-2015 - Galaxy NGC 7714 After Collision

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Galaxy NGC 7714 After Collision 
Image Credit: NASAESAAcknowledgement: A. Gal-Yam (Weizmann Inst.)
Explanation: Is this galaxy jumping through a giant ring of stars? Probably not. Although the precise dynamics behind the featured image is yet unclear, what is clear is that the pictured galaxy, NGC 7714, has been stretched and distorted by a recent collision with a neighboring galaxy. This smaller neighbor, NGC 7715, situated off to the left of the featured frame, is thought to have charged right through NGC 7714. Observations indicate that the golden ring pictured is composed of millions of older Sun-like stars that are likely co-moving with the interior bluer stars. In contrast, the bright center of NGC 7714 appears to be undergoing a burst of new star formation. NGC 7714 is located about 100 million light years away toward the constellation of the Fish (Pisces). The interactions between these galaxies likely started about 150 million years ago and should continue for several hundred million years more, after which asingle central galaxy may result.

Acusação, negação e ironia. Eis o último interrogatório a Sócrates



“O que tenho a dizer é muito desagradável, mas tenho de o dizer: estas imputações são falsas, todas elas. Não há neste documento um pingo de verdade. E lamento que o Ministério Público não se interesse pela descoberta da verdade, mas que esteja mais concentrado na perseguição”.
Terá começado assim o último interrogatório de Rosário Teixeira, Procurador-geral da República, a José Sócrates, conforme é descrito pela revista Sábado. Este encontro terá tido lugar em Lisboa, a 27 de maio.
De acordo com as transcrições reveladas pela revista, todas as transações entre o ex-primeiro-ministro e o procurador são pautadas pelo mesmo tom, o de acusação - no âmbito da investigação e fora dele.
Sócrates acusou, depois, Rosário Teixeira de insulto porque a acusação de corrupção, nas palavras do socialista, acontece “só por ter um contrato com uma farmacêutica”, algo que o procurador nega de imediato.
“Não, não admito, porque tenho a melhor das ideias do Carlos Santos Silva”
Rosário Teixeira prossegue e levanta suspeitas sobre as operações que envolveram a compra de uma quinta em Sintra, que pertencera a Duarte Lima. O procurador refere as passagens de propriedade para um primo de Sócrates, depois para o grupo Lena.
“E, portanto, como era do meu primo, é meu. Pronto, é assim que os senhores fazem imputações. Epá, parabéns”, atira Sócrates prontamente, com ironia. O procurador ainda tentou, de acordo com a revista, conseguir explicações mas o ex-governante tomava tudo como um insulto, desviando a questão para a falta de acusação.
“Não é altura de metermos a mão na consciência, senhor procurador?”, questionou, referindo-se ao facto de terem decorrido seis meses sem uma acusação formal.
O procurador continuava, no entanto, a questionar e inquiriu sobre uns terrenos em Vale do Lobo e Angola, pertencentes a um primo de Sócrates. “Pergunte-lhe a ele, não o posso ajudar”, respondeu o socialista.
José Sócrates insistia em pedir contas à investigação. “Como é que o senhor se atreve a fazer-me imputações de corrupção em casas da Venezuela, concessões rodoviárias, TGV, Parque Escolar e, agora, o aeroporto? Se tem algum elemento, faça o favor de me apresentar”, atirava.
Rosário Teixeira respondeu com uma pergunta: “Admite que alguma vez o senhor Carlos Santos Silva tenha pedido contrapartidas à Lena invocando o seu nome?”. Sócrates responde que não. “Não, não admito, porque tenho a melhor das ideias do Carlos Santos Silva”, indicou.
“Não vá por aí, não vá por aí, pá”
O resto da conversa continua num tom muito crispado, dizendo o socialista que a acusação limita-se a “escrever corrupção e pronto”. Sócrates faz mais acusações aos procuradores e à “perseguição” de que diz ser alvo.
“Desculpe, eu não estou a ofendê-lo, estou a criticá-lo (…). O sr. Procurador não pode ser assim uma virgem vestal a quem não se pode dirigir uma crítica”, diz Sócrates, quando Rosário Teixeira se diz ofendido com as acusações.
A conversa termina com questões sobre viagens de fim de ano a Veneza, que Sócrates recebeu por dois anos seguidos quando era primeiro-ministro e cujas faturas foram alteradas. O socialista diz que não se lembra dos detalhes.
“Se me tivessem oferecido um fim de ano em Veneza, com certeza eu lembrar-me-ia de quem é que ofereceu. Por isso mesmo é que lhe foi feita a pergunta”, diz Rosário Teixeira. “Não vá por aí, não vá por aí, pá”, responde José Sócrates.
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