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20.12.12

Cavaco: o semipresidente de Portugal



O actual Presidente da República transformaria qualquer sistema presidencialista num semipresidencialismo, dada a sua tendência para ser constantemente semi. Cavaco sempre foi um semi político (...). Neste momento é um semirreformado. por um lado, trabalha; por outro, optou por recusar o salário e recebe uma reforma. (...) Que um semipaís possa ser chefiado por um semipresidente acaba por ser uma sorte. A estabilidade política também se faz desta semihomogeneidade.
Ricardo Araújo Pereira, Visão

24.11.12

Cavaco....silva!

O Presidente da República não faltou aos prémios Gazeta. Isto não era uma piada, aconteceu mesmo. E não só marcou presença como deixou em Belém o fato tradicional de Ramsés II. Vestiu-se, desta feita, de comediante. Não estou com isto a mandar uma indireta à habitual e estranha escolha de gravatas do senhor presidente, que devo confessar que já me proporcionaram muitos momentos de felicidade e boa disposição. Não estava a ser literal, o 'vestir' teve a ver com o estilo de comunicação utilizado e não com a farpela escolhida para usar no evento.
Vejamos. "Todos sabem que o silêncio do Presidente da República é de ouro, hoje a cotação do ouro foi 1.730 dólares por onça, uma onça são 31 gramas, mais 1,7% do que a cotação do ouro naquele dia de setembro em que a generalidade dos portugueses ficou a saber o significado da conjugação de três letras do alfabeto português: "tê, ésse, u" (TSU)", afirmou Aníbal Cavaco Silva.
Senhor Presidente, ao seu estilo parodiante de Lisboa respondo com as palavras sábias de António Sala, um entendido em matérias de ouro. Reza assim: "eu sou o António Sala e vejo o mundo em cada vez mais crises financeiras (...)". Ora até aqui estamos todos de acordo, com a única diferença de António Sala fazer questão de dizer isto trezentas vezes ao dia na televisão e na rádio e o senhor presidente optar pelo silêncio dourado, conveniente e quentinho. Mas continuando: "as dívidas dos países crescem indefinidamente e criam um fardo insustentável para as gerações futuras (...)". De certeza que V. Exa. nada tem a ver com isto, até porque não esteve envolvido na política nos últimos 35 anos, muito menos em cargos que possam ter ajudado a criar este monstro imparável e glutão. Nunca foi Primeiro-ministro deste país, nunca foi reeleito para o cargo, não é o atual Presidente da República depois de reeleito. Enfim, é apenas um tipo silencioso que sabe que isso vale ouro.
"A instabilidade política alastra-se por todo o globo, o desemprego atinge níveis inimagináveis..." Pois, isso é que é pior, mas não dramatize, senhor António Sala. Senhor Presidente, ainda estamos com vontade de rir? Mas há mais: "e os governos imprimem cada vez mais moeda colocando os mercados financeiros em instabilidade permanente".'Satisfeitinho' com a cotação, senhor presidente? Sempre a subir, esta maluca.
Ora vamos à parte boa, em que António nos vai resolver o problema, salvar o mundo e comprar o seu silêncio, esperemos que para toda a eternidade (política, entenda-se) porque confesso que sempre me incomodou. E aqui vai: "por isso, meus amigos, fico muito preocupado, e cada vez que posso compro ouro em forma de moedas ou barras...". Óptimo António, esperemos que também possas comprar ouro em forma de esfinge.
Resumindo, acho que devemos seguir os conselhos de António Sala, especialmente quando diz: "informe-se, proteja-se do caos financeiro e invista em estabilidade (...)". Chamemos imediatamente o senhor e ele que traga uma balança calibrada. Aproveitemos o valor do silêncio de ouro do Presidente, que pelos vistos está com boa cotação, pelo menos no entender do próprio, e livremo-nos deste bem 'duradouro' que tantas dores de cabeça nos tem trazido, ao longo de décadas.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/sr-antonio-sala-quer-comprar-o-silencio-de-ouro-do-presidente-cavaco-silva=f768995#ixzz2DBR2BzrU

23.11.12

Diz Henrique Monteiro: Cavaco, o silêncio, o ouro e o chumbo

Cavaco não tem jeito para dizer piadas. Não tem mal, nasceu assim. Esta é uma asserção semelhante a dizer que Herman José não tem jeito para ser Presidente da República. Cada um é para o que nasce. Mas, se não tem jeito, para que as diz?
Cavaco falou numa cerimónia de prémios de jornalismo para explicar que está em silêncio e lembrou que o silêncio é de ouro e que o ouro está a 1730 dólares por onça. Uma pessoa que saiba o valor das palavras e tenha apurado sentido de humor, não utiliza o vocábulo onça, porque o trocadilho com amigo da onça torna-se muito simples. E também não usa a expressão "estar calado" porque existe aquele provérbio que diz "o calado é o pior".
Tudo isto para se chegar à conclusão óbvia: ninguém quebra o silêncio apenas para explicar por que se mantém em silêncio. Se todos entendessem o silêncio presidencial como resultado de uma profunda reflexão (como pretendeu o Chefe do Estado no seu discurso), nenhuma explicação lhe seria exigida. O problema é que o silêncio de Cavaco, justa ou injustamente, tem sido tomado por dois motivos, ambos maus para ele: há quem pense que é desnorte e há quem pense que é cumplicidade.
Seja qual for o motivo, só lhe vale a pena usar da palavra para desmentir um, ou ambos, os motivos.
Twitter: @HenriquMonteiro https://twitter.com/HenriquMonteiro
Facebook:Henrique Monteiro http://www.facebook.com/hmonteir

9.3.11

Cavaco Silva toma hoje posse



O que esperar de Cavaco Silva?

09/03/11 00:04 | Económico 
 
O Presidente da República, Cavaco Silva, toma posse hoje, pelas 15:30. Quarenta e quatro dias depois de ter vencido as eleições, Cavaco Silva regressa ao Parlamento para discursar perante um País mergulhado em crise.
O que se espera para hoje? Um discurso à volta dos jovens, do desemprego, da crise, talvez com uns laivos de Justiça ou Educação e, talvez, com um tom mais apaziguador e mais animador do que aquele proferido na noite em que venceu as eleições. E não se espera que retome o discurso da "situação explosiva" porque a actual situação delicada dos mercados e dos juros da dívida pública assim o exige. Se o fizer, será uma irresponsabilidade tendo em conta o gelo fino em que estamos agora a pisar.
E o que se espera para os próximos cinco anos? À esquerda pede-se "estabilidade" e à direita os partidos preferem clamar por uma "magistratura activa". Com um Governo minoritário, os dois conceitos estão longe de ser incompatíveis. Com a tomada de posse de hoje, Cavaco recupera a totalidade dos seus poderes, incluindo o de dissolver o Parlamento. Mas, e basta ouvir o que dizem os empresários ouvidos na edição de hoje do Diário Económico, eleições antecipadas ou instabilidade política a curto/médio prazo seria apagar a réstia de luminosidade ao fundo do túnel. Mas também se exige de Cavaco uma "magistratura activa" que ajude a definir um rumo e prioridades, num Portugal onde alguns partidos estão demasiado agarrados ao poder e outros demasiado sôfregos para regressar a esse mesmo poder.