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31.10.12

Deputados insultados à saída do Parlamento

Deputados insultados à saída do Parlamento

Munidos de "very light", um grupo de estivadores impediu a saída de muitos deputados da Assembleia da República, após a votação do OE 2013.
Os deputados tentaram abandonar o Parlamento pela porta lateral, como habitualmente. Porém, perante o protesto dos trabalhadores dos portos, foram obrigados a recuar e a percorrer vários corredores, para chegar à outra porta lateral.
No exterior, apercebendo-se da movimentação, o grupo de estivadores dividiu-se e travou de novo a intenção de saída dos políticos. Só com a ajuda do contigente da PSP se pôde então sair da Assembleia, sob fortes apupos dos estivadores.
Milhares manifestantes concentraram-se em frente à Assembleia da República, desde que o Orçamento de Estado de 2013 foi aprovado, pelas 15 horas, e foram vários os movimentos que protestaram contra a proposta orçamental. Neste momento, a CGTP já terminou o protesto.
Junto à escadaria do Parlamento eram visíveis muitos elementos da organização do protesto do dia 15 de Setembro, "Que se lixe a Troika", da CNA (Confederação Nacional de Agricultores), dos Indignados, Precários Inflexíveis e manifestantes da CGTP, que incluíram a marcha da Função Pública.
"Estão a vender Portugal" ou "queremos um Governo que saiba governar" eram algumas das frases visíveis nos cartazes empunhados", secundados por canções de intervenção que saíam do sistema de som do movimento "Que se lixe a Troika".
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"Meyya"
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"La alegria en sus ojos"
Cuba - 29-10-2010
JoanMira
 

Assembleia de "clandestinos" vota Orcamento de Estado "às escondidas"!

Maioria antecipa encerramento do debate para evitar 'manif' à porta da Assembleia
Uma Assembleia e um governo de meros clandestinos que ja nada representam... vão votar o orcamento às "escondidas" so para não terem de enfrentar o Povo. O Povo de que eles são (ainda)representantes! A democracia em Portugal é ja uma miragem...
 
A grelha de tempos do debate previa uma sessão plenária à tarde. Mas Assunção Esteves antecipou a sessão para a hora do almoço. PSD e CDS chumbaram intenção do PCP em votar o OE às 15:00
O debate do Orçamento do Estado para 2013 tem uma grelha própria que previa um debate esta tarde, mas o mesmo já não acontecerá. Assunção Esteves anunciou às 12:45 que se passava, de imediato, para a sessão de encerramento que se prolongará por 100 minutos (tempo que derrapará sempre), sem interromper os trabalhos para o almoço, motivando os protestos das bancadas do PCP e do BE.
A presidente da Assembleia da República justificou-se dizendo que ontem muitas bancadas anteciparam tempos previstos para hoje e que tendo ganho esse tempo não havia necessidade de fazer sessão à tarde, como previsto. E revelou ter ontem consultado as bancadas para antecipar os trabalhos. O líder parlamentar comunista Bernardino Soares insistiu que isso seria razoável se a sessão da manhã tivesse terminado pelas 11:00 e não à hora de almoço.
Perante a discordância das bancadas, Assunção Esteves pôs à consideração a proposta do PCP em votar o OE às 15:00, que a maioria do PSD e CDS chumbou, com a bancada a abster-se ou a votar ao lado de bloquistas e comunistas.
Consequência prática: a votação do Orçamento acontecerá, em princípio, pelas 14:15/14:30, evitando em meia hora a manifestação de protesto contra o Orçamento do Estado prevista para as 15:00. Não haverá mais trabalhos depois da votação.

Diz o Daniel Oliveira: Cada um dos deputados é responsável pelo que nos acontecer

Os deputados vão aprovar hoje a destruição do País. Com base em previsões macroeconómicas que são uma fraude descarada (apenas 1% de recessão para o ano e crescimento no segundo semestre), aprovarão o maior ataque fiscal de que há memória no nosso País. Não para garantir as funções sociais e de soberania do Estado (essas, diz-se, vão ser "refundadas"), mas para continuar a pagar, sem sequer tentar negociar, uma espiral de juros de uma dívida impagável.
Com este orçamento conseguirão destruir a classe média, acabar com o mercado interno, lançar centenas de Pequenas e Médias Empresas para a falência, agravar brutalmente o desemprego, asfixiar definitivamente a economia, garantir enormes perdas fiscais para o Estado (não há impostos sem economia) e adiar ainda mais um crescimento económico indispensável para o País pagar as suas dívidas e sustentar-se a si próprio. Este orçamento não é apenas socialmente criminoso. É irresponsável.
Os deputados representam os cidadãos, não representam partidos políticos ou governos. Cada um é deles é responsável pelo seu voto, que não é delegável em nenhum líder parlamentar. Nenhum deles se pode esconder atrás da disciplina partidária ou de declarações de voto inconsequentes. Cada um deles, nominalmente, será responsável por todas as consequências que este orçamento venha a ter para o País. Não vale a pena, daqui a um ou dois anos, criticarem as decisões que tomaram, como se elas lhes fossem estranhas. Este orçamento é dos deputados porque foi para isso mesmo que os elegemos a eles e não aos ministros. É o governo que lhes deve obediência, não o oposto.
Se aprovarem um orçamento em que, como já todos perceberam, não acreditam, os deputados que suportam a maioria terão de ser, cada um deles, responsabilizados por todas as consequências económicas, sociais e políticas que dele advenham. E se elas forem a que toda a gente com o mínimo de bom senso prevê, os portugueses não se devem esquecer dos seus nomes. Quem falha num momento destes não deve continuar na vida política. Nem como deputado, nem como ministro, nem como presidente de uma junta de freguesia. Em próximas eleições, a forma como cada um destes representantes dos cidadãos tiver votado deve ser exibida como o mais importante elemento do seu currículo político. Se soubessem que assim seria talvez pensassem duas vezes antes de votar.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/cada-um-dos-deputados-e-responsavel-pelo-que-nos-acontecer=f763329#ixzz2At3apFs9