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12.9.12

Foto - Nuvens espectaculares - Mammatocumulus

Mammatocumulus recebe esse nome pois sua formação assemelha-se ao seio de uma mulher


Mammatocumulus recebe esse nome pois sua formação assemelha-se ao seio de uma mulher - Mark D Callanan/Getty Images

XXIV Ano do desaparecimento de Carlos Paião - Video - Musica



Diz Paulo Gaião: "Portugal à beira de ter a sua Praça Tahrir"

E agora? Agora é só uma questão de tempo até Passos Coelho cair. Um Passos sem visão estratégica perante o seu país e a própria troika, sem coragem para tomar as decisões mais difíceis (ainda que nos iluda do contrário), um mero liquidador de impostos que nem chegaram para abater no défice e que recusou a oportunidade que a troika lhe deu de mudar a face do país. Quem rezará por ele? Talvez só Miguel Relvas.
O contrato mínimo de confiança de Passos com os portugueses rompeu-se aos bocadinhos numa só semana. Primeiro com a intervenção ao país de 7 de Setembro. Depois com a mensagem serôdia no Facebook. Ontem com os impostos para os mais ricos anunciados por Vitor Gaspar, que as classes médias já só conseguem ver como alibi para o governo lhes atirar a bazooka fiscal para cima, não fazer reformas profundas em todas as áreas do Estado e afrontar, a bem ou a mal, os interesses corporativos que pululam por todo o lado, no sector das Forças Armadas, da Saúde, da Justiça, da Energia, das PPP, do SEE, da administração central e local.
Mas mesmo perante o Apocalipse, os jogos políticos não páram. De Paulo Portas. Da matilha laranja. Que pede mudanças para que tudo fique na mesma e não se façam verdadeiras rupturas no regime.
Paulo Portas já afia o dente. Até o lobby da RTP apelou ao seu patriotismo e ele aproveita. É como patriota (já sem rebuço de o dizer) que se mantém reservado, convoca a Comissão Política e o Conselho Nacional do partido. Para dramatizar e sair de lá ainda mais patriota. Irá, claro, manter o apoio à coligação por amor a Portugal. Não será ele a dar o tiro fatal a Passos, porque espera ganhar com este ato de misericórdia.
Mas até lá fará perceber ainda mais ao povo que está contra a violência fiscal e as privatizações ao desbarato mas que nada pode fazer porque é só um pequeno partido de dois dígitos com pouco valor.
Esperará, sim, que a matilha social-democrata que já se atirou a Passos devore por inteiro este homem que morre sem glória para a política laranja quase como nasceu, a jogar para positivos e negativos numa mesa de King em Vila Real.
Paulo Portas pensa que chegou finalmente a sua hora. A hora em que o CDS vai aproximar-se na casa dos 20% do PSD nas próximas eleições legislativas (que podem ser ainda primeiro que as autárquicas). Se não ultrapassar mesmo os social-democratas... Fazendo ao PSD o que o Syriza grego fez aos socialistas do PASOK
Só há um pequeno problema nos planos de Portas. A matilha social-democrata que vai matar Passos quer provar aos portugueses que nunca gostou do líder do PSD, nunca se misturou com ele e que prestou um grande serviço ao país ao abatê-lo.
Espera, claro, recompensa nas urnas... como partido regenerado que cortou com o passadismo, seja com Rui Rio, Morais Sarmento, Paulo Rangel ou mesmo Alexandre Relvas...
No fim, ganhe este novo PSD ou o PS de António José Seguro (que alinha com o actual sistema e não apresenta alternativas credíveis), o país está sempre entalado
Sem um vendaval na vida política portuguesa antes que seja tarde, novos partidos, novos actores políticos e sociais, novas propostas e rupturas, isto já não vai lá. Talvez uma coisa à islandesa, ou à egipcia.
Vitor Gaspar apelou ontem na SIC à formação de movimentos cívicos para lutar contra os interesses que cativaram o Estado. É a primeira vez que um ministro e um político o diz em Portugal com tanta clareza. E é o espelho da impotência do governo, prenúncio do que aí pode vir. Portugal pode estar à beira da sua Praça Tahrir
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/portugal-a-beira-de-ter-a-sua-praca-tahrir=f752608#ixzz26I27Cm8F

A imagem do dia 12-09-2012

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M7: Open Star Cluster in Scorpius
Image Credit & Copyright: Dieter Willasch (Astro-Cabinet)

Explanation: M7 is one of the most prominent open clusters of stars on the sky. The cluster, dominated by bright blue stars, can be seen with the naked eye in a dark sky in the tail of the constellation of the Scorpion (Scorpius). M7 contains about 100 stars in total, is about 200 million years old, spans 25 light-years across, and lies about 1000 light-years away. The above deep exposure was taken from Hakos Farm in Namabia. The M7 star cluster has been known since ancient times, being noted by Ptolemy in the year 130 AD. Also visible are a dark dust cloud and literally millions of unrelated stars towards the Galactic center.

Constitucionalistas. necessário que o Presidente da República, desta vez, cumpra as suas funcões

Tribunal ConstitucionalOs constitucionalistas Jorge Miranda, Jorge Bacelar Gouveia e Reis Novais consideram que o Presidente da República pode e deve pedir a fiscalização preventiva do próximo Orçamento, considerando que não se coloca a questão de o país poder ficar sem orçamento.
“[O Presidente da República] Deve pedir a fiscalização preventiva e acho que deve exigir uma resolução do problema na Assembleia da República, através de um compromisso, como noutros países se tem tentado fazer. Mas de qualquer maneira deve pedir a fiscalização preventiva até para que esta questão não venha a inquinar toda a vida politica, económica e social no ano de 2013. Portanto, convém que esta questão seja resolvida o mais cedo possível”, afirmou Jorge Miranda.
O constitucionalista, que falava aos jornalistas na Faculdade de Direito à margem de uma conferência sobre “A austeridade vista pelo Tribunal Constitucional”, reiterou ainda o que já tinha manifestado publicamente quando o primeiro-ministro anunciou, na sexta-feira, novas medidas de austeridade.
“É difícil qualificar como inconstitucional um discurso, o que é inconstitucional é uma norma que eventualmente venha a ser aprovada. Mas algumas destas medidas, pelo menos suscitam graves dúvidas de inconstitucionalidade”, acrescentou, referindo que estão em causa questões de “igualdade.
Também o constitucionalista José Reis Novais, presente na mesma conferência, defendeu que o Presidente da República deve pedir a verificação da constitucionalidade do orçamento antes de o promulgar.
“Do meu ponto de vista é possível. Não só possível, é imprescindível e necessário que o Presidente da República, desta vez, cumpra as suas funções. E cumpra as funções como disse que as ia cumprir, porque no primeiro mandato disse que não ia fazer como o doutor Mário Soares e que sempre que dúvidas de constitucionalidade ia colocar essas duvidas ao Tribunal Constitucional. E não o tem feito”, afirmou Reis Novais, que foi assessor dos ex-presidentes Mário Soares e Jorge Sampaio e recusou este ano o convite do PS para ser candidato a juiz do Tribunal Constitucional.
“Não o pode fazer? Pode. Em primeiro lugar, a lei da Assembleia da República não tem de vir à última da hora. Se a proposta de lei é apresentada em outubro há perfeitamente tempo, se a maioria não quiser bloquear o sistema, de a lei chegar ao Presidente da República em tempo de se resolver em sede de fiscalização preventiva. Pode limitar o tempo. E depois mesmo se não tivermos orçamento em janeiro, não há problema nenhum, já muitos anos isso aconteceu. Não gera problema nenhum na organização das finanças públicas”, acrescentou.
Para Reis Novais, o argumento que Cavaco Silva usou de que o país poderia ficar sem orçamento, é por isso, “de alguma forma, falacioso”: “É óbvio que podia pedir e pode. Pode dar 10 dias ao Tribunal Constitucional para se pronunciar. Não atrasa nada”, disse, acrescentando que não se pode voltar a colocar o TC perante “algo consumado”, como aconteceu nos dois últimos anos.
E a responsabilidade, disse, não é só do Presidente, mas também do Governo PSD/CDS, do PS (“que fez tudo para o caso não chegar ao TC, e proibiu quase deputados do grupo parlamentar de levar o caso ao TC”) e do PCP.
“E depois o TC saiu com aquela bomba que ninguém esperava, pelos vistos”, acrescentou.
Também Jorge Bacelar Gouveia, constitucionalista e ex-deputado do PSD considerou que Cavaco Silva “está obrigado moralmente” a enviar o próximo orçamento para o TC, “até para evitar um problema de funcionamento do Estado do ponto vista do seu financiamento”.
Bacelar Gouveia reconheceu que “o ‘timing’ é muito apertado”, mas, acrescentou, “podia haver uma combinação entre o Presidente da República e os partidos” para se antecipar a aprovação do Orçamento. Cavaco Silva, acrescentou, poderá ainda pedir ao TC que faça a fiscalização “de uma forma mais rápida” em 15, 10 ou oito dias, como prevê a Constituição da República.
“Isso seria uma solução concertada, processual, deixando o tribunal inteiramente livre e com o tempo necessário para dizer se essas normas são ou não inconstitucionais. Penso que os portugueses e a política ganhariam muito com isso”, afirmou.
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