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10.3.12

Diz Daniel Oliveira: "Não reduzir os salários na TAP? Claro!"



Ao que tudo indica, os trabalhadores da TAP vão conseguir ficar de fora das reduções salariais para a Função Pública e empresas do Estado, exceção feita ao saque aos subsídios de Natal e de Férias. Antes de comece a conversa do costume, estamos a falar dos trabalhadores da TAP, e não apenas dos pilotos. Ao contrário do que se pensa, a maioria deles não recebe propriamente nenhuma fortuna. É possível que a Caixa Geral de Depósitos siga este exemplo. O argumento que se apresenta é este: são duas empresas que vivem em ambiente de concorrência. Uma queda salarial pode resultar em perda de quadros.
Algumas coisas a dizer sobre o assunto:
1. Cada trabalhador que consiga não perder parte do seu salário tem o meu aplauso. A redução salarial é um erro. É um erro para a saúde da nossa economia e para as contas do Estado, que perderá milhões em impostos. Quanto menos for aplicado mais ficamos todos a ganhar.
2. A aplicação destas reduções apenas à Função Pública e a empresas do Estado é já, por si só, um ato discriminatório. Defender coerência e justiça numa decisão incoerente e injusta não faz grande sentido. Se o governo tem dois pesos e duas medidas não deve causar grande escândalo que tenha três, quatro ou cinco pesos e medidas. A discriminação é a marca desta decisão contra os trabalhadores do Estado. Ponto.
3. Talvez o argumento mais evidente, que torna a campanhia aérea diferente das restantes empresas do Estado, é que a TAP não recebe, por impedimento comunitário, subvenções do Estado. A razão é simples: seria, nas cabeças liberais europeias, uma perturbação da sacrossanta concorrência. É estranho que, na hora de reduzir salários, o Estado passe a tomar decisões sobre dinheiro que não é propriamente seu. O mesmo Estado que não dá um tostão a uma empresa decide como ela deve gastar o dinheiro que resulta exclusivamente dos seus resultados? Como não põe dinheiro na TAP, o Estado não iria poupar um tostão com estas reduções salariais. Pelo contrário, iria apenas perder em impostos.
4. Os salários dos trabalhadores das empresas de capitais públicos não estão indexados aos salários da Função Pública. Não faz sentido que, na hora dos cortes, passem a estar.
5. Em processo de privatização, os salários cortados em empresas como a TAP ou a REN irão, na realidade, para o bolso dos novos acionistas que, provavelmente, nem empresas portuguesas serão. Ou seja, é dinheiro que será retirado à nossa economia e à capacidade de consumo dos portugueses.
6. O argumento da concorrência é mesmo o único que não me interessa. No mercado de trabalho, todos concorrem com todos. A Função Pública, por exemplo, tem quadros superiores que os privados cobiçam. Os hospitais estão a perder, todos os dias, os seus melhores médicos. O argumento da concorrência aplica-se a todos. Mas se este argumento vingar, também tem de ser aplicado ao ensino, à saúde e, claro, à RTP. Todos lidam com concorrentes privados.
Não, não alinho na estratégia nacional de colocar trabalhadores contra trabalhadores para nivelar todos por baixo. Trabalhadores do privado contra trabalhadores do público, trabalhadores do público contra trabalhadores do privado, funcionários públicos contra trabalhadores de empresas do Estado, desempregados contra empregados, trabalhadores precários contra trabalhadores com vínculo, jovens trabalhadores contra os mais velhos. Perante uma medida errada, a vitória de cada um só me pode satisfazer. Quem gasta as suas energias a defender a generalização da asneira faz um favor aos promotores da asneira. Por isso, espero que os trabalhadores da TAP consigam ficar de fora da asneira. No caso, até há, como se viu, bons argumentos para esta decisão. E que, abrindo o precedente, outros consigam o mesmo.


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Mourinho bate mais um recorde em Espanha


José Mourinho não para de bater recordes

José Mourinho vai dirigir amanhã, em Sevilha, o seu encontro centenário pelos galáticos do Real Madrid, marco que lhe valerá o título de melhor treinador de sempre do futebol espanhol nas primeiras 100 partidas.
Os jornais do país vizinho 'Marca' e 'As' destacam o feito do português, que qualquer que seja o resultado do jogo irá superar os registos vitoriosos dos até agora recordistas Pep Guardiola e Miguel Muñoz.
Desde que chegou a Madrid, José Mourinho orientou 99 jogos, ganhou 76, registou 13 empates e somou 10 derrotas, resultados que asseguram um percurso 76,7% vitorioso, uma percentagem melhor do que a do rival Pep Guardiola ou de Miguel Munõz, ambos com percursos 70% ganhadores nos primeiros 100 jogos no futebol espanhol.
Líder isolado da Liga espanhola a uma distância de 10 pontos do Barcelona, José Mourinho aposta ainda em vencer esta época a sua terceira Liga dos Campeões, após ter levantado o troféu no comando do FC Porto e do Inter de Milão.
Caso repita esta época o feito pelo Real Madrid, o treinador português dificilmente permanecerá no cargo, um cenário que a imprensa espanhola avança já estar a ser acautelado pelo presidente do clube, Florentino Pérez. Nas duas vezes que se tornou campeão europeu, José Mourinho forçou a saída (paga) de ambos os clubes.
O plano B do presidente do Real Madrid poderá passar pela escolha do alemão Joaquim Low, treinador com que terá reunido num hotel em Madrid, no fim de semana passado.


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Diz o embaixador "Seixas da Costa" - Raspadinha

Uma cidadã brasileira comprava uma "raspadinha", à hora de almoço, numa tabacaria de Lisboa. Não percebi bem a propósito de quê, disse para a vendedora:

- Eu sou corintiana, estou habituada a sofrer.

Para logo acrescentar:

- Por isso, cá em Portugal, sou pelo Sporting.

Ah! valente!

Diz o "Diabo" - Os Problemas dos Portugueses

A qualquer observador descomprometido parece que o grave problema em Portugal anda à volta dos GAY. Outros dirão que roda sobre os imigrantes que vêm de todas as partes do Mundo, deletérios, mal falando a língua, doentes e pedintes. Outros ainda dirão que a questão reside nos ciganos que distribuem droga, têm Mercedes e recebem grandes subsídios, arrancados à custa de ameaças às serventuárias do Serviço Social, que vão no meio deles fazer inquéritos às suas necessidades para atribuir uns euritos aqui e ali. Alguns, observando a onda de pobreza encapotada em Portugal, dirão que o problema está aí: caem no meio da miséria mais sórdida (fome) famílias inteiras enquanto outros se banqueteiam com o dinheiro público e outros ainda recebem os mais diversos subsídios para fazer nada de nada. Dentro dos problemas não existentes como sérios, podem ainda destacar-se mais alguns: o racismo que parece galopar nos bairros sociais, o crime violento com morte e balada para um funeral, os políticos com assento na Assembleia que parecem baralhados e com uma aptidão violenta para os negócios mais ou menos legais, a organização dos advogados apostada em dificultar a vida a Lei.
Torna-se premente perceber que estes não são problemas verdadeiros e que derivam do eco que lhes dão os meios de comunicação de massa, a começar pela televisão. A acreditar nela, agora, os portugueses estariam interessados em oferecer perfumes caros e refinados, carros de alta cilindrada e mais humildemente comer bacalhau do Lidl. Ninguém acredita nisso. Porque é que têm de acreditar no resto dos outros problemas?