12.10.15

"O governo de Passos e Portas acabou hoje", diz Catarina Martins



A líder do Bloco de Esquerda justificou a convicção dizendo que esse governo "não terá apoio no parlamento" e que "há uma outra solução de governo que responde à vida das pessoas e que pode ser a alternativa de que o país prescisa".
Catarina Martins considerou que "estão dados os passos" necessários para "um governo que consiga cumprir a Constituição da República Portuguesa". A porta-voz do BE criticou Cavaco Silva, dizendo que o Presidente da República, "quando falou de estabilidade, falou de quase tudo, menos da Constituição". Por isso, Catarina Martins diz que o Bloco tem "uma divergência" com Cavaco Silva, uma vez que entende que "o primeiro garante de estabilidade" é que Constituição seja cumprida.
Por seu lado, o secretário geral do PS classificou a reunião como "interessante" e considerou que "há margem" para uma aproximação de posições entre os dois partidos. António Costa afirmou que foi possível encontrar um conjunto de "pontos de convergência".
Costa sublinhou que "foram identificadas matérias que podem dar suporte a um entendimento sólido, estável". Por isso, PS e Bloco vão agora "desenvolver trabalho técnico" para concretizar os pontos de entendimento, "limar divergências" e "alargar o que possa ser a base de sustentação de uma solução governativa estável para o país".
A reunião entre o Bloco de Esquerda e o PS prolongou-se durante quase duas horas. Além de António Costa, os socialistas estiveram representados pelo presidente do partido, Carlos César, por Ana Catarina Mendes e Pedro Nuno Santos, dirigentes, e por Mário Centeno, coordenador macroeconómico dos socialistas.
No encontro com os jornalistas depois da reunião, o secretário geral do PS anunciou que a reunião da comissão política não vai realizar-se amanhã, como previsto, porque as propostas da coligação PSD/CDS ainda não foram entregues aos socialistas.
TSF - Portugal

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