Japão: radiação em alimentos muito mais séria que previsto

A radiação em alimentos libertada pela central nuclear de Fukushima, fortemente danificada pelo sismo e tsunami que atingiram o Japão, é um problema muito mais sério do que inicialmente se pensava, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

"É óbvio que é uma situação séria. É muito mais sério que qualquer pessoa pensou nos primeiros dias, quando pensávamos que este tipo de problema se poderia limitar a 20 ou 30 quilómetros" à volta da central, afirmou Manila Peter Cordingley, porta-voz do gabinete da OMS para o Pacífico ocidental.

As autoridades nipónicas detectaram níveis de iodo radioactivo três vezes superior ao limite legal na água de Litatemura, localidade com 4000 habitantes situada a 40 quilómetros da central nuclear. Mesmo assim, o governo diz que estes valores não representam um risco iminente para a saúde, escreve o El Mundo.

O mesmo afirmam os governantes em relação aos alimentos produzidos naquela região, mas decidiram optar por uma estratégia de prevenção e proibiram a venda de leite por processar e espinafres produzidos em regiões atingidas pela radiação de Fukushima. E poderão hoje mesmo aumentar a lista de restrições.