O vice-cônsul de Portugal em Porto Alegre está a ser investigado por suspeita de desvio de dinheiro da arquidiocese local, uma acusação negada pelo próprio, que é também alvo de um inquérito do Ministério dos Negócios Estrangeiros português.
Segundo a polícia civil de Porto Alegre, citada pela imprensa brasileira, o vice-cônsul de Portugal em Porto Alegre, Adelino Pinto, terá servido de intermediário de um suposto investimento de 12 milhões de reais a realizar por uma Organização Não-Governamental (ONG) belga no restauro de duas igrejas de origem portuguesa na região: a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, e a do Bom Senhor, em Triunfo, na região metropolitana.
Neste contexto, e de acordo com a edição on-line do jornal Estado de S. Paulo, em Dezembro do ano passado três párocos de Porto Alegre deslocaram-se a Portugal para um encontro com os representantes da ONG, tendo-lhe sido pedido o depósito de cerca de 2,5 milhões de reais (1,07 milhões de euros), valor que seria devolvido à diocese até 31 de Janeiro, o que não aconteceu.
De acordo com o coordenador da pastoral de Porto Alegre, o padre Leandro Padilha, citado pelo jornal ZeroHora, para agilizar o processo a verba terá sido depositada na conta do vice-cônsul português que a terá movimentado.
«Agora não sabemos onde foi parar o dinheiro», disse, adiantando contudo que já foram contactados pelo vice-cônsul português a dizer que até 11 de Abril o dinheiro será devolvido.
Em declarações ao Estadão, Adelino Pinto admitiu que o dinheiro foi depositado na sua conta, mas afirmou que o transferiu para a referida ONG, que não foi identificada.
Por seu lado, o advogado do vice-cônsul, Amadeu Weinmann, disse ao ZeroHora que o seu cliente «fez um favor», ajudando a obter recursos para o restauro das igrejas.
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire