10.9.13

Texto - Portugal: Miséria premeditada?


Se Portugal, com os seus modestos 10 milhões de habitantes, apenas consegue oferecer um salário de 500 €uros aos seus diplomados, se ainda por cima (neste caso por baixo), tem cedido  ao ultimato de troikas, Banco €uropeu, FMI… e outros tantos agiotas, se incentiva os jovens a “ir ganhar experiência para o estrangeiro”, se organiza o desemprego para que, segundo as sacrossantas regras do liberalismo, o preço do trabalho seja cada vez menos oneroso para os patrões, se se alheia do destino dos seus idosos, jovens, reformados, doentes… Cabe-nos colocar uma questão central: a que servem aqueles que elegemos para dirigirem os destinos do Pais?
 
E segue-se, de imediato, uma questão corolaria: quem se quer candidatar a reinar no deserto?
 
Todos sabemos que o capitalismo só tem um único objectivo: permitir ganhar muito dinheiro aos mais hábeis e espertos mediante a submissão dos escravos dos tempos modernos que são os trabalhadores.
 
Sabemos isso e aceitamos porque é a “regra do jogo”.
 
Antigamente e no inicio desta era, era assim; mas a sociedade foi-se organizando para constituir um contrapeso social à “manha” daqueles, através de Leis devolvendo justiça à grande maioria dos menos poderosos… Instaurou-se a Democracia.
 
Hoje em dia, quase após 40 anos da “Revolução da Esperança”, resta-nos contar os sobreviventes e observar a raiva de muitos que foram espoliados da sua Nação!
 
Governante, político de todos os bordos, Portugal não vos pertence; pertence-nos a todos!
 
Ou então, um dia, uma tarde ou noite sangrenta, vai encontrar-se a dirigir um Pais sem Povo nem eleitores… E depois, no Pais deserto das forcas vivas que o sustentavam, aperceber-se-à  que sem trabalhadores, deixa de existir aquilo que mais o tenta: o dinheiro…
 
E você, excelência, terá, também, de emigrar para tentar enganar outros…
 
Olhe que no estrangeiro é mais difícil!
 
Bordeaux, 10 de Setembro de 2013.
 
JoanMira 
 
 

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