Se Portugal, com os seus modestos 10 milhões de habitantes, apenas
consegue oferecer um salário de 500 €uros aos seus diplomados, se ainda por
cima (neste caso por baixo), tem cedido ao ultimato de troikas, Banco €uropeu, FMI… e
outros tantos agiotas, se incentiva os jovens a “ir ganhar experiência para o
estrangeiro”, se organiza o desemprego para que, segundo as sacrossantas regras
do liberalismo, o preço do trabalho seja cada vez menos oneroso para os
patrões, se se alheia do destino dos seus idosos, jovens, reformados, doentes…
Cabe-nos colocar uma questão central: a que servem aqueles que elegemos para
dirigirem os destinos do Pais?
E segue-se, de imediato, uma questão corolaria: quem se quer candidatar
a reinar no deserto?
Todos sabemos que o capitalismo só tem um único objectivo: permitir
ganhar muito dinheiro aos mais hábeis e espertos mediante a submissão dos
escravos dos tempos modernos que são os trabalhadores.
Sabemos isso e aceitamos porque é a “regra do jogo”.
Antigamente e no inicio desta era, era assim; mas a sociedade foi-se
organizando para constituir um contrapeso social à “manha” daqueles, através de
Leis devolvendo justiça à grande maioria dos menos poderosos… Instaurou-se a
Democracia.
Hoje em dia, quase após 40 anos da “Revolução da Esperança”, resta-nos
contar os sobreviventes e observar a raiva de muitos que foram espoliados da
sua Nação!
Governante, político de todos os bordos, Portugal não vos pertence;
pertence-nos a todos!
Ou então, um dia, uma tarde ou noite sangrenta, vai encontrar-se a
dirigir um Pais sem Povo nem eleitores… E depois, no Pais deserto das forcas
vivas que o sustentavam, aperceber-se-à que sem trabalhadores, deixa de existir aquilo
que mais o tenta: o dinheiro…
E você, excelência, terá, também, de emigrar para tentar enganar
outros…
Olhe que no estrangeiro é mais difícil!
Bordeaux, 10 de Setembro de 2013.
JoanMira
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