REFLEXÃO
Este nómada compulsivo, esta, novamente em Terras gringas; desta feita no Rio de Janeiro; sei que o paradigma de Andorra não vai Repetir-se; não tenciono ficar décadas virando carioca…
Mas tão-somente permanecer alguns tempos Na Cidade Maravilhosa. E, logo que beneficie de brisa Astral, poder rumar à velha
Europa para me Reencontrar com filhos e netos, se Deus quiser.
Com eles ficarei contemplando o escasso Tempo do “Final countdown”, desta efémera Passagem. Neste belo e estranho continente Nada me falta; a não ser a proximidade dos Que amo.
A saudade, complexo e “sui-generis” Sentimento Português, eis que pela primeira Vez o sinto longe do meu Pais; mesmo, ou Sobretudo, porque vivendo na cidade Maravilhosa!
Distribuir o amor e o carinho, de que eu Próprio há muito careço, à medida que vão Desaparecendo familiares e amigos, vai Continuar a ser o meu objectivo essencial. ...Quando a minha hora chegar...
E já que por nisso estes sentimentos soltos Aqui me conduzem, reitero, aos amigos que Ainda não o saibam, que quero ser sepultado, Em pequeno e luso cemitério;
De modo que assim, de quando em vez, os Sobreviventes que se lembrarem de mim se Reúnam, riam, lembrando os meus melhores Momentos, e me deixem algumas flores.
Mas isto, estou convicto, não será para as Próximas horas! Neste momento estou Energicamente vivo, cumprindo a minha derradeira Missão no consulado do Rio de Janeiro.
Costuma-se render homenagem a toda Criatura que “Vai para o Céu”; mesmo ao Maior dos criminosos se encontram frases de circunstância para enaltecer o que de menos pior fez… é da praxe.
Pessoalmente não tenho nada contra isso; como diz o meu Amigo Daniel Oliveira: “Bem pelo contrario”.
Rio de Janeiro, 14 de Maio de 2012.
JMIRA
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