ANTIGAMENTE
"Il y a des raisons que le cœur ne reconnaît pas".
Não sei porquê veio-me à memoria uma velha e bela cantiga do poeta angolano Valdemar Bastos; o sofrimento, alicerçado pelo sentimento de injustiça, induz a latente revolta que pode, no mínimo, transformar-se em rebelião; estou nesta situação factual devido ao incurial comportamento de certo superior dito hierárquico…
Este intróito vem a propósito de algo que ressurgiu na minha memoria: uma bela cantiga:
« Antigamente » ; o texto, lindo, do poeta angolano, Valdemar Bastos diz a certa altura:
“Antigamente, a velha Chica vendia cola e gengibre e lá pela tarde ela lavava roupa do patrão importante; e nós os miúdos lá da escola perguntávamos à vóvó Chica qual era a razão daquela pobreza, daquele nosso sofrimento.
“Xé menino, não fala política, não fala política, não fala política.”
Mas a velha Chica embrulhada nos pensamentos, sabia, mas não dizia a razão daquele sofrimento.
“Xé menino, não fala política, não fala política, não fala política.”
E o tempo passou e a velha Chica, só mais velha ficou. Ela somente fez uma kubata com teto de zinco.
“Xé menino, não fala política, não fala política.”
Mas quem vê agora o rosto daquela senhora, só vê as rugas do sofrimento! E ela agora só diz:
“Xé menino, quando eu morrer, quero ver o Mundo em paz, sem sofrimento…
***
Patologias cronicas ou passageiras tais como autoritarismo agudo ou demência prolongada, acentuada por complexos de autoritarismo e prepotência, agudizados pelo auto-reconhecimento de incompetência também se tratam de uma maneira ou de outra!
Nem sequer me estou a lembrar do Ministério dos Negocios Estranhos!!!
Rio de Janeiro, 21 de maio de 21-05-2012
JMIRA.
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