13.5.12

Descobrindo o Rio de Janeiro


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Em 1567, o núcleo original da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi transferido da Urca para o Morro do Castelo. Aos poucos, a população começou a ocupar a planície localizada entre os morros do Castelo, de Santo Antônio, de São Bento e da Conceição e a aterrar os pântanos e lagoas existentes, na área hoje conhecida como Centro da Cidade.
Da segunda década do século XVIII em diante, foram realizadas diversas obras (como o Aqueduto da Carioca), implantados serviços, abertas novas vias e pontes. Mais tarde, com a mudança da Capital do Vice-Reinado para o Rio, em 1763, e, principalmente, com a chegada da Família Real, em 1808, o Centro passa por uma profunda remodelação.
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Até meados do século XIX, contudo, o Rio ainda era uma cidade modesta, em decorrência da inexistência de transportes coletivos. Em 1868, com a inauguração da primeira linha de bondes, uma nova era se iniciava para a Cidade, que veio a ter como seu símbolo a Rua do Ouvidor, no coração do Centro.
Com a reforma urbana promovida por Pereira Passos, na primeira década do século XX, o Centro passou por uma transformação radical, com a derrubada de cortiços e edificações precárias e a abertura e o alargamento de ruas. Surgem a Avenida Central, atual Rio Branco, e a Avenida Beira-Mar, praças antigas são reformadas e são construídos o Teatro Municipal, a Biblioteca Nacional, dentre inúmeros outros projetos.
Grandes transformações também ocorreram em 1920, com o desmonte do Morro do Castelo e, em 1944, com a inauguração da Avenida Presidente Vargas, que arrasou quarteirões inteiros e fez desaparecer monumentos arquitetônicos e praças históricas. Já a década de 1950 é marcada pelo início do processo de esvaziamento do Centro e a década de 1960 pela construção dos viadutos e pistas expressas elevadas que existem hoje no bairro.
Contudo, apesar da degradação de várias das suas áreas, o Centro continua a ser o segundo centro financeiro do País e a principal referência da Cidade, abrigando os seus principais monumentos e marcos históricos, além de um grande número de prédios comerciais, museus, restaurantes tradicionais, centros de pesquisa e universidades.
Iniciativa: Antonio Loulé - Vice Presidente do Real Gabinete Português de Leitura.
Edicão: JMIRA.

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