Joana Marques Vidal diz que continuam pendentes processos contra cidadãos
angolanos e alerta para separação entre os poderes judicial e político.
A procuradora-geral da república, Joana Marques Vidal, arrasou
ontem o pedido de desculpas do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete,
ao governo angolano, pelas investigações judiciais em Portugal contra cidadãos
daquele país.
Em entrevista à Rádio Nacional de Angola (RNA), Machete assegurou: "Não há nada substancialmente digno de relevo e que permita entender que alguma coisa estaria mal, para além do preenchimento de formulários e de coisas burocráticas."
Em entrevista à Rádio Nacional de Angola (RNA), Machete assegurou: "Não há nada substancialmente digno de relevo e que permita entender que alguma coisa estaria mal, para além do preenchimento de formulários e de coisas burocráticas."
Ontem, em comunicado, Joana Marques Vidal garantiu que continua a haver
"processos pendentes" contra figuras públicas angolanas – que envolvem nomes
como os do PGR de Angola , João Maria de Sousa, o ex-presidente do BESA Álvaro
Sobrinho, o vice-presidente do BCP, Carlos Silva, e as filhas do presidente
angolano –, havendo "suspeitos" e "queixosos". A PGR sublinha que os processos
estão em segredo de justiça e que "o respetivo conteúdo só é acessível aos
intervenientes", desvalorizando as palavras de Machete. Lembrou ainda "o
princípio da separação entre os poderes" e a "autonomia do Ministério
Público".
Em resposta, Machete disse ontem que "não tinha intenção de interferir" com as competências do MP e que o que disse "resulta da interpretação" que fez do comunicado do DCIAP de 13 de novembro de 2012".
Em resposta, Machete disse ontem que "não tinha intenção de interferir" com as competências do MP e que o que disse "resulta da interpretação" que fez do comunicado do DCIAP de 13 de novembro de 2012".
CM
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