4.10.13

Texto - "Doutorzecos merdosos"


Esperançado em ser humano e, por vezes amanhado de “homem de gravata às riscas” (dixit Stau Monteiro), não necessito de qualquer tortura moral para confessar o intuito de busca da verdade que sempre me acompanhou na  vida profissional.

 

Ao “longo de uma longa” carreira ao serviço, não do Estado mas sim de muitos palermas arrogantes e incompetentes, que conseguiram ser qualquer coisinha graças aos paizinhos, que já tinham logrado qualquer porcaria de situação de destaque da mesma forma, chego à conclusão, talvez um pouco exagerada, de que os males do nosso Pais não provêm dos que trabalham mas sim dos que, nada fazem.

 

O importante é “parecer”, sem nunca fazer! Por isso procuram de forma insistente e doentia o jornalista que lhes vai tirar frequentemente o retrato; é que uma imagem num periódico é sempre bom para que a hierarquia “mais superior” saiba que o gajo não morreu; não faz nada mas aparece na imprensa; isso sim é importante.

 

Entre alguns tédios  “despachos”, depois de muito bocejar, algumas dessas criaturas podem entrar também em estado segundo, imaginando serem pessoas de muito valor; e então começam a expelir tantas ordens aos seus subordinados que quando chegam ao fim já nem se lembram do motivo da excitação exacerbada.

 

Mas, “bipolarité oblige”, retomando as rédeas da sua vida fracassada, tentando, agora com um tanto de sensatez, apagar o patológico complexo de que também sofrem; ei-los, subitamente, a ocupar o seu tempo de serviço com qualquer predilecta, estúpida e cínica manha: amedrontar os “seus” funcionários e "parir" despachos do tipo: “Faça-se em conformidade”!...

 

E o funcionário executa, não a ordem bacoca, mas sim o que deve fazer de acordo com a realidade e a sua experiência.

 

Portugal não pode continuar a sustentar patetas que nada produzem!

 

Portugal não pode continuar a manter desnecessários incompetentes  Filhinhos Dos Pais!

 

Portugal merece outra coisa que a bosta de doutorzecos que “dirige” o Pais em todas as instâncias!

 

Bordeaux, 4 de outubro de 2013.
 
JoanMira

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