Fundamental para Sporting e Benfica na luta pelo título, o clássico do Dragão interessa também, naturalmente, ao FC Porto, apesar de o terceiro lugar já não lhe fugir. Por vários motivos: pelo brio de entrar em campo e vencer um rival, pela necessidade de que José Peseiro tem de provar junto dos adeptos ser o homem certo para a próxima época e pelo fraco consolo para os azuis e brancos em serem os maiores nos duelos entre os grandes nesta Liga: se vencerem, somam três vitórias nos clássicos, contra duas do Sporting e uma do Benfica. No entanto, nada atenua uma época de fracasso (independentemente da eventual conquista da Taça de Portugal), acentuada por o registo francamente mau na era Peseiro: sete derrotas e dez vitórias em 17 jogos. Só agora, o FC Porto pode conseguir uma sequência de três triunfos seguidos desde que o novo técnico chegou. Mas os números contarão pouco na hora de encarar o Sporting de Jorge Jesus num duelo com dois rivais em campo e outro à espreita. Nesse sentido, este clássico joga-se em três dimensões.
Nove anos depois da última vitória do Sporting no Dragão para o campeonato, Jorge Jesus terá mesmo de cumprir a difícil missão de vencer em casa do rival para manter acesas as esperanças de lutar pelo título até ao final. Só a vitória interessa para manter em ponto de mira o Benfica, com cinco pontos e mais um jogo. Os leões vêm de uma boa série de seis triunfos consecutivos para a Liga e estão na máxima força, sem lesionados ou castigados. A história também tem o seu papel neste duelo. Há 45 anos, também na antepenúltima jornada do campeonato, o FC Porto já sem hipóteses de intrometer-se na luta pelo título venceu nas Antas o Sporting (2-1) e foi decisivo para fazer pender a favor do Benfica um campeonato que era discutido entre os dois rivais de Lisboa.
TVI24 - Portugal
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