O desenvolvimento de uma proteína com potencial para combater o vírus da SIDA valeu ao jovem cientista português Bruno Correia e à sua equipa a publicação de um artigo científico na conceituada revista «Science».
Bruno Correia considera-se «um rapaz muito humilde» para quem «as coisas começaram a fazer sentido ao ver uma proteína em computador», noticia a agência Lusa.
A equipa integrada pelo cientista português de 31 anos desenvolveu em laboratório, a partir de modelos computacionais, uma proteína com potencial para «criar anticorpos para neutralizar o vírus» da imunodeficiência humana (SIDA), utilizando um novo caminho para uma vacina, e que pode mais tarde ser usado no tratamento a muitas outras doenças.
Em declarações à agência Lusa, Bruno Correia, que se encontra a trabalhar no Scripps Research Institute, na Califórnia, há três meses, disse que este «é um conceito altamente experimental» e que «ainda (se está) a uns anos (da vacina), se alguma vez funcionar».
O cientista diz que com os métodos usados para criar a proteína é possível aperfeiçoar o desenho de enzimas com interesse biotecnológico, aplicações biomédicas e inibidores de doenças, biocombustíveis e até criar proteínas com funções totalmente novas.
Esta proteína foi criada com uma função específica e já decorre a difícil fase de manipulação para que de facto sejam criados os pretendidos anticorpos eficazes contra o vírus.
«É muito complicado desenhar estas moléculas, mas mais complicado ainda é fazer com que se comportem como uma vacina. Comparado com o que é necessário atingir, ainda falta muito», revela o cientista português, que em Portugal passou pela Universidade de Coimbra e pelo Instituto Gulbenkian de Ciência.
A proteína já foi produzida e testada experimentalmente em laboratório, e mesmo administrada em seres vivos, mas «os primeiros resultados ainda são limitados».
A parte por que Bruno Correia é responsável no artigo na «Science», em que participaram 13 cientistas, baseia-se na sua tese de doutoramento feita na Universidade de Seattle, sobre o desenvolvimento de métodos computacionais e experimentais para fazer modulação de proteínas.
Através de cálculos e do software, foram criadas novas sequências para a proteína poder atingir os objectivos pretendidos.
«O HIV é uma prioridade, mas há outras doenças. A técnica não é só aplicada para o desenho de vacinas. Fomos financiados para este vírus, mas a técnica é mais vasta», diz Bruno Correia.
O programa de doutoramento do Instituto Gulbenkian de Ciência foi «a grande revolução da vida» para o jovem cientista, um dos primeiros alunos da primeira edição do programa de biologia computacional.
O jovem cientista português revelou que gostava de voltar a Portugal, mas os próximos dois a três anos serão de pós-doutoramento, para «atingir outra maturidade científica e conhecer outros campos, alargar conhecimento, tentar estabelecer de forma mais independente, ter próprio grupo de investigação».
Nestas coisas, como disse, «não sabe» se é antiquado ou não, mas entende que tem «uma certa dívida patriótica pelas oportunidades dadas com o dinheiro dos contribuintes portugueses», pelo qual confessou ter «grande respeito», considerando que «é dinheiro muito suado», como realçou.
«Se tiver algum dia oportunidade de poder dar alguma coisa de volta, então muito bem. Se não, continuamos amigos na mesma. Vamos à procura noutros sítios. Hoje também vivemos num mundo global onde não se pode fechar a porta a nada», concluiu.
Bruno Correia considera-se «um rapaz muito humilde» para quem «as coisas começaram a fazer sentido ao ver uma proteína em computador», noticia a agência Lusa.
A equipa integrada pelo cientista português de 31 anos desenvolveu em laboratório, a partir de modelos computacionais, uma proteína com potencial para «criar anticorpos para neutralizar o vírus» da imunodeficiência humana (SIDA), utilizando um novo caminho para uma vacina, e que pode mais tarde ser usado no tratamento a muitas outras doenças.
Em declarações à agência Lusa, Bruno Correia, que se encontra a trabalhar no Scripps Research Institute, na Califórnia, há três meses, disse que este «é um conceito altamente experimental» e que «ainda (se está) a uns anos (da vacina), se alguma vez funcionar».
O cientista diz que com os métodos usados para criar a proteína é possível aperfeiçoar o desenho de enzimas com interesse biotecnológico, aplicações biomédicas e inibidores de doenças, biocombustíveis e até criar proteínas com funções totalmente novas.
Esta proteína foi criada com uma função específica e já decorre a difícil fase de manipulação para que de facto sejam criados os pretendidos anticorpos eficazes contra o vírus.
«É muito complicado desenhar estas moléculas, mas mais complicado ainda é fazer com que se comportem como uma vacina. Comparado com o que é necessário atingir, ainda falta muito», revela o cientista português, que em Portugal passou pela Universidade de Coimbra e pelo Instituto Gulbenkian de Ciência.
A proteína já foi produzida e testada experimentalmente em laboratório, e mesmo administrada em seres vivos, mas «os primeiros resultados ainda são limitados».
A parte por que Bruno Correia é responsável no artigo na «Science», em que participaram 13 cientistas, baseia-se na sua tese de doutoramento feita na Universidade de Seattle, sobre o desenvolvimento de métodos computacionais e experimentais para fazer modulação de proteínas.
Através de cálculos e do software, foram criadas novas sequências para a proteína poder atingir os objectivos pretendidos.
«O HIV é uma prioridade, mas há outras doenças. A técnica não é só aplicada para o desenho de vacinas. Fomos financiados para este vírus, mas a técnica é mais vasta», diz Bruno Correia.
O programa de doutoramento do Instituto Gulbenkian de Ciência foi «a grande revolução da vida» para o jovem cientista, um dos primeiros alunos da primeira edição do programa de biologia computacional.
O jovem cientista português revelou que gostava de voltar a Portugal, mas os próximos dois a três anos serão de pós-doutoramento, para «atingir outra maturidade científica e conhecer outros campos, alargar conhecimento, tentar estabelecer de forma mais independente, ter próprio grupo de investigação».
Nestas coisas, como disse, «não sabe» se é antiquado ou não, mas entende que tem «uma certa dívida patriótica pelas oportunidades dadas com o dinheiro dos contribuintes portugueses», pelo qual confessou ter «grande respeito», considerando que «é dinheiro muito suado», como realçou.
«Se tiver algum dia oportunidade de poder dar alguma coisa de volta, então muito bem. Se não, continuamos amigos na mesma. Vamos à procura noutros sítios. Hoje também vivemos num mundo global onde não se pode fechar a porta a nada», concluiu.
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