«O governo português chamou ontem (quarta-feira) o embaixador do Irão em Lisboa ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para lhe expressar tão claro como água que, do ponto de vista do Governo português, assaltar embaixadas ou sequestrar diplomatas não é uma prática apropriada ou aceitável numa comunidade civilizada de estados», declarou Paulo Portas, em Bruxelas, à margem da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.
O chefe da diplomacia de Portugal apontou que «quando embaixadas ou embaixadores ou pessoal diplomático são atacados num determinado país, isso viola um princípio essencial, que é secular, e que está protegido pela Convenção de Viena».
«Mesmo nas situações de maior tensão internacional, é preciso que a segurança das embaixadas esteja protegida e que a liberdade de circulação do pessoal diplomático esteja garantida. É através das embaixadas e dos diplomatas que os Estados falam uns com os outros, e, portanto, quando se permite o ataque a uma embaixada ou o sequestro de diplomatas, o que se está a permitir é a privação do relacionamento entre Estados», sustentou.
Portas garantiu que «pela parte de Portugal, essa nota foi transmitida ao embaixador de Teerão em Lisboa».
Dezenas de manifestantes atacaram, ocuparam e saquearam na quarta-feira a embaixada britânica em Teerão, exigindo o seu encerramento.
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