A Grécia tem poucas hipóteses de conseguir economizar 11,5 mil milhões de euros nos próximos dois anos, como exigem os credores internacionais, uma condição prévia para um novo empréstimo, disse esta terça-feira o líder do Pasok, que apoia a coligação no poder.
«É muito difícil, é quase impossível reunir 11,5 mil milhões de euros devido às restrições orçamentais de 2013 e 2014», disse à rádio «Vima FM» Evangelos Venizélos, o líder do Partido Socialista (Pasok) e ex-ministro das Finanças grego.
«Esta dificuldade sempre esteve presente, mas hoje foi agravada pelas previsões de recessão», acrescentou, numa referência às exigências impostas ao novo governo de coligação pelos credores internacionais (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), cita a Lusa.
Economia grega poderá recuar 6,7% em vez de 4,5%
De acordo com o governo grego, liderado pelos conservadores da Nova Democracia (ND) e com apoio parlamentar do Pasok e da Esquerda Democrática (Dimar), a economia grega poderá recuar 6,7 por cento em 2012, ao contrário dos 4,5 por cento anunciados, em particular devido aos fortes cortes nas despesas e aos despedimentos em massa.
O antigo ministro das Finanças grego pretende que a Grécia obtenha um alargamento suplementar de três anos para garantir o ajustamento orçamental, que dessa forma estaria concluído em 2017.
O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, também considerou que o país necessita de mais tempo para promover o saneamento económico, mas os apelos da ND para um prolongamento do programa durante mais dois anos, até 2016, permaneceram até agora sem resposta.
Na Zona Euro, a Alemanha tem-se oposto firmemente a qualquer alteração do memorando de entendimento, quer no conteúdo, quer no calendário de aplicação.
Nos últimos meses, assinalados por duas eleições legislativas e a formação de um novo governo, a Grécia apenas concretizou algumas das reformas exigidas pela «troika», de acordo com os peritos internacionais.
«Alguns membros do Eurogrupo estão a pedir novas medidas [cortes orçamentais], que tentamos evitar, argumentando que a recessão é mais grave que o previsto», admitiu uma fonte governamental à agência noticiosa Ana.
A mesma fonte admitiu a eventualidade de novos cortes nas reformas e salários, caso não seja viável efetuar reduções orçamentais em outros setores.
Os auditores da ¿troika¿ de credores da Grécia são esperados na próxima semana em Atenas para uma análise em profundidade do programa económico do novo governo.
A concessão ao país, em setembro, de uma nova fatia de 31,5 mil milhões de euros dos empréstimos internacionais está dependente das conclusões do relatório.
Atenas deve reembolsar ao BCE obrigações do Estado avaliadas em 3,1 mil milhões de euros e que expiram em 20 de agosto, enquanto o Eurogrupo prometeu ajudar o país a ultrapassar o desafio da dívida.
AGÊNCIA FINANCEIRA«É muito difícil, é quase impossível reunir 11,5 mil milhões de euros devido às restrições orçamentais de 2013 e 2014», disse à rádio «Vima FM» Evangelos Venizélos, o líder do Partido Socialista (Pasok) e ex-ministro das Finanças grego.
«Esta dificuldade sempre esteve presente, mas hoje foi agravada pelas previsões de recessão», acrescentou, numa referência às exigências impostas ao novo governo de coligação pelos credores internacionais (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), cita a Lusa.
Economia grega poderá recuar 6,7% em vez de 4,5%
De acordo com o governo grego, liderado pelos conservadores da Nova Democracia (ND) e com apoio parlamentar do Pasok e da Esquerda Democrática (Dimar), a economia grega poderá recuar 6,7 por cento em 2012, ao contrário dos 4,5 por cento anunciados, em particular devido aos fortes cortes nas despesas e aos despedimentos em massa.
O antigo ministro das Finanças grego pretende que a Grécia obtenha um alargamento suplementar de três anos para garantir o ajustamento orçamental, que dessa forma estaria concluído em 2017.
O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, também considerou que o país necessita de mais tempo para promover o saneamento económico, mas os apelos da ND para um prolongamento do programa durante mais dois anos, até 2016, permaneceram até agora sem resposta.
Na Zona Euro, a Alemanha tem-se oposto firmemente a qualquer alteração do memorando de entendimento, quer no conteúdo, quer no calendário de aplicação.
Nos últimos meses, assinalados por duas eleições legislativas e a formação de um novo governo, a Grécia apenas concretizou algumas das reformas exigidas pela «troika», de acordo com os peritos internacionais.
«Alguns membros do Eurogrupo estão a pedir novas medidas [cortes orçamentais], que tentamos evitar, argumentando que a recessão é mais grave que o previsto», admitiu uma fonte governamental à agência noticiosa Ana.
A mesma fonte admitiu a eventualidade de novos cortes nas reformas e salários, caso não seja viável efetuar reduções orçamentais em outros setores.
Os auditores da ¿troika¿ de credores da Grécia são esperados na próxima semana em Atenas para uma análise em profundidade do programa económico do novo governo.
A concessão ao país, em setembro, de uma nova fatia de 31,5 mil milhões de euros dos empréstimos internacionais está dependente das conclusões do relatório.
Atenas deve reembolsar ao BCE obrigações do Estado avaliadas em 3,1 mil milhões de euros e que expiram em 20 de agosto, enquanto o Eurogrupo prometeu ajudar o país a ultrapassar o desafio da dívida.
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