Mas, a angustia vai perdurar por alguns dias mais: é “a passagem do
ano”, é “os reis”, é, logo nos primeiros dias de 2014 a dura realidade da vida!
As festas de fim de ano que, outrora, eram pura e simplesmente um
momento de amor, paz e amizade em que a alegria era ver o brilho nos olhos
das crianças, transformou-se desde há muito numa orgia de prendas e votos
obrigatórios, vazios de toda consistência sincera.
Como poder aceitar abraços, beijinhos, votos de felicidade de pessoas
que ao longo da vida nunca tiverem nem respeito nem consideração pelos valores
humanos. A esses desejo, com a mesma hipocrisia que lhes é habitual, que “passem”
bem o ano.
O ano não começa nem acaba quando os Homens o decidem. Começa na
felicidade de um ser que da à luz e acaba, todos os dias, para pessoas que
perdem o seu trabalho, perdem os seus entes queridos, que são humilhados pelos
seus representantes políticos e, enfim, perdem a vida.
Para todos os Amigos e Família os meus votos não serão aquela
trapalhada de bom ano novo 2014 mas sim: melhor e feliz vida.
Bordeaux, 28 de dezembro de 2013.
JoanMira
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