Se os romanos se tivessem lembrado de suplicar às paredes, talvez pudessem ter tido mais sorte. É que as paredes têm ouvidos. A expressão serve para dizer a alguém que é melhor falar mais baixo, sob pena de ser escutado por quem está à volta. A culpa é de uma mulher, Catarina de Médicis, nobre italiana e rainha consorte de França no século xvi, por casamento com Henrique II. Mulher astuciosa e sedenta de poder, durante mais de 50 anos exerceu o poder através do marido e dos três filhos que chegaram a monarcas: Francisco II, Carlos IX e Henrique III. Consta que, para manter o controlo sobre tudo, usava várias artimanhas. A mais célebre terá sido a de ter ligado, por tubos acústicos secretos, as salas do palácio real, o Louvre, para poder ouvir tudo o que se dizia nos locais mais afastados. Deu ouvidos às paredes e reinou até morrer.
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