Talvez como nunca o discurso de um candidato tenha sido tão esvaziado pela sua própria campanha. A voz de João Semedo está bem viva, chega muito longe e o que disse em Coimbra, na noite desta quinta-feira, ecoará por muito tempo. No plano político, atirou a matar sobre Marcelo, colando-o ao fascismo
A intervenção não estava no programa do comício com que Marisa Matias fechou a jornada de campanha na sua terra, esta quinta-feira. Foi o deputado do Bloco eleito por Coimbra, José Manuel Pureza, quem deu a novidade: João Semedo, o antigo dirigente do BE que um cancro na garganta retirou do primeiro plano da vida partidária, iria voltar a intervir numa iniciativa política.
Eram 22h45 e fez-se um silêncio sepulcral no Pavilhão de Portugal. “Espero que me ouçam. Só mesmo a Marisa é que punha a falar aqui um tipo sem cordas vocais”. As palavras foram ditas devagar, com visível esforço (mais para o fim as pausas tornaram-se maiores), mas suficientemente audíveis por todos.
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