Investigação revela gastos excessivos da Comissão Europeia
Bruxelas gasta 7,5 milhões em jactos privados
A Comissão Europeia (CE) desbaratou quase oito milhões de euros em despesas de luxo, como jactos privados, férias em resorts de cinco estrelas e festas. Uma simples viagem de quatro dias a Nova Iorque, em 2009, custou ao presidente da CE, José Manuel Durão Barroso, 28 mil euros.
Segundo o jornal britânico ‘The Daily Telegraph', que divulgou os resultados de uma investigação do Bureau of Investigative Journalism, só os gastos com as viagens em aviões privados entre 2006 e 2010 totalizaram 7,5 milhões de euros. Já as festas luxuosas, três das quais realizadas em Lisboa, em 2009, custaram pelo menos 300 mil euros, aos quais acresce o valor de prendas extravagantes oferecidas a oradores convidados. São referidas, nomeadamente, jóias da prestigiada Tiffany.
Indiferentes aos sacrifícios dos europeus, os comissários ficaram nos últimos anos em hotéis de cinco estrelas e deslocaram-se em limusinas, não perdendo a oportunidade de levar a família em deslocações a locais exóticos como Papua--Nova Guiné, Gana e Vietname.
Reagindo às notícias, o secretário de Estado britânico para a Europa, David Lidington, considerou: "Isto prova que a CE pode fazer poupanças antes de pedir mais dinheiro aos governos." Por seu lado, a CE considera que as notícias distorcem os factos. Os jactos privados só são usados "em circunstâncias excepcionais", assegurou um porta-voz, adiantando que as estadias no Gana e na Papua foram viagens de formação.
VIAGEM DE BARROSO SAI CARA
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, gastou 28 mil euros em 2009 numa estadia de quatro dias em Nova Iorque, indica o relatório. Barroso levou uma comitiva de oito pessoas que ficaram no hotel de cinco estrelas New York Peninsula, onde cada quarto custou 780 euros por noite. A viagem foi realizada aquando da Cimeira da ONU para as Mudanças Climáticas e excedeu largamente o tecto de 275 euros por noite e por pessoa previsto pela CE. Em reacção oficial, a Comissão alega que os gastos não foram excessivos, uma vez que os preços estavam inflacionados devido à realização da cimeira. O Correio da Manhã tentou contactar o gabinete de Durão Barroso, mas até ao fecho desta edição não obteve resposta.
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