Dezenas de milhares de pessoas de todas as idades invadiram ontem as ruas de várias cidades espanholas para repetir as manifestações contra a crise e o desemprego que se iniciaram há um mês pelos denominados "indignados".
Em Madrid, a multidão juntou-se na Praça do Neptuno, perto do Parlamento, depois de caminhadas iniciadas em diversas partes da cidade."Contra o desemprego. Organizamo-nos para lutar. Vamos marchar juntos contra o desemprego e o capital", lia-se numa faixa que abria caminho à "coluna sudoeste", que se juntou de manhã em Leganes, uma cidade dormitório localizada a 15 quilómetros a sul de Madrid.
Empresas especializadas na contagem de participantes em manifestações - como a Lynce, que usa um sistema de contagem 'cabeça a cabeça' usando imagens áreas - estimaram que perto de 38 mil pessoas participaram na manifestação de Madrid.
Assim, o protesto convocado pelo "Movimento 15M" foi o quinto maior em Espanha desde 2009, superando os protestos contra o aborto, as manifestações da greve geral de setembro do mesmo ano e os protestos do último 1.º de maio.
"Indignados" de Valência iniciam marcha de protesto até Madrid
Elementos do "movimento 15 de maio" em Valência iniciam hoje uma marcha de protesto até Madrid, durante a qual visitarão 29 povoações onde querem explicar as suas principais reivindicações.
Os 'indignados' esperam cumprir os 500 quilómetros que separam as duas cidades até 29 de julho e vão procurar, durante a viagem a pé, realizar assembleias em que recolham propostas de cidadãos.
"Saímos das nossas casas com os nossos escassos meios para levar a indignação ao interior do país, somando assim essas vozes à expansão do movimento a nível internacional", de acordo com um comunicado da "acampada Valência".
A decisão da marcha foi reforçada na assembleia de domingo realizada na praça da câmara de Valência, rebatizada "praça 15 de maio", onde se apelou para a participação de todos os que queiram "mudar o sistema político e económico por uma democracia verdadeira e participativa".
A marcha começa 24 horas depois das manifestações pacíficas que percorreram as principais cidades espanholas, com dezenas de milhares de pessoas em protesto contra o pacto do euro, o capitalismo e a crise.
EXPRESSO.
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