20.6.11

"MERCADOS" CONSIDERAM QUE RISCO DA REESTRUTURAÇÃO DA DÍVIDA PORTUGUESA É ELEVADO


Consultora defende que pacote de assistência financeira é apenas uma solução de curto prazo.
A consultora Ernst & Young teme que Portugal tenha de reestruturar dívida assim que terminem os fundos do empréstimo internacional de 78 mil milhões de euros concedidos pela União Europeia e pelo FMI. Nas suas previsões económicas para a zona euro, a consultora constata que o acordo com a ‘troika' "fornece meramente uma solução de curto prazo para se conseguir cumprir com as próximas amortizações de dívida, enquanto que os problemas subjacentes do País- fraca competitividade e crescimento económico fraco -permanecem".
Os economistas da Ernst & Young observam que apesar dos juros da dívida portuguesa terem aliviado nas sessões seguintes ao anúncio do acordo, regressaram novamente a máximos. A taxa das obrigações a dez anos, por exemplo, atingiu na sexta-feira um novo máximo, superando os 10,9%.
"Estes níveis são claramente insustentáveis e, portanto, o risco de reestruturação, assim que o dinheiro internacional acabe em 2013, é ainda significativo". Segundo dados do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), em Setembro de 2013 Portugal terá de amortizar uma linha de Obrigações do Tesouro (OT) no valor de 9,7 mil milhões de euros. Em 2014, vencem duas linhas, com um valor conjunto de 13,8 mil milhões de euros.
ECONOMICO.

Aucun commentaire: