Passo 1: A melanina defende a pele do Sol
Sai para a rua e sente a luz do sol e o calor. Algum do calor que sente é resultado da absorção e conversão dos raios UV por dois tipos de moléculas de pigmento chamadas melanina. A quantidade e os tipos de melanina que cada pessoa tem determina a cor da pele, e quanto mais escura for, mais forte é a defesa natural que a pele tem contra os raios UV.
Quando se expõe ao sol, a melanina na pele põe-se na defensiva e redistribui-se. Este processo é chamado de pigmento de escurecimento imediato. No entanto, pessoas com pele clara têm pouca melanina para enviar para as linhas da frente na batalha contra o Sol.
De acordo com Rachel Herschenfeld, dermatologista da Dermatologia Partners, Inc., uma clínica privada norte-americana, "este mecanismo de protecção nem sequer está disponível para todos", afirma em entrevista à revista 'Popular Mechanics'.
Mas a melanina não é omnipresente, e mesmo nas peles mais escuras, falha. Exposta aos raios UVB, a pele sofre danos ao nível do ADN das células da epiderme, a camada mais superficial da pele.
Dentro da torção do ADN (a imagem em espiral que lhe asssociamos), quatro moléculas chamadas nucleotídeos formam ligações: a adenosina liga-se à timina (AT) e a citosina liga-se à guanina (CG). Os raios UVB adulteram a química destas ligações, criando o que é conhecido como um dímero de timina, quando duas partes de timina se juntam.
"A escada em espiral do ADN perde degraus e é deitada abaixo", explica Darrell Rigel, professor de dermatologia clínica na New York University Medical Center e porta-voz para a Fundação Norte-Americana do Cancro de Pele.
Quando se expõe ao sol, a melanina na pele põe-se na defensiva e redistribui-se. Este processo é chamado de pigmento de escurecimento imediato. No entanto, pessoas com pele clara têm pouca melanina para enviar para as linhas da frente na batalha contra o Sol.
De acordo com Rachel Herschenfeld, dermatologista da Dermatologia Partners, Inc., uma clínica privada norte-americana, "este mecanismo de protecção nem sequer está disponível para todos", afirma em entrevista à revista 'Popular Mechanics'.
Mas a melanina não é omnipresente, e mesmo nas peles mais escuras, falha. Exposta aos raios UVB, a pele sofre danos ao nível do ADN das células da epiderme, a camada mais superficial da pele.
Dentro da torção do ADN (a imagem em espiral que lhe asssociamos), quatro moléculas chamadas nucleotídeos formam ligações: a adenosina liga-se à timina (AT) e a citosina liga-se à guanina (CG). Os raios UVB adulteram a química destas ligações, criando o que é conhecido como um dímero de timina, quando duas partes de timina se juntam.
"A escada em espiral do ADN perde degraus e é deitada abaixo", explica Darrell Rigel, professor de dermatologia clínica na New York University Medical Center e porta-voz para a Fundação Norte-Americana do Cancro de Pele.
Passo 2: O sangue tenta fazer o que a melanina não conseguiu
Os danos ao ADN das células da epiderme chamam a atenção do corpo todo. Os vasos sanguíneos da derme - a camada de pele que está por baixo da epiderme - dilatam numa tentativa de nutrir a camada mais externa.
Num dia com níveis de UV perto do 8 - a média em Julho e Agosto nas praias do litoral português - as pessoas com tons de pele claros podem ficar queimadas em apenas 10 minutos se não usarem nenhum tipo de protecção sob o Sol do meio-dia. As pessoas de pele mais escura podem resistir uma hora antes do aumento do fluxo sanguíneo começar.
Os melanócitos - as células da camada basal, a quinta a contar da epiderme responsável pela produção de melanina - começam a enviar o pigmento para oferecer mais protecção à pele. Mas estes reforços demoram entre um a três dias a conseguirem implantar-se.
O que pode concluir é que, embora os bronzeados sejam considerados atraentes por darem um ar "saudável" á pele, são, na verdade, sinais de lesões corporais. "O bronzeado é um mecanismo de protecção, e isso é positivo", diz Rigel, "mas para obter um bronzeado, você tem que ser ferido primeiro."
Num dia com níveis de UV perto do 8 - a média em Julho e Agosto nas praias do litoral português - as pessoas com tons de pele claros podem ficar queimadas em apenas 10 minutos se não usarem nenhum tipo de protecção sob o Sol do meio-dia. As pessoas de pele mais escura podem resistir uma hora antes do aumento do fluxo sanguíneo começar.
Os melanócitos - as células da camada basal, a quinta a contar da epiderme responsável pela produção de melanina - começam a enviar o pigmento para oferecer mais protecção à pele. Mas estes reforços demoram entre um a três dias a conseguirem implantar-se.
O que pode concluir é que, embora os bronzeados sejam considerados atraentes por darem um ar "saudável" á pele, são, na verdade, sinais de lesões corporais. "O bronzeado é um mecanismo de protecção, e isso é positivo", diz Rigel, "mas para obter um bronzeado, você tem que ser ferido primeiro."
Passo 3: A dor da inflamação
Depois de algumas horas de exposição solar chega o look "lagosta cozida", que medicamente se chama eritema. "O seu corpo tenta responder aos danos aumentando o fluxo de sangue para adiantar o processo de cura, e a área fica vermelha e inchada", diz Rigel.
Com o sangue à superfície a pele sente-se quente ao toque. Entretanto, a inflamação instala-se, o que aumenta o inchaço e a dor.
Quanto mais tempo a pele estiver exposta aos raios UV sem protector solar, maior e mais profunda a extensão dos danos ao ADN. Podem chegar a queimaduras de primeiro grau. "É uma queimadura igual a qualquer outro tipo de queimadura" diz Rigel. "É como um dedo numa chama."
A maioria das células na epiderme começam a morrer, mas nas células mais profundas, enzimas de reparo tratam dos danos. No entanto, se houver demasiados danos e as enzimas se acumularem numa tentativa desesperada de reparar a o ADN das células da pele, podem sofrer mutações que, por sua vez, podem causar carcinomas basocelulares e de células escamosas, as duas formas mais comuns de cancro da pele.
Com o sangue à superfície a pele sente-se quente ao toque. Entretanto, a inflamação instala-se, o que aumenta o inchaço e a dor.
Quanto mais tempo a pele estiver exposta aos raios UV sem protector solar, maior e mais profunda a extensão dos danos ao ADN. Podem chegar a queimaduras de primeiro grau. "É uma queimadura igual a qualquer outro tipo de queimadura" diz Rigel. "É como um dedo numa chama."
A maioria das células na epiderme começam a morrer, mas nas células mais profundas, enzimas de reparo tratam dos danos. No entanto, se houver demasiados danos e as enzimas se acumularem numa tentativa desesperada de reparar a o ADN das células da pele, podem sofrer mutações que, por sua vez, podem causar carcinomas basocelulares e de células escamosas, as duas formas mais comuns de cancro da pele.
Passo 4: As bolhas
Em queimaduras extremas, as células na derme também são danificadas, resultando numa queimadura de segundo grau e, consequentemente, em bolhas. O objectivo deste bolhas é criar uma redoma líquida e suave que proteja as feridas dos agentes exteriores para que o tecido dérmico possa curar-se.
O fluido que está dentro das bolhas é feito da parte clara do nosso sangue, o plasma. "As bolhas são basicamente uma separação entre a derme e epiderme", explica Rigel. Surgem entre 6 a 24 horas após a exposição UV inicial. Herschenfeld garante que as bolhas de queimaduras solares são um factor de risco que influencia o melanoma, a forma mais letal de cancro da pele.
O fluido que está dentro das bolhas é feito da parte clara do nosso sangue, o plasma. "As bolhas são basicamente uma separação entre a derme e epiderme", explica Rigel. Surgem entre 6 a 24 horas após a exposição UV inicial. Herschenfeld garante que as bolhas de queimaduras solares são um factor de risco que influencia o melanoma, a forma mais letal de cancro da pele.
Passo 5: Escamar e curar
O corpo tenta compensar todas as células destruídas nas camadas superiores da epiderme enviando células novas para a substituir. Estas células frescas, que nascem nas camadas inferiores de pele, vivem normalmente cerca de 28 dias, atingindo lentamente a camada superior da pele antes de morrerem e caírem.
Quando os danos causados pelo Sol aceleram este processo natural, as células não têm direito ao tempo normal para amadurecer e, em vez de se separarem, ficam unidas como uma folha de tecido. "Estas células são levadas à pressa para a superfície e não estão totalmente separadas ainda", diz Rigel.
A pele escama durante vários dias até voltar ao seu processo de reprodução normal, servindo como um lembrete da lição que insistimos continuar a não aprender.
Quando os danos causados pelo Sol aceleram este processo natural, as células não têm direito ao tempo normal para amadurecer e, em vez de se separarem, ficam unidas como uma folha de tecido. "Estas células são levadas à pressa para a superfície e não estão totalmente separadas ainda", diz Rigel.
A pele escama durante vários dias até voltar ao seu processo de reprodução normal, servindo como um lembrete da lição que insistimos continuar a não aprender.
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