22.3.12



 HELP !


Armacão de Pêra, Algarve, Portugal, 24-10-2011



Céu azul pastel, sol quente, tempo de praia infinito,

Curtindo a brisa de um verão duradoiro, ai estou eu

Feliz, descontraído em pensamentos efémeros de

Uma estacão inesperada e encantadora! Algarve!…



Já me o tinham dito: quando tudo esta bem o que possa

Acontecer, nunca poderá ser melhor… Mas, longe de

Mim a ideia de qualquer drama imprevisivel; Refrescar

E deliciar-se com a frescura salgada do sol, pedia-se.



Costa algarvia habitada, na época, por inúmeros

Estrangeiros; normal; e tendo eu pele nórdica, não raras vezes

Os “indígenas” se me dirigiam em línguas estranhas e muito

Parecidas com o inglês…



Língua que pouco falo mas que entendo por ser fã de

Algumas “bandas” que cantam sentimentos bárbaros com

Encantadoras e doces melodias que ficam na nossa memoria.

De repente, vindo daquele mar tranquilo, oiço: “help”!  



“Help!”…o ressaco das ondas  introduziu duvidas entre sonho

Ou rebentamento do mar…mas o grito soou de novo, “Help!”

Tirando-me daquele “farniente”  tão agradável; era uma voz

Juvenil transformada em cabeça que emergia das ondas.



Avancei na corrente traidora, imaginando o naufrágio de um

Ser que agoniava a escassos metros da praia; nem reflectia,

Avançava, receoso, contra o mar que todos levava a poente

Em direccão de Albufeira; mas as hipóteses eram remotas…



Quis o destino que  uma onda mais forte arrastasse aquele ser ao

Meu alcance; mais um ultimo esforço e… salvei-o pelas pontas

Dos dedos… não mais o larguei…  Chegamos à praia e conseguiu

Com o resto de fôlego,  dizer: “thank you” repetidas vezes, exausto;



O fôlego não dava para mais… Fiquei a saber que percebia inglês…



Rio de Janeiro, 21-03-2012



JMIRA  

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