30.3.12

Texte - Cartas cruzadas e interceptadas


Texto: "ATOME DESINTEGRE" (Maman)

Jmira: 6 -  RECORDAR


Et puis cette odeur lugubre,
Ce picotement nauséabond.
"Il" est là, omniprésent, envahissant,
Insidieux et flottant dans cette
Maligne et pâle clarté obscure,
Découpant de fantomatiques silhouettes 
Qu'il a réunies; Monstrueuse déléctation.

"Il" s'acharne en silence, sans états d'âme,
Provoquant d'insupportables cris d'épouvante 
Et gémissements étouffés de la vie qu'il dévore.
Quels remords? "Il" ronge les chairs
De la victime inéxorablement abandonnée
A la cruauté implaccable de son bourreau.

Horrible souffrance, sans répit,sans espoir...

Esquisse-t-elle un triste sourire ? Un instant
Des images de sa jeunesse insouciante,
Le temps du bonheur; le piaillement
des enfants qui illuminaient sa vie; ses 
enfants,le petit fils,le dernier; qu'il est beau 
Mais...

De nouveau cette douleur lancinante...
C'est comment la "fin"? Des larmes impuissantes
De désespoir perlent sur ses belles joues ridées.
Epouvantable, inéluctable, "Il" continue son
Travail de sape... entreprend l'étape dernière...


Ah, la mer, le soleil, derniers voyages à
l'automne de la vie... c'était un presque rien de
rares bonheurs, simples, faits d'éclats de rire 
Communicatifs et démesurés, sorte d'éclairs furtifs 
Sur un visage juvénile et déjà las, pourtant...


Elle étouffe à chaque inspiration; elle voudrait
Repousser tous ces pauvres regards désespérés, 
Pitoyables... inutiles témoignages d'impuissance, 
Qui assistent à l'agonie de sa dignité... 
Qui ou quoi pourrait atténuer cette douleur?
Dieu? Quelle idéé! Cet expert créé par les Hommes
pour asséner l'obscure vérité de l'ignorance,
Sinon soumettre le troupeau à ses caprices. Cruel!

 
Sa gorge étrangle sous des remords avivés de regrets;
Que n'a-t-ele plus donné, plus aimé...
Un violent coup de poignard fige ses pensées...
Que de temps perdu... Comme la jeunesse passe vite!
Un répit... La douleur s'estompe;
Non ce n'est pas possible; 
Rêve-t-elle? Quel étrange cauchemar! 


Soudainement, elle se sent en apesanteur...
Une douce lueur bleu-pâle a envahi son esprit
Et caresse ce pauvre petit corps chétif d'une  
lumière, très douce, telle la brise suave
de son enfance, parfumée de senteurs océanes.
Son âme a brisé les chaînes; elle est appaisée. 
Plus rien ne l'emprisonne et plane, désormais, 
Dans la pureté d'un azur profond, limpide...
Sans limites; sereine, sans regret ni remord.
Elle se laisse bercer au gré des Alyséés.
Cosmique, universelle, parmi une féérique 
Constellation d'astres scintillant de mille feux. 
LIBEREE, TOUT SIMPLEMENT.


Adieu être aimé. L'esprit de ton esprit ne craint plus
d'emprunter le "passage". Nous avons tant de choses
A nous dire...
 
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O tempo não existe mas passa. O tempo, não! Nos é que passamos por ele, como referia o poeta Ronsard; entendo que para viver neste Mundo , é importante seguir os preceitos de Rabelais e da sua "substantifique moelle": disfrutar, gozar o estar, mas sem nunca apartar a solidariedade, humanismo, filosofia e, porque não, colocar a justica acima de tudo.
Saber perdoar é a condicão "sine qua none" para viver em harmonia.
Ha quem fale do outro mundo pensando em quiméricos paraisos; eu diria antes o "proximo mundo" que não mais sera que a logica concretizacão desta vida que conhecemos.
Todos nos ocupamos a posicão que nos é devida no Espaco. Todos somos filosofos, artistas e, citando Molière, e o seu célebre "M. Trissoin", criamos poesia com a nossa prosa.
O proprio Roberto Carlos tem uma cancão linda: "Olhando estrelas"...prova!
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Contudo, sobre este teu mais recente E-mail, não posso passar sem te dirigir duas palavras acerca dele... primeiro, a agradecer a foto que tu me confiaste (tua mãe) e segundo, a dar-te parabéns pelo lindo poema a seu propósito...lindo, lindo, podes crer! é por isso que, mais uma vez digo: "muitos te vêem e poucos te conhecem..."

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Sua mãe era linda!!!!!!!!!

Como estaria contente se ela pudesse ver de onde está,

tudo o que escreveu falando dela?!

É verdade que uma mãe nos fica gravada no nosso coração toda a vida, mesmo que ela tenha morrido à bastante tempo, para nós é inesquecivél.
Percebeste perfeitamente o que ontem me apeteceu transmitir à familia e amigos. Estou bem aqui no Rio e, como ja deves ter experimentado, quando nos sentimos muito bem ou não, vem-nos logo à memoria a imagem dos entes queridos, com a frustracão de com eles não poder ja partilhar certas emocões.

A tua mensagem foi de um grande reconforto; "lisongeira" quanto à qualidade da "literatura", mas muito perspicaz sobre a veracidade do escrito.

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Não me recordo se te disse da primeira vez que li este texto. É um texto profundamente sentido, cheio de emoção. E um texto que transmite emoção é um texto cheio de vida, mesmo se fala da morte. Para mim não há melhor definição do que é boa literatura. Escreve mais, meu primo. Acho que tens muito para dizer, muito do que se calhar guardas dentro de ti. E será para mim um privilégio poder ler o que escreves.
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Com o contributo de Paulo Terca,  Rosinha e Manuel Soares dos Reis, Lurdes e Zé Manel Moura. Obrigado Amigos.






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