O chefe da diplomacia guineense disse hoje, à margem da reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, que o primeiro-ministro e o presidente interino guineenses “correm risco de vida”.
Esta indicação foi dada pelo ministro Mamadu Djaló Pires – e divulgada pela agência AFP –, à margem da reunião extraordinária da CPLP, que decorre na sede da organização, em Lisboa.
Os trabalhos da reunião foram entretanto suspensos e serão retomados às 17:00.
Os militares golpistas voltaram a transferir de prisão Carlos Gomes Júnior e Raimundo Pereira, que estão agora no quartel de Mansoa, soube o DN junto de fontes em Bissau.
É neste quartel que se encontra também sob detenção desde dezembro de 2011 o almirante Bubo Na Tchuto, por suspeita de envolvimento numa tentativa de golpe de Estado.
A mulher de Carlos Gomes Júnior disse na sexta-feira que ele foi levado por militares na noite do ataque, encontrando-se em parte incerta, tal como o presidente interino, Raimundo Pereira.
A mulher do presidente interino guineense, que está em Lisboa, apelou hoje à comunidade internacional para que localize e ajude a libertar o marido.
Na quinta-feira à noite, um grupo de militares guineenses atacou a residência do primeiro-ministro e candidato presidencial, Carlos Gomes Júnior, e ocupou vários pontos estratégicos da capital da Guiné-Bissau.
A ação foi justificada no dia seguinte por um autodenominado Comando Militar (cuja composição se desconhece), como um ato de defesa das Forças Armadas face a uma alegada agressão de militares angolanos, que teria sido autorizada pelos governantes guineenses.
Os acontecimentos militares na Guiné-Bissau, que antecederam o início da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais, mereceram já a condenação da União Africana, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e de vários países, incluindo Portugal.
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