24.4.12

Miguel Portas (Biografia)

    Licenciado em Economia, pela InstitutoSuperior de Economia e Gestão, em 1986, foi animador cultural no concelho de Ourique (1984), animador sociocultural na serra algarvia e formador de agentes de desenvolvimento (1987). Enveredando pela carreira de jornalista, foi director da revista cultural Contraste (1986) e, depois que foi admitido como redactor do semanário Expresso (1988), foi editor internacional da sua revista (1992-1994). Dirigiu ainda o semanário Já (1996), foi repórter da revista Vida Mundial (1998-1999), além de cronista no Diário de Notícias (2000-2006) e no semanário Sol (2008-2012). Foi co-autor e apresentador de duas séries documentais para televisão: "Mar das Índias" (2000) e "Périplo" (2004), sobre o Mediterrâneo. Teve três livros publicados: "E o resto é paisagem" (2002), de crónicas, ensaios e entrevistas; "No Labirinto" (2006), sobre o Líbano e "Périplo" (2009), dedicado ao MediterDetido pela PIDE aos 15 anos, pela participação no Movimento Associativo dos Estudantes do Ensino Secundário de Lisboa, aderiu à União dos Estudantes Comunistas do PCP (1973), chegando à Comissão Central um ano depois. Presidiu à Associação de Estudantes do Instituto Superior de Economia e coordenou o Secretariado da Reunião Inter-Associações. Abandonou o PCP em 1989, na sequência do primeiro processo de expulsões do partido desencadeado pela Perestroika. Entre 1990 e 1991 foi assessor do presidente da Câmara Municipal de Lisboa para as questões culturais e urbanísticas. Foi um dos fundadores da Plataforma de Esquerda, dissolvida dois anos depois. Em 1994 cria a Política XXI, que agrupava membros da Plataforma de Esquerda, do MDP e independentes das manifestações contra às propinas no ensino superior. A Política XXI foi uma das formações, juntamente com PSR, UDP e independentes, que deu origem ao Bloco de Esquerda, em 1999. No BE foi cabeça de lista às eleições europeias, em 1999, obtendo 1.74% dos votos e candidato à Câmara Municipal de Lisboa, em 2001. Foi eleito ao Parlamento Europeu, em 2004, com 4.92% e reeleito, em 2009, com 10.73%, elegendo três eurodeputados. Era membro da Comissão de Orçamento e vice-presidente da Comissão Especial do Parlamento Europeu para a Crise Financeira, Económica e Social.
Era conhecido pela defesa da legalização do aborto e do casamento de pessoas do mesmo sexo, defendendo também a adopção por casais homossexuais.
Miguel Portas era filho de Nuno Portas, arquitecto, e de Helena de Sacadura Cabral, economista e jornalista; irmão de Paulo Portas, dirigente político;[1] meio-irmão de Catarina Portas, jornalista e empresária. Era também sobrinho-neto do aviador Sacadura Cabral. Deixou dois filhos, André e Frederico Portas. De Maria Ana Isabel Soromenho Gorjão Henriques (Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 20 de Novembro de 1964) teve um filho, Frederico de Sacadura Cabral Gorjão Henriques (Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 15 de Maio de 1996).[2]
Miguel Portas morre a 24 de Abril de 2012, aos 53 anos, devido a um cancro no pulmão detectado em 2010.[

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