27.4.12
Texto - "Nojo"
NOJO…
Chegava do trabalho, saindo do
“metrô” e o meu olhar
Foi atraído por uma garota jovem,
modelada, vestida
De maneira especial: calções e
tee-shirt bem apertados
Risca branca nas costas descobertas,
resultado do sol.
Pequenina, proporcionada, adivinhei-a,
bonita mas na
Multidão de Copacabana, cedo a
perdi de vista;
Aproximava-me do hotel, compenetrado
em todos os
Problemas com que todo ser Humano
se confronta.
Como se chama um elevador no
Brasil? Todos
Sabemos que é como em qualquer
parte do Mundo:
Carrega-se no botão, e com alguma
sorte, o dito
Chega sem qualquer lentidão desesperante;
Como deve ser, deixam-se entrar
as senhoras e os
Cavalheiros, se o são, entram,
depois de averiguar
As possibilidades de todos
caberem. Foi nessa altura
Que voltei a ver a mesma miúda;
de facto linda.
Mas com uma expressão de
desgosto, olhos vermelhos
De choro ou resultado de absorção
de qualquer tipo de
De substância a que podemos
alcunhar de “merda” como
E conhecida na gíria dos infelizes;
ao seu lado vi o porco.
Tipo desajeitado, sorriso pateta,
acentuado talvez pela
Careca mais que nascente,
estúpido, abrutalhado, de
Mediana estatura, calções na
barriga das pernas, panca
Enorme e beato sorriso de
predador assumido…
Ao sair do elevador lançou um
justificativo “Boa tarrrde”.
Não se traiu porque tínhamos
percebido que é um chamado
Turista sexual! Pensei na miúda,
pensei na injustiça, pensei…
Cheguei a casa com enorme vontade
de vomitar…
JMIRA
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