9.9.12

Salário líquido dos funcionários públicos vai voltar a baixar em 2013





Os funcionários públicos vão sofrer um novo rombo no seu rendimento mensal. É que embora mantenham, na prática, um corte correspondente aos subsídios de férias e de Natal, o novo mecanismo anunciado pelo primeiro-ministro vai resultar num agravamento fiscal em sede de IRS que fará com que os trabalhadores do Estado recebam um salário líquido inferior.
 
 
 
 
Os funcionários públicos vão sofrer um novo rombo no seu rendimento mensal. É que embora mantenham, na prática, um corte correspondente aos subsídios de férias e de Natal, o novo mecanismo anunciado pelo primeiro-ministro vai resultar num agravamento fiscal em sede de IRS que fará com que os trabalhadores do Estado recebam um salário líquido inferior.
Para um salário bruto de 1.050 euros, uma taxa de 18% significaria transferir para a Segurança Social 189 euros. Com o novo vencimento bruto, de 1.137,5 euros, terá de transferir 204,75 euros.

Feitas as contas, este trabalhador, que ganha hoje um salário bruto de 1.050 euros, acabará por perder 35 euros por mês. Falta, ainda, perceber qual o impacto que o crédito fiscal que Passos Coelho anunciou para os salários mais baixos. Mas uma coisa é certa, o crédito fiscal só entrará na bolsa dos contribuintes no ano seguinte, ou seja, em 2014, com o reembolso do IRS.

Os números parecem assim contrariar o que disse o primeiro-ministro durante a apresentação das novas medidas. "O rendimento mensal disponível dos trabalhadores do sector público não será, por isso, alterado relativamente a este ano”. Em reacção, José Abraão, da Fesap, referiu isso mesmo: "O senhor primeiro-ministro anunciou que mantém o corte do subsídio de férias e de Natal. Mas é mais do que isso porque mexe com as tabelas do IRS".

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