A avo Mariana
O fim do mundo acontece periodicamente; quando era mais novo
usava-se a expressão “ o fim do mundo em cuecas”… fazia rir a assembleia
familiar em que a minha Mariana de avo não deixava o crédito por mãos alheias…
Era alegre a minha avo e eu tinha (e tenho) por ela uma admiração sem limites.
A avo Mariana foi para mim daquelas pessoas que, por mais que
não quisesse-mos, (e eu não queria) era impossível de sair da nossa memoria; era
a minha mãe, minha companheira de jogos, minha namorada, era… tudo.
Deixou-nos, creio, aos 68 anos se a minha pobre memoria não
me trai; mas não tenho a certeza… Sei que nasceu com o século 20, em 1900, e
sei que foi das pessoas que mais amei; dito isto, a reminiscência da memoria
não da para mais.
A praça do Barreiro, os “mosquitos” obrigatórios que me
comprava… os torresmos, as cerejas, a carne que comprava no “Braga” e que eu
comia crua, são eternas recordações.
Obrigado avo. Estas no cantinho do meu coração..
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012.
JoanMira
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