18.12.12

Texto - A avo Mariana


A avo Mariana

O fim do mundo acontece periodicamente; quando era mais novo usava-se a expressão “ o fim do mundo em cuecas”… fazia rir a assembleia familiar em que a minha Mariana de avo não deixava o crédito por mãos alheias… Era alegre a minha avo e eu tinha (e tenho) por ela uma admiração sem limites. 

A avo Mariana foi para mim daquelas pessoas que, por mais que não quisesse-mos, (e eu não queria) era impossível de sair da nossa memoria; era a minha mãe, minha companheira de jogos, minha namorada, era… tudo. 

Deixou-nos, creio, aos 68 anos se a minha pobre memoria não me trai; mas não tenho a certeza… Sei que nasceu com o século 20, em 1900, e sei que foi das pessoas que mais amei; dito isto, a reminiscência da memoria não da para mais. 

A praça do Barreiro, os “mosquitos” obrigatórios que me comprava… os torresmos, as cerejas, a carne que comprava no “Braga” e que eu comia crua, são eternas recordações. 

Obrigado avo. Estas no cantinho do meu coração.. 

Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2012. 

JoanMira

Aucun commentaire: