Imagine: na vida todo ser humano, ou animal, dito irracional, pensa; e pensando, de quando em vez, até se lhes afloram ideias porventura interessantes.
Não é que o cérebro queira opor-se ao instinto reptiliano, nem sequer
admitimos essa hipótese; mas esse órgão social é mesmo assim: indomável; responsável
do pensamento, ele inter-age com acções menos consentâneas, de mor a que
pensemos com a maior objectividade possível ao suplicio e ao fim trágico e horroroso
dos inimigos da “subjectiva” democracia…
Não são raras as vezes que não concordo com o que o cérebro dita, por implicar aquele conhecido e
permanente conflito que pode ser o apanágio de todo ser humano: ser ou não ser crocodilo?
Quando o nosso pensamento não esta em concordância com o cérebro
omnipotente, podem advir certos conflitos cujo desfecho pode ser a prisão ou
internamento.
Por enquanto estou livre!
Mas, pelos modos que a coisa vai, admito que o Povo possa esquecer a
razão e enverede por violentos instintos.
Bordeaux, 23 de Agosto de 2013.
JoanMira
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