30.1.14

Mudanças climáticas vêm matando filhotes de pinguins na Argentina


Espécie é tradicional no Sul da Argentina
Foto: D Boersma/U of Washington
Espécie é tradicional no Sul da ArgentinaD Boersma/U of Washington

PUNTA TOMBO (ARGENTINA) - Milhares de filhotes de Pinguins-de-magalhães, espécie tradicional na aridez da península de Punta Tombo, ao Sul da Argentina, vêm perdendo a vida a cada ano em função das mudanças climáticas sofridas na região. Chuvas torrenciais e calor extremo se tornaram grandes vilões para essas aves, segundo novo um novo estudo realizado pela Universidade de Washington.
O trabalho, que foi realizado ao longo de 27 anos, avaliou impactos do clima na maior colônia mundial dessa espécie do animal. O estudo foi divulgado na publicação cientifica PLoS ONE.
Cerca de 200 mil pares de pinguins-de-Magalhães fazem seus ninhos na península todos os anos. Eles vivem lá em condições desérticas, de setembro até fevereiro. É nesse período que chocam seus filhotes.
 
No entanto, a vida de um desses pequenos representante da espécie vem se enchendo de perigo ao longo das últimas décadas. Eles são 'grandes' demais para que seus ‘pais’ sentem sobre eles com o objetivo e aquecê-los e muito jovens para terem penas impermeáveis.
Como resultado, ficam extremamente vulneráveis ​​às tempestades. Quando encharcados, costumam morrer, apesar das atenções de seus ‘pais’.
Os filhotes também podem sucumbir ao calor extremo, já que não têm condições de entrar na água, como os adultos.
A análise dos dados colhidos em Punta Tombo indicam que a mudança climática está tendo um impacto crescente sobre a espécie. Nos últimos dois anos, esta foi a causa mais comum para a morte de quase a metade desses pequenos animais.
- Trata-se do primeiro estudo de longo prazo que mostra como o clima tem um impacto importante sobre a sobrevivência e o sucesso reprodutivo dos Pinguins-de-magalhães - disse à BBC News o professor da Universidade de Washington Dee Boersma.
Os dados do estudo também apontam que aumentou o número de tempestades no local que costuma abrigar a reprodução desses pinguins. Nas duas primeiras semanas de dezembro, quando os filhotes estão com menos de 25 dias de vida, as mortes so fizeram crescer entre 1983 e 2010.
Os cientistas acreditam que o comportamento dos peixes da região também está contribuindo para o problema. Ao longo dos 27 anos estudados, os ‘pais’ dos pinguins estão retardando cada vez mais a ida ao local para próximo do fim do ano, principalmente porque os peixes dos quais eles se alimentam também estão demorando para se locomover até lá.
Nessa época, avaliam os cientistas, o calor encontra-se no auge e os filhotes ficam mais vulneráveis. As tempestades costumam atingir a região nos meses de novembro e dezembro. A longo prazo, se a situação permanecer como está, os responsáveis pelo trabalho preveem que o Pinguim-de-magalhães pode ser extinto.
Leia mais sobre esse assunto em
http://oglobo.globo.com/ciencia/mudancas-climaticas-vem-matando-filhotes-de-pinguins-na-argentina-11449537#ixzz2rtsj3GDV

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